Capítulo XXVII - Spielberg's and Kubrick's

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Música sugerida: Iris – Goo Goo Dolls

Att¹: o capítulo não ficou bem em edição pois eu não tive tempo mesmo para editar. Porém se eu demorasse mais, capaz de algum de vocês vir bater na porta da minha casa.

Lembrem-se que a Áurea não sabe bem demonstrar seus sentimentos. Levem isso em consideração lendo os POV dela.

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POV FRED WEASLEY

Eu senti tanto medo de perdê-la, que qualquer objeção que eu possuía contra sua conduta foi dissolvida.
Agora eu acabo de ouvir toda sua verdade. Todo seu plano em nos tirar daqui. A única parte que me causa calafrios é o destino de Pettigrew. Porém sua alma será livre, e tudo o quê desejo para ele é que encontre sua plena paz e felicidade. Mas prefiro que seja comigo perturbando sua existência para ser sincero.

Sobre o destino de Áurea se seu plano sair como o esperado, bom, não mudará muito o quê eu sempre soube que ela nasceu para ser. Ela seria arrancada de mim mais cedo ou mais tarde.
Ok, talvez eu esteja sendo um pouco dramático.

Estou nesse exato momento olhando para seu rosto, enquanto damos uma pequena pausa em direção a casa.
Pego sua mão, com um sorriso no rosto que me é retribuído.
Agora eu possuo minhas lembranças de volta. E quer saber? Não sei porquê eu me importei tanto em tê-las. Eu amei essa mulher mesmo antes de saber que nela eu havia encontrado meu destino.

Sempre foi ela, e sempre será. Meu peito se rasga ao saber da verdade de nosso futuro incerto. Merlin! Eu a amo. Seria crueldade demais duas almas se amar tanto e ser obrigadas a viverem separadas.

E pensando nisso, eu e Áurea não somos os únicos.
James e Peter vivem esse mesmo dilema, como duas almas gêmeas separadas desde a maternidade. Inseparáveis, sendo sempre separados.

Eu não entendo como Lilly se meteu no meio disso tudo. Não entendo como Áurea jura que seu amor por James é verdadeiro. Porém suas atitudes até então provam exatamente o oposto.

Caraca, ela é uma comensal! A mais tempo que qualquer outro comensal daqui.
Como Áurea pode ver bondade nela?

Claro que eu sei que tem uma peça que está faltando. Não. Não apenas uma peça. Está faltando um terço desse quebra-cabeça. Porém entendo que é a carta na manga de Áurea.
Até mesmo eu poderia atrapalhar sua vitória se soubesse de toda verdade. Prefiro ficar com a parte que não a fere, e que nos dá uma pequena chance de ficarmos juntos no futuro.

Olho para meus pés que afundam na neve, mas não porquê ela está em alto nível como mais cedo, e sim porquê ao redor dele ela se derreteu. Posso vislumbrar a grama assim que levanto a sola de meu sapato.

Olho para Áurea que está sorrindo.
- O quê foi? - pergunto rindo, já que não estou entendendo.

- Obrigada. - ela diz com lágrimas nos olhos, se esforçando em prender o choro.

Levo minha mão ao seu rosto, em sinal de preocupação.
- O quê aconteceu querida? Eu por acaso te machuquei? Porquê sério, você não deveria me lançar algum feitiço ao invés de chorar? - ela dá um sorriso singelo com minha fala.

- Você me ofereceu liberdade, Fred. Você me perdoou, e mesmo após tudo ainda está escolhendo me amar. - ela leva suas mãos sobre as minhas. - Sabe, eu desistiria da eternidade para ficar ao seu lado. - meus olhos se alegram com sua declaração. - Pois eu sei que você é o único capaz de me amar.
E não querendo aumentar mais ainda seu ego inquebrável - dou um riso fraco, sentindo meu peito transbordar de alegria. - Mas você é o mais próximo que eu estarei do paraíso.
E quer saber de uma coisa? Eu não estou nem um pouco preocupada em voltar para Valhalla agora. Pois meu lar é qualquer lugar em que você esteja. - seguro seu rosto me aproximando mais. Seus olhos estão inundados por lágrimas. - Sua existência é a a razão pela qual eu ainda sinto a necessidade de respirar.

Hiraeth - The Comeback Where stories live. Discover now