Lembre-se de não me esquecer

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Olá, querida. — Josie não pôde conter o sorriso ao ouvir a porta ser fechada. Os lábios macios tocaram sua bochecha antes que a Saltzman pudesse encarar as orbes verdes. — Lhe trouxe flores.

Os braços totalmente envoltos à sua cintura ainda eram capazes de lhe causar borboletas.

— É claro que trouxe. — um selinho rápido foi deixado nos lábios da Park assim que pôde virar-se em direção à esposa.
— Você demorou.
— Algumas complicações, nada importante.
— Certo. As crianças te esperaram o dia todo. — ao fim da última palavra, o som dos sapatos em atrito com a madeira das escadas inundaram a casa completamente, como de houvesse sido combinado.
— Mamãe! — berrou Lívia há alguns degraus da cozinha.
— Olá, monstrinhos! — Penelope sorriu ao ficar sobre os joelhos para abraçá-los.
— Você está pronta? — o mais novo, Carl, se pronunciou pela primeira vez.
— Pronta para... — fez uma pausa mostrando-se confusa — Droga! — praguejou baixinho.
— O parque. Você esqueceu do parque. — Silabou Josie em um sussurro quase inaudível.

Mystic Falls, Virgínia
Hoje

Por parte, algumas boas memórias, e as dolorosas sendo incluídas, de outro lado, cenas de uma vida tantas vezes idealizada ao lado de Penelope, rodopiavam incontestavelmente pelo subconsciente de Josie.

O monitor cardíaco começava a apitar sem descanso, tal como das últimas vezes, e de imediato alguns médicos disparavam até o quarto. Era um processo repetitivo, e de quebra, o grande problema.

Josie estava tão mentalmente quanto fisicamente bem, entretanto, em um coma incógnito que tornava seus sinais vitais instáveis constantemente.
Já havia se passado 2 meses, a possibilidade de realmente não haver uma solução viável começava a ser aterrorizante.

— Josie, passou da hora de acordar há muito tempo. — concluiu Penelope l, distribuindo selinhos na Saltzman alguns segundos antes de sair da cama.
Somos donas daquela empresa. Temos o direito legal de nos atrasar.
— Você não está sendo profissional. — sorriu ao abrir as portas do closet.
Querida, volte para a cama. — a Saltzman começou, da maneira como sabia convencer Penelope.
— 10 minutos. — revirou os olhos — Você tem exatos 10 minutos.
— Mais que suficiente.

Novamente, os batimentos eram acelerados.

— Dra. Hales? — chamou Lizzie.
— Sim?
— Já são 2 meses. Ainda não pode nos dar um diagnóstico?
— Bem, Srta. Saltzman, sua irmã está perfeitamente estável em qualquer sentido. O coma é um mistério para nós também. — antes que pudesse sair do quarto, sussurrou:
— Não posso lhe dar como diagnóstico, mas creio que não seja uma situação à se recorrer à cuidados médicos, Elizabeth. — assentiu com um falso sorriso e se retirou.

Dra. Hales era amiga de longa data de Bonnie e Caroline, portanto, tem total noção da existência do Instituto Salvatore e o modo de viver de seus estudantes.

— Liz? — Hope bateu na porta com cautela.
— Olá, amor. — um abraço da Mikaelson era quase suficiente para fazê-la se sentir melhor.
— Como ela está? — perguntou Hope deixando um beijo casto nos lábios da namorada.
— Assim como ela estava ontem, e há 3 dias, há uma semana, mês passado, e quando a trouxemos para cá. Continua acontecendo.
— Vai dar tudo certo. — sentou-se à beira da cama segurando as mãos de Lizzie — Os médicos disseram mais alguma coisa?
— Ela permanece perfeitamente bem. Segundo Dra. Hales, podemos não necessariamente precisar de um médico, mas não me parece uma novidade.
— Dr. Saltzman e eu temos trabalhado duro ao tentar descobrir uma causa, mas não tivemos nenhum sucesso até agora.
— Bem, precisamos levá-la para casa.

Friday Night Memories - Posieحيث تعيش القصص. اكتشف الآن