vent.

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— oi

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— oi... — adam chamou minha atenção, dei um sorriso fraco pro mesmo. — como você tá?

— eu não sei. —  sinalizei com dificuldade graças ao meu ombro.

— sei que falar que sinto muito não vai te ajudar, mas eu estou aqui. — ele sorriu e dei espaço na cama para ele se deitar.

— eles ainda estão aí? — perguntei e ele negou.

— mamãe explicou o que aconteceu, falou que você precisava de um tempo. — concordei. — olívia estava muito abalada...

— eu entrei na frente dela... — sinalizei e ele concordou.

— você... hum, culpa ela? — perguntou.

— eu não sei, eu realmente não sei. — suspirei. — só não quero ver ela, lembrar de tudo, preciso de um tempo.

(...)

uma semana havia se passado e eu ja estava em casa, meus amigos me visitaram, era diferente. descobri que o enterro de ben foi feito pela sua vó, a única que compareceu.

meus pais queriam me mudar de escola mas eu não tinha certeza se queria isso, eu construi memórias lá, eu fiz amigos, eu comemorei vitórias e tive varias conquistas.

— filha? — escutei a voz da minha mãe e me sentei sobre a minha cama. — está com fome?

— não. — falei sem ânimo.

— você não come desde ontem, amor. — ela falou preocupada.

— eu só não estou sentindo vontade de comer, mãe. — falei simples.

— nem um miojo? — perguntou dando um sorriso. — pizza? bolo? o que mais? deixe eu pensar...

— ok, eu tento o miojo. — falei em rendição e ela sorriu.

— vou preparar. — piscou pra mim e desceu para o andar de baixo.

depois de um tempo me levantei com dificuldade e desci vendo a mulher colocando o miojo em um prato, me sentei na bancada e sorri em agradecimento comendo.

— sabe aquela menina, como é mesmo seu nome... hum, olivia? — ela falou e prestei atenção na mesma. — ela parece gostar de você, no hospital ela ficou lá por horas, quando falei que você não queria receber visitas ela ficou meio receosa em ir embora.

— hum... — murmurei.

— mia uma vez comentou comigo sobre uma garota, você estava no banho. — ela começou a falar. — comentou que você estava mentindo pra ela, que estava saindo escondido com alguém e ja tinha uma suspeita.

— mia sempre sabe de tudo. — sorri fraco.

— sim. hum, essa garota é olívia? — ela perguntou e eu suspirei.

— sim, é olívia. — me ajeitei na cadeira. — ela se tornou alguém importante pra mim de um jeito tão grande, eu acho que me apaixonei pela primeira vez.

— e por que não fala isso pra ela? — mamãe me perguntou.

— no dia do... você sabe. — ela concordou. — eu falei que a amava na hora que ben iria atirar nela.

— e agora está com medo de falar com ela? — perguntou.

— sim, e... também estou chateada. — murmurei. — eu quero tentar jogar a culpa de eu não poder nadar mais em olívia, eu preciso tentar achar um cupado.

— eu sinto muito pelo o que houve com você , filha. — ela segurou minha mão. — mas não culpe ela, infelizmente aconteceu e acredite, se eu pudesse teria entrado na frente daquela bala por você, só para você não ter que passar por tudo isso.

— mãe...

— tente falar com ela, você não pode afastar o amor assim. — ela beijou minha testa. — eu e o seu pai ja passamos por muitos altos e baixos, mas continuamos firmes e hoje em dia temos a família mais linda desse mundo.

— obrigada mãe. — sorri e ela me abraçou.

— fico feliz de ter se aberto comigo, meu amor. — falou e sorriu. — eu amo você.

𝙵𝐚𝐯𝐨𝐫𝐢𝐭𝐞 𝙲𝐫𝐢𝐦𝐞. (𝑶𝒍𝒊𝒗𝒊𝒂 𝑹𝒐𝒅𝒓𝒊𝒈𝒐×𝒀𝒐𝒖)Where stories live. Discover now