Meu ex-amigo (Jake Donfort)

Capítulo 18 - 🔹 insegurança🔹

• Ponto de vista de S/n

Quando acordei, percebi que todo mundo acabou dormindo junto no sofá.

Eu me levantei bem devagar pra não acordar Jake e meu irmão, mas de qualquer jeito eles estavam desmaiados de sono.

Tomei café e um banho gelado, e quando terminei de me arrumar os dois já tinham levantado.

Eu iria destrancar a porta pois estava com a ideia de dar uma volta de bicicleta pra não ficar trancada em casa, mas um terror atingiu minha mente no instante em que coloquei a mão na maçaneta da porta.

"E se eles voltarem a me seguir?"

"E se me sequestrarem?"

De repente fiquei com muito medo de sair sozinha de casa.

Eu sempre tive esse medo, mas dessa vez era maior, era paralisante.

De repente, eu não conseguia mais respirar.

- S/n?? Tá tudo bem? - Meu irmão me perguntou.

Não consegui responder nada, não tinha forças pra isso.

"O que diabos está acontecendo comigo?"

Eu me sentia ridícula por estar assim só de pensar em sair de casa sozinha.

- Eu tenho um compromisso agora, você vai ficar bem? - Meu irmão perguntou de novo.

- Eu fico com ela, pode ir. - Donfort respondeu. - Ei, o que aconteceu, princesa?

Eu ainda estava um pouco paralisada, então não consegui responder de novo.

- É sobre ontem? - Jake insistiu.

Apenas assenti com a cabeça levemente.

- Eles não vão voltar a te seguir, vida. Nem devem mais lembrar sua aparência, e eu to aqui para o que precisar. - Ele segurou minhas mãos e olhou fundo nos meus olhos.

Eu sei que tenho que ser capaz de sair de casa sozinha, igual eu sempre fiz, mas cada passo de uma vez.

Então, quando pedi para Donfort me acompanhar pelo menos hoje, prometi pra mim mesma que aos poucos vou criar coragem de novo.

Agora eu tenho ele do meu lado.

E finalmente, não tenho mais medo de que ele vá me abandonar, pois aos poucos, Donfort reconquistou minha confiança.

Mas uma coisa não saía da minha cabeça.

Jake mencionou ter escrito cartas para mim alguns anos atrás.

Como a pessoa curiosa que sou, esperei ter um momento sozinha em casa para vasculhar as coisas dele.

"Será que ele ainda guardava as cartas?"

"E se eu estivesse invadindo a privacidade dele fazendo isso?"

Mas de qualquer jeito, as cartas eram pra mim, e o que podia ter demais nelas?

Depois de 20 minutos procurando, finalmente achei uma caixa com alguns envelopes dentro, e quando olhei para a parte de trás, estava escrito meu nome.

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