Capítulo 6

2.6K 132 19
                                    



SARA - PDV

O sol de uma forma nada amigável me despertou quando resolveu pousar sobre o meu rosto. Bocejei algumas vezes e tentei lutar para dormir de novo, mais foi em vão, ainda mais depois que tive a sensação de estar sendo observada. Abro enfim os olhos e, lá está minha suspeita, me encarando com um sorriso no rosto aos pés da cama e de cabelos molhados.

— Bom dia, dorminhoca. – disse com um sorriso de covinhas, ajeitando seu roupão e se sentando aos meus pés.

Agarrei o fino lençol que me cobria e me sentei, coçando os olhos e despertando realmente.

— B-om dia... faz tempo que acordou? — encarei o relógio digital no criado-mudo, não passava das 10 horas da manhã.

— Na verdade tem um tempo sim.

— E por que não me acordou?!

— Você parecia tão cansada que quis te deixar dormir mais um pouco. – deu de ombros. — Quer tomar um banho?

Olhei por baixo do lençol branco que me cobre e fungo veemente.

— É! Um banho seria ótimo para tirar esse cheiro de sexo.

— Eu vou pegar uma muda de roupas para você. – se levantou. — Enquanto se banha, irei preparar o café. Você tem algum pedido específico?

— Não. — pisco para ela. — Eu como de tudo!

Jessica gargalhou e sumiu entre as portas de seu imenso closet, aproveitei a deixa e corri para o banheiro, eu deveria estar horrível, como em todas as manhãs. Quanto menos ela visse, mais chances de gostar ela tinha, brinquei.

Já na cozinha vestida e devidamente limpa, me sento à imensa mesa já posta. Com certeza, havia comida para uma manada inteira ali. Jessica se aproxima de mim, com um copo de suco de laranja e um prato contendo ovos mexidos e algumas tiras de bacon. Meu café da manhã, não poderia ser melhor.

– Então, Sara, eu disse que você não iria precisar cobrar. – disse ela, mostrando-me aquelas lindas covinhas.

– É realmente, não precisei cobrar nada. – nesse momento vou até ela, dando-lhe um beijo calmo. – Então o que vamos fazer hoje? - pergunto.

– Ah, Sara, eu sinto muito. Mas tenho que ir buscar o Christopher no aeroporto e depois vou até a minha mãe buscar as crianças.

– Ah sim, eu entendo. – disse um pouco chateada.

– Por favor, não fique triste. Você sabe que sou obrigada a fazer isso. – ela indaga, olhando profundamente em meus olhos.

– Tudo bem, eu sei. É só que... – preferi ficar quieta.

– É só que o que Sara? - ela me encara.

– Nada! - respondo de imediato.

– Fale, por favor! - o pedido, soa como uma suplica.

– É só que eu não quero que termine, não quero que acabe isso que nós temos. Eu gostei, estou gostando. Sempre gostei de você. – sussurro, envergonhada.

– Não vai acabar. – Jessica passa suas mãos pelas minhas costas, me confortando.

– Promete? - indago.

– Sim, eu prometo. – ela une nossos lábios, dando-me um beijo rápido.

– Obrigada... você foi incrível. Você é incrível.

– Você sabe que não precisa agradecer, não é?! Eu fiz porque eu gosto de você.

~~~ ❤️~~~

Chegando a minha casa, uma onda de alegria tomou conta de mim, eu estava completamente sorridente. Não havia ninguém em casa para me incomodar. Nunca me senti tão livre naquela casa.

Eu não conseguia parar de pensar na noite maravilhosa que eu tive ao lado daquela loira, de como ela havia me tocado pela manhã, de como ela me prometeu que não terminaria com aquilo. Estava no meu melhor dia. Apesar de saber que não veria mais Jessica, pois hoje não havia gravações para as duas. Deitando na cama, sinto meu celular vibrar.

[Eai Sarita, já pegou ela de quatro? Beijos... Ellen.] - meu celular indica que Ellen havia me mandado uma mensagem.

[Isso são modos de falar? Amanhã eu te conto tudo.] - respondo, rapidamente.

[Ah, pegou né? Amanhã eu quero ouvir essa história certinho.] - o celular se acende em menos de cinquenta segundos, assusto-me com a agilidade da mulher ao digitar.

[Okay. Beijos]

[Beijos]

Estou cansada, pois a noite passada eu não tinha dormido muito, mas não estou reclamando, de maneira alguma. Me perguntava se aquilo estava realmente acontecendo comigo.

Encosto a cabeça em meu travesseiro e pude sentir meus olhos se fecharam lentamente e a única e ultima imagem que veio à minha cabeça foi o corpo magnifico de Jessica.

Acordo com um enorme sorriso no rosto, havia dormido super bem. Tive sonhos eróticos com Jessica e Uh... bons sonhos. Tomo banho rapidamente e desço para comer alguma coisa. Depois que termino o belo café-da-manhã, traço caminho até a sala de estar. Passando pela entrada principal, vejo que tem uma carta debaixo da porta, agacho-me para pega-la. Ao sentir o papel macio, viro-a para ver de quem era, mas ela estava sem qualquer identificação. Abro a carta curiosamente e assim que olho levo um susto.

"Senhora Sara Ramirez, venho lhe informar que o senhor Ryan apareceu em nossa emissora com um depoimento um pouco constrangedor envolvendo a senhora. Não podemos postar o depoimento dele sem o seu consentimento. Pois contém falas que devem ser seriamente desmentidas ou afirmadas, espero que não se importe, mas peço urgentemente que entre em contato a Revista L.A Magazine. Peça para falar com o diretor geral, o senhor Paulo Wolskign. Obrigada."

Eu estava assustada, o que Ryan havia dito para eles? Entro no computador e procuro o telefone para ligar para a revista, e assim que consigo, marco um horário para comparecer e resolver aquele assunto. Minha cabeça começou a processar várias coisas, coisas que provavelmente não aconteceram, mas minha mente é extremamente fértil.

...

This is Moment Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum