Jasmins estava deitada com os braços em volta da filha enquanto ela ainda lhe contava, animada, como fora seu dia com detalhes. A menina sabia até quantas joaninhas tinham aparecido na sua frente.
Como uma boa mãe, esforçava-se para ouvi-la. Não demoraria muito para o interesse por joaninhas da filha passar e, quando isso acontecesse, acabaria encontrando outro assunto para tagarelar.
Jasmins tinha passado por muitos desafios na vida, coisas que a assustavam, outras que a faziam feliz. Tinha lembranças de toda sua vida, de crescer em uma casa onde a alegria não fazia parte da sua rotina, depois de ter sido obrigada a se casar com alguém que não amava, tampouco a amava também. Por outro lado, tinha sido abraçada e mimada pela sua mãe tantas vezes, tinha rido com os irmãos até se engasgar e sabia como provocar cada um deles.
Havia memórias que desejava esquecer, outras que guardaria para sempre. A mais especial delas foi o momento que sentiu em seus braços o maior amor do mundo, quando segurou a filha pela primeira vez no colo.
Morgana era sua melhor amiga, sua alma gêmea. Depois que nasceu, nada importava mais, cada decisão que tomava era para que aquela criança, o amor de sua vida, conhecesse a felicidade. Tinha vontade de mudar o mundo inteiro por ela.
Nunca sentiu tanto amor por alguém como sentia pela filha, ela tinha lhe dado novas metas de vida, tinha a feito desejar fazer mais.
Aceitar Nathan de volta na sua vida não seria uma tarefa simples, entretanto conseguiria lidar com aquilo. Agora, o que não conseguiria era lidar ele na vida de sua filha, porque isso fugiria do controle dela.
Ela não poderia o manter longe de sua filha permanentemente. Morgana a odiaria, e Jasmins sofria muito mais com a ideia de ser odiada pela própria filha, sobretudo por privá-la de algo bom que ela merecia ter como a companhia do pai.
Jasmins teve um pai, mas sua convivência com ele não foi a melhor experiência de vida. Portanto, queria que com Morgana fosse diferente, que soubesse que teria uma mãe com a qual poderia contar sempre, mas também que tivesse mais que isso.
Em partes, seria uma lástima para Nathan não ter a chance de ver Morgana crescer, porque, mesmo que fosse a coisa mais desafiadora de se fazer, ser mãe também era sua maior benção, e o marido já tinha perdido tantos momentos, cada detalhe que ela tinha acompanhado desde o nascimento da menina.
— Sabia que joaninhas vêm de um lugar mágico, mamãe? — perguntou ela, virando-se para Jasmins que encarava o rostinho dela.
Jasmins sorriu, negando com um gesto.
A filha tinha um estranho amor por joaninhas.
— Elas são! — confirmou ela com a sabedoria de uma criança de seis anos.
— É mesmo?
— Sim — respondeu, assentindo para Jasmins —, elas voam e ainda têm as roupas mais legais do mundo.
— Mais legais do que as minhas? — perguntou Jasmins, escutando a risada de Morgana.
— Ah, mamãe, elas já nascem com elas. A senhora precisa que alguém faça as suas.
A filha tinha uma explicação muito boa.
— Isso é verdade.
— Queria viver com elas — disse a menina.
— Ah, é? — perguntou Jasmins e fez cócegas na filha. — E a senhorita me deixaria para viver com as joaninhas?
— Não seja boba, mamãe! É por isso que não vivo com elas — disse a filha, colocando as mãos no rosto da mãe, e lhe deu um beijo. Jasmins retribuiu o carinho, beijando várias vezes o rosto de Morgana.
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Tudo por o amor de uma marquesa (3 Volume Dos Heltons)
RomanceEle têm um passado... Frege Stálin tinha uma longa lista de inimigos. Por ter feito muitas coisas em seu passado ao qual não se orgulhava tinha consciência de todos aqueles que desejavam que sua morte fosse lenta e dolorosa, por isso tinha id...