02 - Amor En El Cerebro

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"oh, mi amor, estoy peleando con fuego, solo por acercarme a ti

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"oh, mi amor, estoy peleando con fuego, solo por
acercarme a ti... ¿podemos quemar algo, baby?"

{love on the brain - traducida al Español}

Mathias [14:10] :
¡Hola, peque!
Sinto muito por termos brigado
mais cedo. Fiquei chateado pela
situação e acabei descontando em ti.
Mas não é sua culpa e eu sinto muito.
Vem aqui em casa quando puder?

A moça sorriu, aliviada ao ver a mensagem. Seu pai estava certo – como sempre – afinal. Provavelmente, tudo o que Mathias dissera fora no calor do momento, tomado pela raiva e frustração.

Não combinava com a personalidade de Morena, mas ela pensou que, se não fosse tão contida, também teria dado alguns gritos raivosos quando soube da notícia.

Desceu do ônibus alguns pontos antes da estação mais próxima de sua casa e caminhou até a casa do namorado, onde também ficava a padaria na qual ele trabalhava.

Logo avistou Mathias, atrás do balcão, no caixa. Como não havia movimentação de clientes dentro do estabelecimento – e, aparentemente, nem entregas a serem feitas por ele, de moto – o rapaz estava cabisbaixo, distraído ao celular, quando Morena chegou.

– Oi.

Ela disse ao passar pela porta.

– Oi! – Mathias exclamou, se colocando de pé ao vê-la chegar e caminhando em sua direção. – Me desculpe, More, pelas coisas que disse. Não é sua culpa nada disso; sei que você não iria se tivesse a opção.

– Ei, calma. Está tudo bem! – Ela sorriu, na tentativa de acalmar o rapaz, que parecia muito agitado. – Eu realmente não iria se houvesse outra maneira... Mas, como não há, preciso fazer isso. Sinto muito.

Morena lamentou, mudando o tom.

– Eu também. – Ele concordou, puxando-a para um abraço. – Gostaria de poder ajudar, mas, você sabe... Dinheiro não é mesmo algo que temos por aqui para compartilhar.

– Tudo bem, ursinho. – Morena disse, com o rosto contra o peito de Mathias. – Fico mais tranquila só por saber que você não está mais bravo comigo.

– Não estou. – Ele usou a mão para erguer o rosto da moça, fazendo-a olhar para ele. – Você disse que... É só por um tempo. Não é?

– Sim. – Ela respondeu. – Quatro meses! É só o tempo de conseguir uma boa quantia de dinheiro para o tratamento do meu pai. Prometo.

– Por falar em seu pai, o que ele está achando de tudo isso, hein?

O paraguaio perguntou.

– Ele não sabe. Lembra que te disse que ele e meu tio Mauricio brigaram feio uma vez? – Morena perguntou e Mathias assentiu. – Então. Papai jamais pode imaginar que estou indo trabalhar justamente com esse tio, e muito menos que estou fazendo isso para ajudar a pagar pelo tratamento dele. Inventamos que ganhei uma bolsa de estudos para estudar balé lá.

Ocean EyesWhere stories live. Discover now