Irritante, metido, sarcástico, atrevido, cínico, debochado são os inúmeros adjetivos de uma lista enorme que S/N poderia dedicar ao loiro conhecidíssimo de Outer Banks.
De volta a cidade, em busca de cumprir um último pedido de sua falecida mãe, o...
O amor não é somente o que você diz para uma pessoa e sim tudo o que você faz por ela; Amor é detalhado explicitamente pelas ações. É nítido o que uma pessoa sente por alguém através dos sacrifícios que se está disposto a fazer para investir em determinada conexão; Afinal, relacionamento é para lutar e fazer dá certo. Após escutar sua oratória bonita e de certo modo comovente ao ponto de faltar míseros esforços para eu não beijar seus lindos lábios, não foi o suficiente para consolidar novamente a nossa intimidade. Não conhecemos verdadeiramente as pessoas, nem mesmo as que amamos; Toda esta despedida que apesar de dolorosa, me ensinou muitas lições e consequentemente me sinto uma mulher mais forte, decidida e ciente sobre as minhas limitações e imposições. Como vaso sanguíneos de um coração, minha personalidade estrutura-se como a pulsação de cada célula do meu corpo que reage magnificamente bem a todas as minhas transformações. Acredito na veracidade do seu amor; A dúvida de seus sentimentos nunca foi algo hipotético nem muito menos concretizado. Nos machucamos muito com o decorrer dos dias e isto, mesmo que indiretamente, desgasta quaisquer coniventes: nós. Estou grávida e deste então tudo o que faço é somente em prol do meu filho. Então, um lar estruturado e saudável, felizmente é uma pauta formal para os meus quesitos. Se não funcionarmos mais juntos, não permitirei que a minha criança cresça completamente exposta a esse tipo de abuso emocional. Enquanto o meu filho morar na minha barriga, trato-o como se ele já tivesse dominado o mundo. Meu tesourinho sairá de mim em um tapete vermelho totalmente munido do conhecimento de que é capaz de conquistar tudo o que ele quiser. Quero tê-lo de volta tanto quanto preciso da nossa família unida novamente, mas a imagem atual formada que tenho de nós é completamente desprovida de tudo o que idealizo para a criação do nosso bebê. Então caso JJ esteja disposto a lutar e permanecer por nós, sem as amarras, a imaturidade, angústia, receio e trauma envolvido, sabe que estarei tão disposta quanto ele a salvar a história linda que construímos juntos mas que infelizmente o ponto final, ele colocou sozinho. Só existe um sentimento maior do que o amor: Perda. Eu espero que de uma vez por todas ele compreenda o vazio que restou em mim após o aborto espontâneo e sinta tanto quanto a minha ausência nestes últimos dias.
Agora caminho firme em direção aos meus amigos que me aguardam no estacionamento da saída do shopping e é perceptível demais a diferença entre uma situação e outra. Agora meus passos são mais decididos, os pés fixos no chão não tropeçam no ar sem motivo algum, as pernas não bambeiam mais, as mãos não soam desesperadamente como se a minha existência dependesse disto, o coração não erra mais as batidas e palpita tanto ao ponto de pular pela boca, o peito não infla-se mais de receio e pela primeira vez depois de dias consecutivos fazendo a mesma coisa repetidas vezes, choro de emoção ao invés de tristeza. Estou emocionada, movida por suas palavras, relembrando o seu toque macio que quase me fizeram implorar por mais, cheirando as costas das minhas próprias mãos que impregnaram seu delicioso aroma de hortelã e meu subconsciente repete incensáveis vezes a sua frase: "você foi o meu golpe de sorte". Ainda estou desnorteada, desfocada da realidade, presa em meus paralelos e devaneios, que chego a me assustar verdadeiramente assim que um corpo pesado pula em cima do meu e beija incansáveis vezes as minhas bochechas. - Parabéns, parabéns, parabéns, parabéns, parabéns, parabéns, parabéns, parabéns, parabéns,parabéns, parabéns, parabéns, parabéns... — A cada felicitação seus lábios repousam em minha pele e babam ainda mais o meu rosto suado. - Você é a minha artista favorita, ok? Vou tatuar o seu nome, emoldurar a sua assinatura e criar fã clube nas redes sociais. — Sarah metralha tudo tão rápido que nem ao menos consigo raciocinar direito. - Ok, hoje é a sua noite e você merece tanto, meu amor... — Ela abraça-me forte o suficiente para me sufocar. - Estamos de acordo que o melhor para comemorar este dia tão especial, somente em uma balada exclusiva por mulheres. — A loira sorrir de orelha a orelha, saltitante, com um brilho inapagável dos olhos. - Realmente, só vejo vantagens... — Kiara sussurra consigo mesma mas todas nós somos capazes de escutar. - Uma balada com entrada exclusiva para mulheres? Isso existe?— Reforço a ideia para ter certeza de que escutei certo. - Eu acabei de inventar, oras. Na verdade inventei a duas horas atrás, quando fiz a transferência do aluguel da diária e anunciei a festa exclusiva para o público feminino na internet. - Como é, Val? — John parece tão desnorteado quanto eu. - Ela fechou uma casa de festa só para nós, cabeludinho... — Gabriella abraça John B por trás e bagunça seus cachinhos despenteados. - Está difícil de entender? — A baixinha ironiza. - Para ser bem sincero, está. Por que nós não podemos entrar? — Pope indaga. - Porque felizmente... — Sarah aproxima-se um pouco mais do namorado. - Você tem algo que eu gosto muito, John... — Ela arranha levemente as unhas no topo da nuca do menino maluquinho que arrepia-se logo em seguida. - Ok, Sarah Cameron... — John entrelaça os braços na cintura da loira. - Você venceu, baby. Você sabe exatamente como me conquistar... — Seus lábios roçam levemente nos dela e em poucos segundos os mesmo entrelaçam-se. - Ah, fala sério... — Rafe afasta brutalmente o corpo dos dois pombinhos. - Por que esse cara mesmo apaixonado ainda consegue ser tão amargurado com a vida? — Pope revira os olhos. - Pelo amor de Deus, esta cena me proporcionou mais novecentos traumas diferentes. — Meu irmão insiste em ser um estraga prazer. - Ok, Rafe... Entendemos você odeia o amor e seus devotos, agora dá licença que quero convidar a minha cunhada para a noite das garotas? — Intrometo-me. - Poxa amiga, de verdade... Eu queria tanto ir mas olha a hora? — S/a levanta o pulso para me notificar o visor do relógio. - A Emma está com a Wheezie na mansão dos Brown's com a Matilda e você sabe que para chegar em Buxton é praticamente uma viagem. - Por que os seus pais tinham que morar tão longe, Gabriella? — Murmuro, melancólica. - Tudo bem, meu amor. Teremos outras oportunidades. — Reconforto a minha cunhada após sentir que a mesma ficou frustrada por faltar ao encontro. - E aí, vamos? — Rafe gira as chaves do carro na ponta dos dedos e estende a mão para sua namorada entrelaçar as dela. - O filme estava ótimo; Estou orgulhoso de você, da sua garra, força e resiliência. — Rafe fala diretamente para mim, olhando fixamente em meus olhos e enxergo nitidamente a felicidade nos mesmos. - Meus parabéns. — Seu corpo aproxima-se do meu e mesmo sem jeito, completamente contraído e receoso, o Cameron me abraça. - Te amo. — Ele sussurra, meio sem jeito. - Eu acho que te amo também. — Respondo ironicamente e sorrimos um para o outro, divertidamente. - Alguém precisa de carona? — Ele oferece. - Já que fui expulso do encontro e a lata velha do John B está com defeito, terei que aceitar este sacrifício... — Pope diverte-se. - Como é Heyward? Repete. — Rafe recebe o afronte; É tão explosivo ao ponto de não saber diferenciar uma brincadeira. - Até parece que você não sabe que ficar dentro de um carro fechado com você é a maior prova de resistência do Big Brother. — O garoto não desiste das provocações. - Parabéns, vitoriosa. — Pope vira-se em minha direção. - Obrigada por isso, por ter detalhado tão bem aquele momento tão angustiante, doloroso e sensível para nós mas principalmente para você. - Espero que saiba que aonde quer que o 'piolhinho' esteja agora, está orgulhoso da mamãe incrivelmente forte que tem. - Te amo, ouviu? Não tenho palavras para descrever o meu orgulho. Você merece todos os prêmios provenientes deste filme. — Pope aproxima-se um pouco mais, aponta o indicador em minha direção e fala diretamente, especificamente e completamente para mim: - Você venceu não só o aborto e os seus traumas; Você venceu na vida. Você conseguiu!. Abraço seu corpo e agradeço mentalmente não só este como também todos os outros momentos juntos, compartilhados, ao lado de um companheiro de vida tão único e especial quanto Pope Heyward. - Te amo, Pê. — Sussurro em meio as lágrimas. - Te amamos, pequena. — Uma voz diferenciada e completamente conhecida, surge pelo ambiente. - Obrigada por não ter desistido dos seus sonhos e ser tão essencial, necessária, crucial e marcante não só para as outras vítimas mas para a humanidade em si. — John prossegue o discurso. - Você é luz, meu amor. E do fundo do meu coração, eu sinto muito por ele não ter vindo prestigiar esta obra de arte. Eu virei assistir novamente e trarei aquele loiro maldito pelos cabelos mesmo a contragosto. - Obrigada, Johnjohn. Não precisa se preocupar, está tudo bem. Não é necessário doer nos dois, isto que importa. — Tranquilizo o cabeludinho. A gente cresce e este é o verdadeiro soco no estômago, porque com o decorrer da maturidade você compreende que os verdadeiros ficam mesmo após a sua utilidade. Os amigos sinceros enxergam o seu valor e essência e permanecem mesmo depois dos benefícios, da função, do contexto favorável e até mesmo quando você não serve para absolutamente nada e necessita de muita ajuda.
- E aí, Samaras...— Uma Sarah risonha diverte-se, sacudindo uma vidraçaria de Whisky nas mãos.
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- Samara? — Gabriella pergunta a dúvida de todos nós. - Sa-maravilha. — A loira explica sua linha de raciocínio e em poucos segundos desatamos no riso frouxo tanto quanto ela. - Vamos pessoal? — Sarah acena para nós meninas e desfila, tropeçando algumas vezes nos próprios pés em direção ao carro. - Cuidem dela por mim, ok? — John praticamente implora, enquanto observa a namorada. - Prometa. — Ele olha profundamente em meus olhos, tão sério quanto uma pedra - Sarita, acho melhor eu levar o carro. — Grito enquanto corro para impedir o ligamento do automóvel. - Eu sei dirigir, ok? — Ela despoja-se no banco do motorista. - Eu sei, Rapunzel. Mas eu estou grávida, esqueceu? Obrigatoriamente estou proibida de ingerir qualquer bebida alcoólica, existe alguém melhor para dirigir do que uma pessoa sóbria? — Arqueio a sobrancelha. - Você está certa. — Ela estica-se para o banco do carona e acomoda-se nele. Sento em seu conversível tão grande que mais parece uma espaçonave e me surpreendo com o conforto do banco. Ligo o carro e não penso duas vezes antes de buzinar bastante alto por todo estacionamento. - E AÍ, MENINAS... VAMOS CURTIR A NOSSA NOITE DAS GAROTAS?