Uma família

2.3K 291 200
                                    

-Ah oi amiga! Jules simpática abriu a porta de sua nova casa.

Sem dizer palavra alguma, me atirei nos braços da garota, eu falhava em cessar a droga do choro e cada vez que tentava segura-lo acabava em mais prantos.

-Eu posso ficar aqui? Indaguei soluçando, ainda abraçada nela.

-Oh meu amor, claro que pode...o que houve? A morena questionou, me separando de sua cintura.

Aceitei mais que satisfeita o chá bem doce que minha amiga preparou para me acalmar, fomos para o terraço de sua mega-casa, pois lá era um lugar tranquilo e teríamos mais privacidade, já que agora Jules e Kio moram praticamente juntos.

A brisa do fim da tarde de verão invadindo meus cabelos, me causou uma sensação confortável, assim que nos sentamos em uma sombra dali.

-Senta que lá vem história...Suspirei, vendo a jovem comprimindo os lábios, enquanto eu limpava meu rosto irrigado.

Contei quase todos os detalhes da viagem para Jules, começado desde a chegada, conduzindo à parte em que Danniel entrou em cena, seguindo pelas noites que passamos em claro bebendo e jogando conversa fora, filmes que vimos, pontos turísticos que conhecemos, comidas que experimentamos e a casa incrível que aluguei, essas lembranças faziam eu me perguntar, por que ele ainda não está pronto para começar nossa família?

E finalmente, contei para a garota que já sabia do fim do meu uso de anticonsepcional, que eu e Vincent fizemos sexo sem camisinha e consequentemente agora eu estava carregando um filho dele em meu ventre.

Isso ainda me causava certo receio, mas estava empolgada, para ver um "mini Hacker" ou uma "mini S/n" correndo pela casa.

-Ai amiga...Jules suspirou. -E-eu sinto muito...você não precisa dele para criar sua criança, mas eu não vou dizer que não seria bom uma ajuda, sem contar que uma família bem estruturada e boas oportunidades, conduzem o filho para uma vida bem constituída. A moça me explicou.

-Uau...você se tornou uma ótima psicóloga. Arrebatei um sorriso dela. -Eu espero que possamos nos resolver o quanto antes...Confessei. -Mas por enquanto, prefiro passar um tempo longe dele para pensar sobre algumas coisas. Anunciei bebericando o chá.

Percebi que Jules estava inquieta, mascando as unhas e com a respiração meio descontrolada, como eu vim aqui pra desabafar espero que ela faça o mesmo.

-Me conta...o que esta te deixando ansiosa? Questionei o motivo de sua inquietude.

-S/n e-eu também...Ela respirou fundo e eu arregalei os olhos, já esperando a notícia. -Eu e Kio vamos ter um bebê, já estou grávida de um mês! Ela anunciou, fazendo-me dar um salto.

-Ai meu Deus...ele já sabe? Atrevi a perguntar.

-Além de saber, está muito feliz e disposto! Sorri aprovando a atitude do rapaz.

-Esta ouvindo bebêzinho...você vai ter um amiguinho! Sussurrei apalpando minha barriga.

-Aposto que serão melhores amigos! Jules falou e de repente uma felicidade genuína nos consumiu, entrelaçamo-nos em um abraço apertado.

-Valeu Jules, eu te amo! Enunciei baixo.

-Eu te amo, S/n! Ela depositou um selar em minha testa, na mesma proporção me aconcheguei em seu amplexo.

-POV: Vinnie-

Essa dor de cabeça incessante me irritava, mas tentei manter a calma, pois hoje é um novo dia e depois da longa conversa que tive com Kio ontem depois de todo imprevisto, pretendo encontrar S/n e dialogar sobre tudo o que está acontecendo.

Se ela quer tanto esse bebê, eu vou entede-la e me esforçar ao máximo para agrada-la, quem sabe assim eu consiga minha garota de volta.

Ingeri um comprimido para inxaqueca, tomei um banho e garanti que além da minha aparência a casa estivesse em ordem, então, saí determinado à encontrar minha mulher e resolver as coisas.

-Que bom...ela não desativou a localizão. Comentei comigo mesmo, entrando em meu carro e dando partida até o shopping no centro onde por indícios ela estava.

Enquanto dirigia, deixei diversas mensagem para o contato "Meu bem", e tentei me comunicar por ligações, as quais ela ignorava.

Tentei ligar pra Jules também, porque Kio me falou que eles iam sair pra comer hoje e só nessa brincadeira de tentar me comunicar com eles, eu quase bati o carro umas três vezes e passei por uns cinco sinais vermelhos, mas pelo menos cheguei antes do meio dia no shopping.

[...]

-S/n me deixa falar por favor! Implorava quase de joelhos para que a garota me ouvisse.

Eu andei pelo centro comercial por cerca de 30 minutos, procurando por eles, que estavam na praça de alimentação e S/n se negando a me ouvir.

-E o que você tem a dizer? Indagou sarcástica. -Um monte de merda, sobre não querer um filho mesmo depois de transar sem camisinha? A garota exclamou fazendo vários olhares desconhecidos se voltarem à nós.

-S/n, pega leve! Kio proferiu.

-Fica na sua Kio! A mesma disse baixo e o moreno se encolheu.

-Amiga...pega leve...Jules se fez presente. -Entendo sua raiva, mas Kio não tem culpa! A morena argumentou.

-Por favor, vamos conversar! Vacilei ao falar.

-Está surdo? Eu disse não! S/n pronunciou.

-Porra...eu quero ser pai, tá legal?! Atabulei o assunto. -Ontem eu só fiquei nervoso, sem contar que eu estava meio bêbado! Aleguei.

-Que bonito Sr.Hacker...colocando a culpa na bebida! Minha esposa bateu palmas ironicas.

-Será que você pode pelo amor de Deus, entender o lado dele? Meu amigo se pronunciou massageando as temporas.

-Ele não entendeu meu lado ontem. S/n falou cabisbaixa. -Obrigada. Ela agradeceu sua amiga que ofereceu um copo d'água.

-Você não ouviu a parte que eu falei que eu quero ser pai? Questionei, a garota que abaixou a cabeça, me agachei ao seu lado. -Quando Kio me contou que seria pai e explicou que é normal sentir medo, ele me fez perceber que eu devo valorizar a mulher que eu tenho ao meu lado... Ergui seu queixo para ficarmos cara a cara. -Agarrar todas as oportunidade que eu tenho de estar cada vez mais ao seu lado, eu percebi que podemos dar a vida incrível que nossos pais nunca puderam nos proporcionar quando éramos pequenos, para nosso filho. Confessei com firmeza na voz.

-Eu...pensei que teria que escolher entre você e nosso filho...A garota fungou. -Pensei que ficaria sem você. Seu rosto irrigava, denunciando seu choro.

-Me perdoa por isso...eu fui um puta inconsequente e nem sei se eu vou me perdoar por isso! Senti meus olhos embassarem.

-Nunca mais faça isso, por favor! S/n suplicou e eu assenti, selando nossos lábios.

-Eu te amo meu bem...Beijei sua testa.

-Eu te amo...Ela sussurrou, me puxando para mais um beijo.

-Estou emocionada! Jules coçou a garganta. -Pode repetir a parte que Kio contou da nossa gravidez, sem minha permissão? Exclamou brincalhona, S/n riu limpando as lágrimas.

-Vai ser minha criança favorita, eu conto pra quem eu quiser! O garoto entrou na brincadeira.

-Aí eu pensei...se o lesado do Kio consegue ser pai, eu também consigo! Desfrutei da diversão.

-Você consegue o que quiser meu amor...S/n mencionou.

-Vamos pular a parte melancólica, eu estou morrendo de fome. Jules articulou rindo.

-Que bom que se resolveram, irmão! Meu amigo deu dois tapinhas em minhas costas e as garotas sorriram uma para a outra.

-Obrigado por me ajudar. Agradeci. -Ah e quaro saber quando vai ser o casamento! Vociferei alegre.

-Tá marcado pro dia 31 de fevereiro. Kio brincou e Jules despejou um soco em seu braço. -Ai! Vamos marcar isso aí o quanto antes! Anunciou sorrindo e Jules abriu um sorriso bobo.

-Esses dois...Eu e minha mulher falamos em uníssono rindo.

Dear Teacher Hacker- 2° Donde viven las historias. Descúbrelo ahora