The Devil's Daughter [Nova Versão]

Capítulo 25: Não existe monstro como eu

"I am immortal. The most powerful being that ever lived on the face of the earth."

• Klaus •

Sinto como se meu coração tivesse acabado de parar de bater. Pego Mia no colo assim que ela desmaia, e a olho incrédulo, a respiração rápida e ofegante.

— ELIJAH! — Grito, e levo Mia para o sofá, me sentando ao seu lado.

Meu desespero é tanto que sinto vontade de chorar, e tenho certeza de logo estarei.

— Mia, por favor, Mia! — Digo abraçando-a forte.

Elijah entra correndo, acompanhado de Rebekah e da minha mãe. Eles arregalam os olhos, e posso notar a preocupação em seus olhos quando veem Mia. Mas não estou me importando com isso, apenas com a minha filha que está nos meus braços desmaiada. Eu a abraço forte. Mia está queimando de febre, e ao mesmo tempo está com o corpo trêmulo por conta do frio.

— O QUE ACONTECEU?! — Pergunta Ester, correndo até a Mia e se sentando ao seu lado. Ela está chorando, o que de certa forma me surpreende.

— Ela desmaiou, e está queimado de febre. — Minha voz soa embargada por conta do choro. Minha irmã se senta na poltrona, e cobre o rosto com as mãos, tremendo e chorando.

— Se acalmem! — Diz Elijah com a respiração ofegante. — Eu vou pegar um termômetro. Ester, você tem alguma planta medicinal ou um remédio? — Sua testa está franzida de preocupação. Elijah usa supervelocidade para sair da sala.

Olho para o rosto inconsciente da minha filha e percebo que também estou tremendo. Nunca me senti tão impotente em todo a minha vida, a sensação de não poder fazer nada me deixa estarrecido. Eu não posso perdê-la, ela é tudo pra mim.

Elijah volta com o termômetro e coloca em baixo do braço dela, se assustando ao tocá-la e perceber o quanto sua temperatura está elevada. Ele não deixa transparecer seu medo para não me preocupar. Posso escutar meus próprios batimentos cardíacos a mil por hora.

Respiro fundo, abraçando-a ainda mais forte. fecho os olhos, tentando não ficar sem ar. Ouço o termômetro apitar e o tiro rápido do seu braço, lendo sua temperatura.

— 39,8 graus. — Leio em voz alta.

Minha mãe abaixa a cabeça e Rebekah faz o mesmo, passando as mãos pelo cabelo. Elijah passa seu olhar por todos nós.

— Ela vai ficar bem, tenho certeza. — Diz Elijah. — Eu... Vou buscar alguns panos molhados pra abaixar a temperatura. — Ele anda a passos largos em direção a cozinha para pegar os panos.

— O que faremos? — Pergunto com a testa franzida de preocupação.

— Eu vou buscar um pouco de ambrosia. — Minha mãe se levanta da poltrona e limpa as lágrimas, fungando um pouco o nariz. Ela se dirige em direção ao seu quarto e ficamos somente eu e Rebekah. Ela me olha com uma expressão horrível de medo, o que faz com que me coração acelere ainda mais. Sinto um nó na garganta, e volta a chorar silenciosamente, olhando para Mia. Ela é muito jovem para morrer, e todo mundo sabe que febre tão alto assim pode causar a morte. Se alcançar 35 graus vai ser um morte quase certa. Afundo meu rosto em seu pescoço, e sinto como se estivesse queimando meus olhos pelo calor, mas as lágrimas impedem que eles andam. Ouço passos vindos da cozinha e sei que Elijah chegou com as toalhas.