É eu com certeza não morri, isso ou o céu parece muito com um hospital -- penso ao abrir os meus olhos os sentindo doer brevemente com a luz forte em meu rosto.
Querendo entender um pouco as consequências de minha estupidez começo a analisar o ambiente ao meu redor notando que não me encontrava na UTI, por tanto não tive ferimentos muito graves, olhando para meus braços e pernas descartando ossos quebrados, mas a tipóia em me braço direito sugere pelo menos uma fratura, agora se tive consequências mais graves só saberei com o fim da anestesia ou orientação do meu médico.
Notando que não obteria mais respostas por conta própria dirijo minha atenção para a porta esperando que alguém entrasse, minutos se passam sem qualquer movimentação procuro o botão para chamar a enfermeira querendo arrumar algo para me distrair ao inclina-me escuto a porta se abrir vendo um enfermeiro entrando com uma ficha em mãos.
-- Vejo que acordou -- disse ele num tom calmo enquanto se aproximava -- sente algum incomodo.
-- Além do tédio? Não -- respondo me sentando na cama.
-- Muito bem, se incomoda se fizemos um exame pré-liminar para que possamos descartar qualquer possível sequela que possa aparecer por conta do acidente? -- pergunta mantendo um tom austero.
-- Na verdade estava torcendo para ouvir isso -- confesso recebendo um sorriso gentil.
A pequena bateria de exames não demora muito com enfim parte das minhas dúvidas sanadas.
-- Então eu não tive nem uma sequela cerebral -- constato satisfeita.
-- Não, o que devo admitir que fora uma surpresa para todos nós considerando a velocidade que o carro lhe atingira -- disse o enfermeiro demostrando pela primeira vez uma emoção -- só podemos dizer que fora um milagre você sobreviver quase sem nenhuma consequência.
-- Pelo visto eu tenho um anjo da guarda muito bom -- digo sorrindo sem graça enfim me lembrando de algo que já devia ter perguntado -- ah! E como está a outra garota?
-- Não se preocupe a garota só saiu com alguns arranhões -- garantiu ele.
Ainda bem, já pensou eu ter quase morri do por nada? -- Obviamente não falei isso em voz alta me limitando a sorrir.
-- Bom saber.
-- Por falar nisso ela quer te ver -- disse ele -- ela junto com algumas pessoas, inclusive sua família, deixo entrar?
-- Ah, pode me dizer por quanto tempo fiquei desacordada? -- pergunto envergonhada por só me lembrar de perguntar isso agora -- e sim pode deixar eles entrarem, mas um pequeno grupo por vez, por favor.
-- Só foi um dia -- responde ele saindo.
Após sua saída não demorou muito para que uma Lena tímida entrasse no meu quarto acompanhada por Alex que é a primeira a chegar perto de mim, me abraçando com cuidado.
-- Sua doida o que tava pensando pra se jogar na frente de um carro? -- esbraveja ela me dando leves tapas que deram um pouco mais não fiz questão de reclamar.
-- Não deixar uma pessoa ser atropelada? -- questiono olhando brevemente para a outra garota que continuava no mesmo lugar -- olha eu não pensei em nada quando me toquei eu já tinha feito.
-- Nunca mais faça isso -- disse Alex emburrada -- não quero perder a minha irmã.
-- Eu não sou sua irmã, ah... quer saber? Dani-se me chame do que quiser -- digo sem muita paciência -- eu tô a um ano tentando te fazer parar, mas se não conseguir antes não vou conseguir agora.
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Complicações de não ser normal - supercorp
FanfictionKara era uma garota que queria ser tornar um verdadeiro fantasma no seu colégio por desprezar qualquer tipo de atenção sobre si, por isso se mantinha longe de qualquer coisa que a colocasse nessa posição, tentando principalmente ficar longe dos popu...