Reflexões (repostado)

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P.O.V Marinette

- Ai, Tikki, como eu pude fazer tanta besteira..?

- Você tava cheia de responsabilidades e confusões, Marinette. O importante, é que está tentando corrigir dessa vez.

Respiro fundo, pondo tudo no lugar.

- É, tem razão. Foi ótimo resolver tudo com o Catnoir hoje.

- Foi bom abraçar ele também? - Tikki fala, estranhamente sugestiva.

Às vezes essa kwami me surpreendia com certas gracinhas.

- Isso também - sorri, lembrando de tudo - Sinto que tirei cem toneladas de peso das minhas costas. Foi tão bom me abrir com ele, ele é tão compreensivo. - me vem uma onda de admiração por ele que sempre sentia quando via o quanto ele era incrível.

- Acha que está conseguindo se apaixonar por ele de novo? - Tikki pergunta, o que me chateia um pouco.

- Tikki, por favor, eu já disse que não tô querendo pensar nisso. Eu não tô tentando sentir nada por ele, apenas aceitando o que vier.

- Desculpa, acho que tô passando tempo demais com os outros kwamis - ela abaixa a cabeça, dando um sorrisinho.

- Tudo bem, aliás, a maioria deles estão dormindo agora - observamos os kwamis espalhados pelo quarto com seus olhos fechados, enquanto vou lembrando das expressões do gatinho - Você viu como ele estava triste? Me senti péssima por não ter ajudado. - encaro meu cobertor, pensando que provavelmente tudo que ele estava falando era sobre o pai dele.

- Ele não sabe que a Ladybug conhece a identidade dele, você não tinha como se intrometer muito, mas pode fazer isso como Marinette. - ela sorri pra mim - Além disso, só de você ter aliviado o coração dele resolvendo as coisas e sendo uma boa parceira e amiga, já deve ter feito uma grande diferença pra ele!

- Obrigada, Tikki, mas dessa vez, acho que nem a Ladybug conseguiu tirar aquela tristeza.

Tikki ia falar mais alguma coisa, mas ouvimos uma voz lá de baixo.

- Marinette, filha, vem nos ajudar com o jantar!

- Já vou, pai! - corro e desço as escadas, adentrando a cozinha e dando de cara com minha mãe e meu pai se encarando com um olhar de deboche e desafiador, ao mesmo que de cumplicidade.

Também vi duas lasanhas postas no balcão, o que me deixou confusa. Não era uma comida comum do nosso dia a dia e.. Por que duas?

- É-é.. Mãe? Pai? No que exatamente vocês precisam de ajuda? Parece que vocês já fizeram tudo, e bem, até dema-- meu pai interrompe.

- Eu e sua mãe estávamos vendo um programa de receitas, até que uma mulher ensina a fazer um tipo de lasanha diferente.

- Seu pai sugeriu que fizéssemos uma, e eu o relembrei do desastre que aconteceu na última vez que fizemos lasanha.

- Não foi nada demais - ele cruza os braços.

- Meu bem, você errou três vezes a quantidade de tempero e tivemos que ir refazendo. - eu rio.

- Ora, amor, isso foi há muito tempo - ele passa o braço por seu ombro. - Bom, filha, eu sugeri que cada um de nós fizesse a lasanha ensinada no programa, pra ela ver que eu melhorei tanto que poderia fazer uma sozinho.

- E você vai ser nossa provadora - disse minha mãe.

Meu pai me guia pra cadeira, onde à minha frente são servidos um pedaço de cada lasanha.

- Vai, Marinette! Experimenta - meu pai fala, aproximando demais o rosto e me assustando.

- É, mas não se sinta pressionada a nada - minha mãe faz a mesma aproximação.

Percebendo por que te amavaWhere stories live. Discover now