capítulo 34

978 141 39
                                    

Depois daquela transa intensa, e de recuperamos o fôlego, ele sai de dentro de mim, se deita, e me coloca por cima dele, me deito em seu peito.

—Eu senti sua falta, mesmo não me lembrando de você.

Falo olhando pra ele.

—Eu senti mais ainda.

—E minha bebê, eu quero tanto abraçar ela Nik.

Falo já com os olhos cheios de lágrimas.

—Eu sei meu amor.

Fala ele colocando uma mexa do meu cabelo atrás do orelha.

—8 meses sem vê-la, sem sentir o cheirinho dela, sem abraça-la, eu sinto tanto a falta dela, eu sentia tudo Nik, quando ela caiu, quando ficou doente, eu não sabia o que era, mas eu fiquei tão mal, que eu achei que fosse morrer, mal sabia eu que minha bebê estava doente, se eu a tivesse perdido talvez eu jamais saberia e se depois eu me lembrasse não a teria mais comigo, eu ia morrer se perdesse minha filha, sabendo que eu não estava lá pra ela...

Não aguento me segurar e desabo a chorar.

—Não amor, ei, tá tudo bem, ela tá bem, foram dias difíceis, mas ela foi muito forte, ela é uma garotinha forte, assim como você.

—Eu sinto muito por não estar lá, eu não queria...

—Amor, não foi culpa sua, já disse pra não se culpar, você foi apenas uma vítima, não tem culpa de nada, eles apagaram sua memória não tinha como saber de nada, pois não se lembrava de nada, ei, olha pra mim querida, a culpa não foi sua.

Fala ele levantando meu queixo.

Limpo minhas lágrimas.

—Amor, que cara é essa, não gosto quando faz essa cara.

—Você tem razão, não foi culpa minha.

Tento me levantar, mas ele me segura.

—Onde você pensa que vai?

—Eu vou matar eles, todos eles.

—Você e que exército?

—Eu e o exército de uma mãe furiosa que foi arrancada da sua filha, sem dó e nem piedade, de uma mulher puta da vida, porque apagaram a memória, e tentaram me transformar em uma pessoa que eu não sou, e que eles tão tentando transformar na porra de uma terrorista, que compactuou com a morte de vidas inocentes, esse exército.

—Ok, mas ainda não é o suficiente, eles estão em maior número e são todos treinados, não teria chance contra todos eles, além do mais ainda vai dar 06:00, respira e dorme um pouco.

—Eu quero matar todo mundo, não quero dormir Nik.

—Eu sei meu amor, entendo a sua revolta, é a mesma que a minha, mas precisamos pensar primeiro antes de agir, você nunca faz nada sem antes planejar, agir por impulso e por raiva, sem calcular os riscos, nunca dá certo.

—Tá legal, você tem razão.

—Respira e se acalme, ou vai acabar soltando fumaça pelo nariz de tanta raiva.

Fala ele rindo, rio também.

—Só você pra conseguir me acalmar mesmo.

—Vamos pensar em algo juntos tá bom?

—Tá bom.

—Vem, deita aqui.

Me deito em seu peito novamente.

—Não ia realmente até eles né?

—Sim, eu ia.

Ele ri.

Infiltrada - Atentado Em MoscowWhere stories live. Discover now