𝐈𝐌𝐏𝐑𝐔𝐃𝐄̂𝐍𝐂𝐈𝐀 | Durante séculos Carlisle tentou fazer com que a palavra vampiro fosse menos sangrenta e banalizada, mas Amelia gostava de tudo o que o vampirismo poderia a trazer, a vida eterna, o glamour de ser uma vampira poderosa e o sa...
Pois somos jovens e imprudente, vamos passar dos limites, vai te deixar sem fôlego ou com uma cicatriz horrível.
Blank Space | Taylor Swift
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Todos nós possuímos uma inclinação para o mal, meu pai havia me dito isto uma vez, um pequenino instinto primitivo que se escondia por de trás de anos de princípio. Com o passar dos anos éramos moldados em prol da sociedade, deixando nossa real natureza abandonada nas sombras do esquecimento, mas elas recistentes, difíceis de serem apagadas, eram como pólvora, uma que sempre deixaria um pequeno resquício em nosso interior, aguardando uma simples faísca para encendiar todos o nosso ser. Quando mais nova não poderia compreender, em minha mente, não possuía esse lado, afinal como poderia, uma simples garota ter instintos tão cruéis, como está garota poderia matar e gostar da sensação, aquela que sobre a boca do estômago e espalha por lá a sensação fria e gostosa da ansiedade, da necessidade por mais sangue.
Essa possibilidade nunca existiu não enquanto o coração de Amelia Wright ainda batia sobre meu peito, mas agora com ele morto ainda dentro de mim, eu podia sentir a pequena faísca se tornar um incêndio. Queimando todos aqueles sentimentos bons, sobrando somente a raiva. Meu corpo todo tremia, já havia experimento a raiva antes, direcionada a Carlisle principalmente, mas aquela irritação que fazia meus dente rangerem era a raiva em seu mais puro estado, era o ciúmes que me corria, grudando sobre minha pele e invadindo meu sistema. Ah como tudo estava diferente!
A antiga Amelia gritaria em busca de uma solução ao descobrir que o primeiro homem a tê-la, queria possuir outra mulher. Ela sentiria uma pontada em seu coração forte o suficiente para esmaga-lo, junto a seus sentimentos, ela se sentiria destruída ao descobrir que seu marido agora desejava pertencer a outra. Apenas sobre ela, sobre seu coração partido e sua tristeza profunda, então não conseguia compreender o porquê desses sentimentos não preencherem a minha alma, ou invés disso a única coisa que eu conseguia sentir, era raiva e ódio, raiva por ter outra pessoa tocando naquilo que me pertencia e ódio por ouvir sua maldita respiração e constatar que ela era tudo o que eu já havia sido um dia.
Meus dias mais longos do que necessário nesta terra, me fizeram concordar com as palavras de meu pai, mas a sociedade havia criado algo na qual eu gostava. O casamento era visto como algo deverás importante para mim, seu discurso monogâmico e eterno, mesmo que soubesse que na sua roupagem natural, era apenas uma forma de vender mulheres, me atraia, pois eu havia escolhido ele. Eu o escolhi quanto o ar saltou de meus pulmões quando meus olhos se encontraram com os dele, minhas suaram e um sorriso atingiu meus lábios na tarde de verão em Londres. Havia o escolhido também quando aceitei seu pedido de casamento, mesmo tendo noção de que meu pai não aprovaria o pianista como marido de sua garotinha. E quando caminhei com o braço entrelaçado a do mesmo homem que rejeitou o casamento em direção ao altar, em uma das maiores igrejas da cidade, para dizer que sim, em meio a alta sociedade de Londres. E o escolhi eterna quando a lâmina fria entrou em contato com a minha pele quente e macia.
