Uma emergência familiar faz com que Morena precise deixar sua vida simples na cidade de Buenos Aires para se arriscar num trabalho novo, em Paris. Entre tantos desafios que vêm com uma mudança como essa, a companhia de um atleta faz tudo mudar.
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"no tendremos que estar batallando buscando siempre el momento por dar pasos de cero y un camino certero." {pasos de cero - pablo alborán}
O despertador de Morena tocou em cima da mesa de cabeceira, alertando-a que já era hora de acordar.
A moça então se levantou, arrumou a cama e foi até o banheiro. Gostava de começar o dia sempre com um bom banho. Umedecer os cachos depois de acordar era a maneira mais prática de arrumá-los sem deixar o cabelo com um frizz terrível.
Logo que saiu, se vestiu com a roupa que havia sido entregue no dia anterior pelo tio, e deixou o cômodo, seguindo em direção à mesa de café da manhã no interior da casa dos padrinhos e Sebastiano.
– Bom dia!
Ela acenou, adentrando o local.
– Buen día!
A tia e o primo responderam, cada um preparando algo para comer no café.
– Ei, Nita, quer ovos mexidos? – Sebastiano perguntou, empolgado – Eu ia colocar agora na panela. Se quiser, faço para você também.
– Eu, é...
Morena respondeu, sem jeito.
O cheiro era gostoso, mas ela não costumava comer ovos no café da manhã. Normalmente essas coisas que davam "mais sustento", como sua mãe dizia, eles deixavam para comer com arroz para o almoço ou jantar.
– Sebastiano, não deixe a garota constrangida. – Karina repreendeu o filho – Morena, se você não come ovos mexidos, há outras opções. Temos leite, croissants, bolo, cereal, torradas... O que você costuma comer para o café da manhã?
– Eu como.... – Ela disse, ficando até um pouco perdida pela quantidade de opções – Pão. Mas pode ser qualquer coisa.
– Pão com queijo? Com manteiga? Pode preparar, está tudo aí na mesa. Mostre a ela, mamãe.
O rapaz disse.
– Não, pão puro mesmo. Molhado no leite.
Morena respondeu, envergonhada.
Mas era a verdade, afinal.
Karina e Sebas se entreolharam, também um pouco constrangidos, mas tentaram não deixar transparecer.
– Fique à vontade, querida. Temos pão e temos leite também, se você quiser comer o de sempre.
A tia sugeriu.
– Está tudo bem. Vou comer essas torradas aqui com... Isso é geleia, né?
Ela perguntou.
– Sim! E é deliciosa. Maurício trouxe de uma viagem, é orgânica. De frutas vermelhas!
Karina respondeu, simpática.
– Buen día, pessoal. – Mauricio acenou, adentrando a cozinha com sua maleta de trabalho. – Chicos, saímos em 5. Não demorem!
