13. "Tive o privilégio de ver aquele sorriso" - Lauren

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Olá pessoas belas! 
Como vão? Eu ando com sono arg 
Enfim, espero que gostem <3

.

- Você tem certeza que sua mãe não vai se incomodar? – perguntei de novo.

- Claro, Lolo – Ally disse – minha mãe é gente boa.

- Ok – ergui as mãos em rendição.

A situação era a seguinte: Ally me pediu (lê – se obrigou) a ir embora com ela e, de quebra, me convidou para ir à sua casa. Fiquei sem jeito, afinal, a mãe dela só me viu uma única vez, vai que ela não goste de mim.

Nos últimos dias, Ally e eu estávamos mais próximas, isso era bom. Tudo ainda era novidade e às vezes tinha um pouco de medo, afinal, eu nunca senti algo parecido por ninguém, mas Ally sempre estava comigo e ver a maneira calma com que ela lidava, automaticamente me deixava calma também.

Passada alguns minutos, a mãe de Ally finalmente chegou. Aproximamo-nos do carro e foi inevitável permanecer calma.

- Oi filha – ela disse – olá, Lauren.

- Oi – disse tímida.

- Mãe, a Lauren vai com a gente para casa, tudo bem? – Ally se manifestou.

- Claro – disse de maneira meiga – amiga da Ally sempre é bem vinda.

Precisei de uns dois minutos para me sentir completamente à vontade. A maneira como Ally e mãe dela se tratavam era tão linda, pareciam amigas. Coisa que, infelizmente, nunca soube e nem saberei como é.

Não, não vou pensar na minha mãe agora, isso me deixaria melancólica e a ultima coisa que quero é ficar triste. Pelo menos hoje isso não iria me abalar. Entrei na conversa delas e consegui distrair minha cabeça.

A casa da Ally era pequena (isso explica o fascínio que ela teve na minha), tudo muito simples, porém mil vezes acolhedor do que minha casa.

- Vou preparar algo para vocês comerem – a mãe da Ally disse – fique a vontade, Lauren.

Não tive tempo de responder, pois Ally me segurou pelo braço e me arrastou para o seu quarto. O loca era todo fofo, decorado com alguns ursos de pelúcia e essas coisas que eram 100% a cara da Ally. Sentamos na sua cama, eu continuei a observar o seu quarto. Foi quando algo me chamou atenção.

- Você anda lendo meu livro – falei.

- Para ser sincera, estou lendo pela segunda vez – disse com as bochechas coradas.

- Sério? – perguntei surpresa.

- Sim – disse – é um ótimo livro.

- Não pensei que fosse gostar tanto, fico feliz com isso – disse verdadeiramente.

- Que isso, Lolo – falou corada.

- Você fica tão adorável quando está corada – disse apertando suas bochechas.

Ally riu e aproximou suas mãos do meu rosto, acariciando o local delicadamente. Fechei e sorri com esse carinho.

- Você fica linda quando sorri – ela sussurrou, me fazendo abrir os olhos.

Ficamos nesse contato visual por uns segundos, não ousaria quebrar isso. Rostos cada vez mais, porém mantive meus olhos abertos, esperando o momento que finalmente teria contato com seus lábios.

Tudo isso foi interrompido quando sua mãe nos chamou para comer. Outra vez fomos interrompidas, porém dessa vez eu ri.

- Vamos – Ally pegou gentilmente na minha mão.

Sua mãe lavava a louça enquanto cantarolava uma música antiga qualquer. A mesa estava colocada. Ally e eu sentamos, mas só começamos a comer quando sua mãe se juntou a nós.

- Como foi o dia de vocês?

- Tivemos literatura, extremamente chato – Ally disse.

- Ally! – ela repreendeu.

- Mãe, a senhora sabe que eu detesto essa matéria – Ally se defendeu.

- Ok – ergueu as mãos em rendição – e o seu dia, Lauren?

Aquilo era estranho. A minha vida toda fantasiei aquele lance que se via em filmes/ séries, sabe? A família sentada na mesa, sem celular ou qualquer objeto eletrônico, onde conversaríamos sobre o nosso dia a dia. Sempre desejei isso e nunca passou pela minha cabeça a ideia de viver isso com outra família. Eu estava gostando disso.

Contei sobre o meu dia comum sem muita riqueza de detalhes, em seguida foi à vez dela de nos contar sobre o seu trabalho.

- Trabalhar numa padaria deve ser legal – disse – tipo, viver cercada daquelas coisas gostosas e tal.

- Nem sempre posso comer tudo aquilo – abri minha boca num “o” ela riu – pois é, a coisa boa é que faço uma das coisas que amo: cozinhar.

- E a senhora é muito boa nisso – disse a fazendo rir de novo.

- Ally sempre me diz isso, mas como ela come qualquer coisa comestível, não levo em conta – disse. Ally fez uma careta – agora, já que você diz, acredito.

- Pois pode acreditar, esse bolo está incrível – falei.

Terminamos de comer e continuamos a conversar sobre assuntos aleatórios. Ally pediu licença para sua mãe para deixar a mesa, a mesma nos dispensou e voltamos ao quarto de Ally. Já me sentia a vontade, então tomei a liberdade de sentar na cama de Ally, ela fez o mesmo.

- Sua mãe é muito legal – disse.

- Eu sei – falou sorrindo – ela é incrível.

- Estou tão acostumada a comer sozinha, até estranhei um pouco – disse.

- Por que come sozinha? – Ally perguntou.

Resolvi contar um pouco sobre a minha vida, desde a morte do meu pai até o fato da minha mãe ser viciada no trabalho.

- Tipo, eu sei que minha mãe me ama, não duvido disso – falei – só queria que ela demonstrasse mais, entende?

- Mesmo eu não passando por isso, entendo sim – ela falou – talvez você devesse conversar com ela, mas sem se alterar, sabe?

- Eu sempre acabo gritando – disse – aliás, sempre estrago tudo e afasto todos de mim.

- Lauren, não diz isso – Ally segurou em minhas mãos – você é uma menina incrível, só precisa se dar conta disso.

- Será?

- Se não fosse, não teria me feito sentir essas coisas que sinto por ti – disse – você, sem ao menos se dar conta, me conquistou.

- Lembro-me de quando nos vimos pela primeira vez – falei - instantaneamente quis te matar.

- Sério? – Ally arregalou os olhos.

- Sim – disse – mas agora é diferente e a única maneira que penso em te matar é esmagada num abraço – ela riu.

- Você é incrível – disse.

Sinto que, finalmente, é o momento em que deveríamos selar nossos lábios. Ally aproximou seu rosto no meu e encostou os lábios no meu, de maneira delicada. Meu estômago da cambalhotas, a sensação fica mais forte quando o beijo se intensifica.

Afastamo-nos lentamente e tive o privilégio de ver aquele sorriso que, mesmo estando um pouco tímido, era lindo. Nenhuma de nós disse uma palavra, isso também não era necessário. Finalmente pude sentir seus lábios, o beijo tão esperado. O nosso beijo.

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Tentarei postar um cap domingo, não prometo nada :) 
Pois bem, tem algo sobre a minha pessoa que gostariam de saber? (idade, fandom, cor fav etc) 
Podem perguntar o que quiserem, gosto de responder essas perguntas HAHAHA 
E me falem sobre vcs também :) 
Enfim, comentem o que acharam do cap <3

My clarity [Alren]Where stories live. Discover now