Capítulo 37: Eu estava ferida

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"What marijuana doesn't do, does it"

"What marijuana doesn't do, does it"

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• Mia •


Depois de dormir a tarde toda até que eu me sentia melhorzinha. Levantei-me da cama e fui andar pelo meu quarto para me acostumar a andar mesmo machucada. Queria ir logo pegar gelo e não poderia correr o risco de alguém descobrir. O único que com toda certeza não poderia descobrir é o meu pai. Não queria vê-lo igual quando levei o soco.

Antes de sair coloquei meu colar de verbena, aquele que havia ganhado da minha avó. Foi uma grande burrice tê-lo tirado. Não encontrei ninguém no caminho e pude pegar o gelo sem ser vista. O gelo contra minha pele teve quase que um feito imediato de alívio. Já conseguia andar melhor. Quando tornei a encontrar alguém, por sorte, era apenas Blair. Eu não estava com a mínima vontade de conversar com ela, sentia-me culpada por isso.

— Como foi sua apresentação? — ela pergunta, e nós duas nos sentamos no sofá ali perto.

— Ah, foi boa — digo. — Ganhei nota máxima.

— Se tirou a nota máxima então por que está com essa cara de enterro? — ela pergunta.

Fui tola ao pensar que ela não notaria.

— Só estou cansada — minto.

— Mia cansada? Essa eu nunca vi — ela brinca.

Sorrio de canto.

— Ah, sabe como é né, tenho estudado muito pra escola — brinco.

— Eu imagino — ela ri. — Vou seguir seu exemplo quando começar às aulas.

— Se eu fosse você aproveitaria enquanto ainda não começou — digo. — É uma tortura sem fim. A única parte boa é o intervalo, que sempre passo sozinha ou na biblioteca.

— Sozinha você não fica mais. Agora tem a mim.

— Você não tem noção do quanto isso me deixa feliz — digo sincera.

Ela sorri.

— Mas pensa, antes você não ficava completamente sozinha — um sorriso malicioso surge em seu rosto. — Você tinha o Zach.

Por que todos acham que tenho algo com Zach? Pensar nele fez com que uma lembrança voltasse a minha mente.

— Falando nisso, Blair. Vai ter uma festa na sexta, você poderia ir comigo — convido.

— Tô fora. Você sabe que eu não curto festas.

— Mas eu sei que você curte clichês. E que clichê maior do que uma festa da galera popular pra encontrar o amor da sua vida? — argumento.

— O amor da minha vida está há alguns quilômetros daqui — ela diz.

— Provavelmente seguindo a vida dele. E é isso que você precisa fazer — aconselho.

The Devil's Daughter [Nova Versão]Onde histórias criam vida. Descubra agora