Bingo! Finalmente.

3.3K 289 125
                                    

Um sinal de vida aqui para vcs😁

Só para esclarecer, a Kate não tem olhos azuis, mas na capa sim, então, para ficar mais fácil eu coloquei que os olhos dela são azuis.

///////////////////////////////////

•Yelena

– Yelena? – Ela perguntou animada.

– Ooi – Disse assim como na noite em que nos conhecemos. – Trouxe materiais para tampar os ouvidos de Lucky e Fun.

– Ah... Sim – O peineiro pulou no sofá. – Eu vou ficar acalmando ele, mas isso vai ajudar bastante.

– Kate Bishop, você não vai ficar a noite toda com ele – Eu peguei a sacola azul e fui em direção ao sofá. – Eu estou aqui, agora.

Me aproximei e sentei de frente para ela, fazendo o cachorro ficar entre nós. Fiz carinho no mesmo e depois peguei um gaze de dentro da sacola para começar a proteger os ouvidos dele. Kate me observava com atenção.

– Yelena, você está pálida – Ela colocou as mãos em meu rosto e puxou minha pálpebra inferior, estava branca por dentro. – Quando foi a última vez que comeu?

– Hoje, antes de vir – Eu estava olhando para baixo.

– Está mentindo – A morena levantou e foi até a cozinha, pegou algo que se parecia com uma lasanha e deixou na mesa de centro. – Coma.

– Kate... – Me interrompeu com outro "coma". – Mas...

– Yelena! – Eu enrolava o esparadrapo em volta da faixa, que deixava o rosto de Lucky um tanto quanto engraçado. – Você precisa comer! E, além do mais, isso é saudável.

– Você cozinhou isso? – Perguntei, assustada.

– Não, os Barton vieram aqui hoje.

– Sério? Eles vão vir amanhã também? – Eu disse animada, assim que terminei a proteção. Soltei a coleira de Lucky, que desceu do sofá e foi em direção ao quarto.

– Não mude de assunto – Me ajeitei, virando para frente. Kate chegou mais perto de mim. – Eu vou deixar isso aqui, para quando você quiser.

– Onde você vai? – Perguntei parecendo com uma criança.

– Vou tirar o Funny debaixo da cama – Isso explicava o porquê de Lucky ter ido ao quarto.

– Eu vou junto – Ia me levantar, mas ela me segurou pelos ombros e me deixou sentou no sofá novamente.

– Yelena, fica – Parecia que o jogo tinha virado. Eu havia dito isso a Kate na festa de sua mãe. – E tente comer um pouco.

– Kate – A chamei antes de ela sumir de vista. – Se eu comer, vou poder sair daqui?

– Sim – Seu rosto se encheu com um lindo sorriso orgulhoso.

Eu peguei a "lasanha saudável" de cima da mesa e comi um garfo.

– Isso é bom – Eu comi mais um garfo. Seu sorriso aumentou – Não preciso comer tudo, não é?

– Não – Ela deu risada e fez um gesto para que eu a seguisse. – Talvez, se ele te ver, fique mais feliz.

Eu fui correndo até ela, que no meio do corredor, segurou minha mão e a apertou firme.

– Kate – Parei de andar e puxei sua mão, a fazendo se virar para mim, confusa.– Quero muito fazer algo, mas não sei se posso.

– Mesmo? – Sua respiração começa a falhar.

Segurei em seu pescoço e colei seus lábios nos meus. Seus lábios eram gelados, me faziam querer a provar mais, conhecer cada canto de sua boca e seu corpo.

Kate pegou em minha cintura e me empurrou contra a parede, ainda sem descolar sua boca da minha.

De repente, era somente nós, o resto do mundo não importava. Sua língua dançando juntamente com a minha e suas mãos passeando por todo o meu corpo.

Eu poderia ser toda sua, Kate Bishop, se não fosse por Funny ter saído debaixo da cama para reclamar de toda aquela pegação. Ela se assustou com o peso do cachorro em cima de si.

– Fun, você é pesado – Ela se virou de costas e tirou as patas do mesmo de cima de sua cintura.

– Parece que ele tem ciúmes de mim – A abracei por trás, sentido o doce cheiro que vinham de seus cabelos.

– Temos que tampar seus ouvidos também – A morena disse, rindo – E colocá-los no quarto, onde eles não podem se machucar.

– Certo, mas, depois, quero você apenas para mim.

– Possessiva. – Kate levou ele até o quarto.

Depois de um tempo, havíamos terminado de protejer os ouvidos do outro cachorro. Deixamos eles no quarto, com a porta fechada, para não saírem e não se machucarem em algum lugar.

– Finalmente, você é toda minha, Kate Bishop Eu puxei a gola de sua camiseta, para que ela ficasse mais perto.

Ela segurou firme em minha cintura e colou nossos lábios um no outro, novamente.

Os fogos começaram a ser soltados, o que fez Kate me puxar pelo braço até a janela. A garota me pôs a sua frente, de costas para ela, e abraçou minha cintura por trás, colocando seu rosto em meu ombro. Sua respiração estava suave, ela se sentia bem, assim como eu.

Me sentia como havia me sentido apenas uma vez, com Natasha. Me senti amada. Na presença de Kate, podia sentir que Nat estava ali, feliz e rindo de mim por eu estar perdidamente apaixonada.

As vezes eu me perguntava se ela havia achado seu grande amor, se havia morrido em paz e feliz, ou talvez ela achava não precisava disso, que era feliz com sua "família". Se foi a segunda opção, ela estava errada. As vezes é bom ter alguém para amar e para te amar. Para se sentir em casa, mesmo não estando. Eu não poderia ter certeza de nada, ela não viveu o bastante para termos tempo de falarmos sobre isso. Coisas que irmãs normais fazem.

Uma vez, havia visto um poema em um livro aleatório cujo não me lembro o nome, eu decorei ele, por algum motivo, talvez o destino. Achei que aquilo fosse besteira, perda de tempo, mas depois eu entendi o que é sentir o amor. Não me lembro o autor, Victor? Vinnie? V... Algo relacionado a letra "V".

"Quisera poder me transformar em algo
Escolheria ser o ar que tu respiras
Para estar o tempo todo ao teu lado
E num abraço eterno te envolver"

Dedico esse belo poema, a minha garota, Kate Bishop. A melhor arqueira do mundo.

𝐉𝐔𝐒𝐓 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒; bishovaWhere stories live. Discover now