CAPÍTULO 23

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NIALL

Semanas antes...

E lá estava ele, Lucien vanserra. O mesmo escutava minha conversa com Ayra.

Nós já o tinhamos percebido, mas continuamos a conversar sobre a busca da flor para a maldição. Sabia que minha irmã falava abertamente por que sabia que um dia eu iria contar para ele. Ele tinha algo que me instigava.

Ficava mais curioso a respeito dele por que tinha esse ligação em nós dois.

Eu queria saber o que é isso.

Ayra queria saber o que é isso. Ela também tinha essa mesma ligação com Azriel.

Sei que ela conseguiria as respostas mais tarde.

Estava a tanto tempo percebendo a presença do ruivo que não notei minha irmã indo embora. Apenas observei seus cabelos brancos como o meu sumindo no corredor.

Lucien ainda estava no mesmo lugar de antes.

Atravessei para sua frente, olhei em seus olhos desviando minimamente para sua boca.

Duas mechas frontais de seu cabelo vermelho estavam amarradas para trás, seus olhos castanhos avermelhados era igualmente magnífico quanto o dourado encantado.

Observei eles se arregalar quando notou eu em sua frente.

— Olá fogo do Sol. – sussurrei, sei que apenas ele escutou por estarmos sozinhos ali, naquele corredor.

Um som de surpresa saiu de sues lábios.

Céus, eu moveria terras, mares apenas para provar do seu beijo.

Limpando a garganta falou.

— Eu posso te ajudar se quiser. – se ofereceu, franzi meu cenho sem entender onde quer chegar. Foi então que lembrei, ele escutava minha conversa, devia estar falando nisso.

— Como você ajudaria? – perguntei dando um passo a frente, Lucien foi andando para trás a medida do meu movimento. Até que o mesmo chegou na parede, estando encostado.

— Ouvi que você vai para o templo das sacerdotisas na Corte Crepúscular. – falou prontamente, sem receio por eu estar a menos de um palma da sua boca, olhando para ela. – Conheço o lugar posso te ajudar a achar essa flor.

— Então você ouvi pequena raposinha. – falei lentamente.

Como se recobrando a consciência do que estamos fazendo Lucien fala.

— Sim. E não sei o que você está planejando fazer com isso, – apontou para meu peito e o seu. – mas eu tenho uma parceira.

Aquelas palavras doeram, e eu não faço ideia do por quê.

Meus pés me levaram para quatro pessoas de distância do ruivo.

— Tudo bem, eu aceito sua ajuda.

E assim aconteceu, pegamos o caminho para fora da casas de vento. E com o olhar para trás vi Ayra nos olhando da janela.

Corte de Esperanças e Cicatrizes •Hiatos•Onde histórias criam vida. Descubra agora