Corte de Desejos e Sonhos - Mor e Emerie

Capítulo 57

A cerimônia de Viviane foi incrível e durou até tarde da noite. Mor dançou com Cassian, Azriel, Kallias, Helion, Thesan, Tarquin e até com Varian. Ela aproveitou a dança com Thesan para conseguir uma reunião com ele, que ficou marcada para dentro de algumas semanas. Emerie preferiu não dançar com ninguém, mas ficou sentada em uma mesa com os amigos fazendo apostas idiotas sobre os convidados da festa.

A maioria dos convidados já tinha indo embora e os únicos visitantes que não tinham se retirado ainda eram os das Cortes Noturna e Estival. Anna aparentemente tinha se dado muito, muito bem com Cresseida e com Elain. Mor precisava perguntar se ela tinha segundas intenções com algumas das fêmeas. A loira esperou pacientemente cada um dos amigos parabenizar Viviane e seguir para o hall de entrada.

- Quando vocês voltam? – perguntou Cassian.

- Amanhã cedinho estaremos de volta. – Mor estendeu a mão para ele.

- Amren não vem conosco? – perguntou Elain e a loira olhou para trás.

- Ela veio com o Varian, então deve voltar com ele. – Mor deu de ombros e estendeu a outra mão para Azriel.

Quando estavam todos de mãos dadas, ela os atravessou para a sala da Casa do Rio.

Mesmo dali, foi possível ouvir a risada estridente de Nyx, seguida da de Feyre. Os olhos de Mor se encheram de lágrimas e ela precisou piscar para afastá-las.

- Venha ver o Nyx um minuto – chamou Cassian, vendo a expressão dela.

Mor negou com a cabeça.

- Não. Se eu fizer isso, não sei se vou conseguir largá-lo. Capaz eu deixar a Emerie sozinha na Invernal e só ir buscá-la na semana que vem.

- Ah não, vá buscá-la. Ela precisa treinar – disse Cassian e Mor revirou os olhos.

- Você só pensa em treinar, treinar, treinar...

Mor atravessou de volta para o Palácio, direto para o quarto que tinha ocupado durante sua estadia ali. Emerie estava lá, dobrando suas roupas.

- O que está fazendo, Ems? – perguntou Mor sem entender. Ela tinha pedido para a morena tomar um banho e vestir uma roupa mais casual e quente.

- Dobrando suas roupas – disse Emerie e com um estalo de dedos todas as roupas de Mor e de Emerie também desapareceram, atravessada direto para Casa do Rio.

- Você já tentou alguma vez fazer as coisas sem usar seus poderes? – perguntou a illyriana debochada.

Mor olhou para o teto, pensativa.

- Não.

Emerie riu e se sentou na cama, e Mor logo se aproximou e sentou em seu colo.

- Você está linda. – Emerie acariciou o rosto dela como tivera vontade de fazer tantas vezes durante a noite.

- Obrigada. Você também estava de matar. – Mor estendeu as mãos em direção as asas da illyriana. – Posso?

Ela às vezes usava seu poder de cura para aliviar a dor das asas de Emerie, normalmente quando a dor estava um pouco mais intensa e o chá sozinho não dava conta, mas hoje não tinha feito isso.

- Não precisa, eu já tomei o chá, nem estar doendo tanto.

- Não quero que sinta nenhuma dor, até porque para onde vamos você precisa estar 100% bem.

- Para onde vamos? – perguntou Emerie sem entender. – Eu achei que íamos passar mais uma noite aqui.

- Não, nós vamos para outro lugar. Só disse que íamos passar a noite aqui para ninguém desconfiar.