Capítulo 1

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Paolla

Nem sempre fui tão cética a respeito do amor, mas depois de ter a segunda maior desilusão amorosa com Jake, ficou impossível acreditar que exista alguém que vai me amar e se dedicar ao meu amor.

A minha relação com meu pai (ou a falta dela) também teve um papel muito forte na minha visão de que de fato exista um "felizes para sempre".

A separação dos meus pais quando eu tinha uns 12 anos foi um evento meio traumático para mim, foi na verdade a primeira vez que eu tive que lidar com a sensação de ser trocada por outra pessoa. Quando meu pai saiu de casa para se casar com uma outra mulher e construir uma nova família, ele não só se separou de minha mãe, ele se separou de mim também quando resolveu não ser uma figura presente em minha vida.

Não foi nada fácil lidar com todos esses sentimentos, toda vez que tinha o Dia dos Pais na escola, quando teve o baile de pai e filha, entre outras situações desse tipo, toda vez que ele dizia que iria me visitar e não aparecia, fez com que meu coração fosse se quebrando aos poucos.

Mas graças a Deus eu tinha a minha mãe, ela é e sempre foi a minha heroína, sempre se dedicando exclusivamente a mim. Era sempre ela que estava lá para me consolar sempre que ficava o dia inteiro esperando meu pai aparecer. Me doía ver a tristeza em seus olhos também, porém com o passar dos anos comecei a bloquear esses sentimentos sobre meu pai. Acabei me conformando que ele não faria mais parte da minha vida, e por um lado foi mais fácil assim.

Quando chego Jake no meu primeiro semestre da faculdade, ele era perfeito, lindo, alto, moreno, um verdadeiro príncipe encantado. - até não ser mais - Eu me apaixonei por ele muito rápido, eu realmente achava que ele era o homem certo para mim, via um futuro para gente.
Até eu ver a cena de camarote dele me traindo. Foi difícil de superar eu o amava de verdade, precisei de um tempo para lidar com o término, mas hoje posso dizer que estou muito bem.

Ainda continuo solteira, mas por opção, não faltaram oportunidades de ter um relacionamento sério. Hoje prefiro não me entregar ou me apegar a ninguém, não vou uma santa, longe de mim querer insinuar isso. Tenho meus casos, entretanto todos são casuais.



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Bom dia, dorminhoca! Senti sua falta no percurso de hoje. – digo a Emma assim que entro e casa após minha corrida matinal no Fremont Peak Park.

Moramos juntas desde a Universidade, mas hoje dividimos um apartamento de 2 quartos pequeno, porém bem aconchegante na Avenida Greenwood, em Fremont, Seattle.

— Bom dia, não dormi muito bem essa noite, já tomou café da manhã? – Pergunta Emma.

— Ainda não, por acaso você já está indo para empresa? – não tem muito tempo Em e eu conseguimos abrir um pequeno escritório de arquitetura depois de muito economizar temos muito orgulho da ''Castro & Foster Arquitetura'' localizada na Avenida Francis, que fia bem perto de nossa casa.

— Sim, estou terminando de responder uns e-mails e já vou.

— Me espera, vou apenas tomar uma ducha rápida e nós vamos juntas, pensei em passar na Ligthouse Roasters e compramos um café antes de irmos para o escritório. O que você acha?

— Pode ser, só não demora demais pois preciso estar lá antes das 9 horas, tenho uma reunião de um novo empreendimento.

— Emma pelo amor de Deus são 7:30! Quanto tempo você acha que eu levo para ficar pronta? – Perguntei a caminho do banheiro.

— Você sempre faz a gente chegar atrasada nos lugares, não tem um histórico muito bom que eu possa levar em consideração.

— Muito obrigada por jogar isso na minha cara mais uma vez. – disse revirando os olhos.

Uma chance para o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora