Karen

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Amanda:

Olhei para a xícara de chá estava fumegante em minhas mãos.
—Eu realmente não entendo como esse mundo é tão grande e tão pequeno ao mesmo tempo!—Betty falou.
—Muito!—bebi um gole do chá destraídamente.
—Posso te fazer uma pergunta sincera, Amanda?—Jacob perguntou.
—Sim!—falei
—Realmente não sentiu nada ao ver o Lucas novamente?—ele questionou.
—Bom, eu fiquei bem surpresa!—falei—Mas ambos seguimos caminhos diferentes, agora somos estranhos.
—Estranhos com memórias!—Betty disse—Jamais serão totalmente estranhos.
—Concordo com a minha ruiva!—Jacob disse.
—Lucas tem namorada, e eu tenho uma filha e um noivo!—falei—Somos apenas estranhos!
—Tudo bem!—Betty disse na defensiva—Paramos por aqui.
—E como ficou a entrega do apartamento no litoral?—Jacob questionou—Eu li os contratos e haviam realmente bastante impecilhos para finalizar.
—Vamos atrasar duas semanas do prazo!—suspirei—Amanhã vou visitar a obra e ver o que eles fizeram de errado para que essa obra atrasasse.
—E como fica o casamento?—Betty questionou.
—Alex concordou em atrasarmos para o início do mês!—falei—Não posso deixar de lado esse projeto.
—Alex é um anjo mesmo heim!—Betty disse sorrindo—E é tão gato.
Jacob a cutucou enciumado.
—Aí!—ela disse.
—Se você gosta tanto de americanos por que  não se casou com um?—ele questionou.
—Porque você me engravidou antes que eu pudesse terminar nosso namoro!—ela disse.
Sorri deles dois. Eles eram sempre assim, viviam discutindo por bobagens e logo em seguida faziam as pazes, eles realmente se amavam.
Quando começaram a fazer faculdade em Stanford eles alugaram um apartamento perto da universidade para não se atrasarem, assim eles começaram a morar juntos.
O problema deles dois é que nos primeiros meses eles se cuidavam mais e se protegiam, e a partir daí Betty decidiu que tomaria injeções para não engravidar.
Ela só tomou uma vez, foi um milagre ela não engravidar no primeiro ano da faculdade, e assim no inicio terceiro ano da faculdade Betty descobriu que estava grávida.
Seus pais, como são tradicionais os obrigou a se casarem e ter a pequena Anna, apenas 2 meses mais velha que a minha Maya, nasceu a cara de Jacob, Betty reclamava que nem queria mais nada com ele se não fosse pela filha, mas a prova de que ela estava mentindo veio 3 anos depois quando eles descobriram que a pequena ruivinha Jenny estava a caminho.
Eles diziam se odiar, mas todos viam que eles eram loucos um pelo outro.

Acordei de minhas lembranças com o celular tocando.
—Xiii!—pedi a eles dois—É a Karen.
~Ligação on ~
—Oi estranha!—saudei ao atender.
—Mandinha!—ela disse—Estava com saudades da sua voz, como está a minha Maya?
—Ela está bem, mas sente saudades da tia louca!—falei—Onde você está agora?
—Coréia do Sul!—ela disse—Esperando meu vôo para a Espanha!
—Quando vai parar de fazer fotos pelo mundo e voltar para casa?—questionei—Estamos todos com saudades, faz dois anos já.
—Um dia eu retorno!—eu a ouvi sorrir do outro lado da linha—Por agora estou vivendo feliz ganhando a vida através das minhas fotos.
—Ok, senhora fotógrafa mundialmente famosa!—sorri—Mas meu casamento é em 3 semanas e meia, não vai comparecer?
—Lógico!—ela sorriu—Acha que eu perderia isso?Eu vou só dar uma passada na Espanha e de lá vou direto para Los Angeles, para ver nossa pequena fadinha fazer 5 aninhos.
—Que bom!—sorri.
—Tenho que ir Amanda!—ela disse—Meu vôo chegou, beijo te amo!
—Também te amo!—falei—Beijo!
~Ligação off ~

Karen:

Era meu último dia na Espanha, após fazer fotos de paisagens e pessoas, eu estava contente com o resultado delas

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Era meu último dia na Espanha, após fazer fotos de paisagens e pessoas, eu estava contente com o resultado delas.
Durante a faculdade eu conheci um cara, saímos por quase um ano, e foi ele quem me apresentou a fotografia.
Ele era um babaca, mas foi ele quem me apresentou a minha paixão, e tudo bem ele ter sido imbecil, eu nem gostava realmente dele mesmo.
No fim, quando decidi parar de vê-lo continuei com o amor pelas lentes, assim, comprei minha câmera e fiz um curso de fotografia durante a faculdade.
Decidi fazer o que eu amava e montei meu Studio em Los Angeles, meus pais de início eram contra, mas depois aceitaram.
Mas algo que nem eles, nem Amanda nem ninguém a minha volta sabia era o motivo de eu desenvolver meu amor pelas fotos ao redor do mundo.
O por que de eu querer viajar ao mundo fotografando e graças a isso me tornar uma fotógrafa mundialmente conhecida.
O motivo era apenas um: "Alex Thompsom".
Pode me achar fura olho, mas eu amava o noivo da minha irmã.
Na verdade, isso não era de quando eles começaram a namorar, fazia muito tempo, muito tempo mesmo, desde muito antes de Amanda e Lucas terminarem, antes deles começarem a namorar.
Desde os meus 15 anos, quando viajávamos as duas famílias para as férias na casa de praia.
Eu sempre o achei lindo, ele estudava na mesma classe que eu, mas nem me notava, e eu não me importava com isso, contanto que pudesse vê-lo sempre, estava de bom tamanho para mim.
O tempo foi passando e eu continuei apaixonada por ele.
E quando estava pronta para dizer a ele como me sentia, descobri que ele era apaixonado pela minha irmã.
Tudo bem, eu não seria correspondida, Amanda engravidou e ele a apoiou em tudo, e eu o admirava muito por isso, por estar ao lado, mesmo quando  ela estava grávida de outro homem, eu me contentava em apenas vê-lo, mas o que aconteceu logo depois disso foi muito mais doloroso.
Amanda e Alex começaram a namorar quando Maya fez dois anos.
Segurei a barra por um ano inteiro, porque ele era bom para ela e para Maya, e elas mereciam ser felizes.
Mas vê-los juntos e felizes me deixava infeliz, e eu precisava pensar em mim também, na minha felicidade, por isso arrumei as malas e viajei para a Tailândia, após fazer fotos incríveis me tornei famosa lá também, depois veio Brasil, México, Chile, Peru, Canadá, China, África do Sul, Namíbia , Índia, Japão, quase todos os outros países do mapa mundial.
Conheci pessoas diferentes, fiz amizades incríveis, e agora estava na hora de voltar para casa.
Eu conseguiria suportar qualquer coisa pela felicidade da minha família.
—Senhores passageiro, por favor apertem os cintos!—a voz do piloto sôou no avião—Estamos aterrissando em solo americano, sejam bem vindos aos Estados Unidos da América!
Sorri de canto.
—A viagem foi tranquila para você?—o piloto me perguntou quando passávamos pelo portão de desembarque.
—Maravilhosamente boa!—sorri para ele—Como poderia não ser, com alguém tão experiente pilotando o avião?
Ele sorriu.
—Foi um prazer ter a bordo alguém tão bonita quanto famosa!—ele disse—Vai ficar muito tempo aqui?
—Um mês!—falei.—Talvez possamos nos ver um dia desses.
—Eu adoraria!—ele sorriu—Alguém virá te buscar?
—Provavelmente!—falei.
—Então, nos vemos!—ele sorriu e se foi.
Procurei na multidão até localizar uma plaquinha com o nome "Karen Parker", sorri.
Mas meu sorriso só durou até ver quem a segurava.
Alex Thompson!
—Que droga Amanda!—falei baixinho.
—Karen!— ele ascenou para mim.
Sorri e fui até ele.
—Amanda não pôde vir!—ele disse sorrindo—Me pediu que viesse, seja bem vinda de volta.
Sorri para ele.
Os anos se passaram e ele ainda fazia meu coração acelerar.

Paixão incontrolavél(incontrolable fond)Onde histórias criam vida. Descubra agora