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A    c o n c l u s ã o

Draco achava que eles faziam um grupo meio estranho. Lily segurava Pettigrew por seu pulso, o arrastando atrás de si enquanto eles deixavam a floresta, sem parecer se importar com o modo definitivamente doloroso com que ele colidia contra o chão e as árvores. Harry caminhava ao lado de sua mão, conversando em voz baixa, e Draco andava entre Regulus e Severus, ambos parecendo tensos, como se esperassem que algo ruim acontecesse.

"O que vai fazer depois que trouxermos Peter para McGonagall e Dumbledore?" Perguntou Regulus para Snape. "Pensou nisso?"

"Honestamente? Não." Murmurou Severus. "Não pensei em muita coisa além de matar Pettigrew pelo que ele fez."

"Pode ficar em Grimmauld Place se quiser." Ofereceu o homem mais novo. "É meio deprimente e eu não vou para lá há mais de doze anos, mas se quiser pode ir."

"E ficar em um lugar que é parcialmente de Sirius Black?" Snape fez uma careta que pareceu divertir o pai de Draco. "Agradeço, Regulus, mas vou ter que recusar."

"Você e Sirius não se dão bem?" Perguntou Draco.

"Pode-se dizer isso." Resmungou Severus. Ele enviou um olhar irritado para Regulus quando o homem deixou escapar uma risadinha divertida. Draco arqueou uma sobrancelha, mas seu pai apenas forçou uma seriedade para sua expressão e o ignorou.

Eles deixaram o espaço coberto por árvores e Draco se surpreendeu ao ver que o céu já estava escuro. A Floresta Proibida era tão obscura - mesmo de dia - que ele nem mesmo havia percebido quanto tempo eles passaram lá dentro. Uma nuvem se mexeu. Inesperadamente surgiram sombras escuras no chão. O grupo foi banhado pelo luar.

Naquele momento, eles ouviram um alto uivar soar pelo espaço. Todos travaram em seus movimentos.

"Remus." Murmurou Lily, arregalando os olhos.

"Ele não toma a poção Acônito?!" Exclamou Severus. Lily suspirou.

"Slughorn pegou uma espécie de gripe ultimamente e é uma poção complicada de preparar, qualquer erro poderia envenenar Remus. Ele não achou seguro fazer no estado em que estava. Por isso James estava no castelo, ele e Sirius vão ajudar." Explicou a mulher, nervosa.

"Vamos apenas continuar andando." Disse Regulus. "Se Sirius e James estão aqui então Remus deve..."

Suas palavras foram interrompidas por um grito cortante que correu pela noite escura, uma voz que Draco reconheceu imediatamente. Ele arregalou os olhos.

"BLAISE!"

Ele não pensou. Suas pernas agiram imediatamente, disparando na direção onde se originou o berro. Draco ignorou o chamado de Regulus, apertando a varinha em sua mão. Onyx, que até agora descansava em seus ombros, se ergueu levemente, parecendo sentir a urgência do garoto. Ele ouviu passos atrás de si, o seguindo.

Draco encontrou uma cena medonha, ouvindo um rosnado. A cabeça da criatura era longa, seu corpo magro e seus ombros curvados. Pelos podiam ser vistos em seu corpo, mais proeminentes em suas patas e seu rosto. As garras em seus dedos eram do tamanho da palma de Draco.

Um cervo majestoso protegeu Pansy, Blaise - cujo braço direito ostentava três longos arranhões, sangue escorrendo e pingando na grama -, Ron e Hermione enquanto um enorme cão negro, do tamanho de um urso, saltou para frente agarrou-o pelo pescoço e puxou-o para trás, afastando-o das crianças. Atracaram-se, mandíbula contra mandíbula, as garras se golpeando...

"Draco?!" Exclamou Pansy, surpresa. Seu chamado chamou a atenção do cervo, que encontrou algo atrás de Draco. O sonserino viu seus pelos ficarem de pé e todo seu porte ficar tenso.

A Fuga do Príncipe - O menino que sobreviveu 3Onde histórias criam vida. Descubra agora