Michelle Martínez, empresária, mantém um relacionamento liberal com Caterina Lima, uma escritora em ascensão. Acostumadas a dividirem a cama com outras pessoas apenas pelo prazer, não imaginavam que iam acabar se apaixonando pelo jardineiro recém co...
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Michelle
Não sei quanto tempo ficamos parado olhando pelo vidro do Berçário observando a nossa pequena Claire, quando uma enfermeira se aproximou de nós dois.
- Com licença, vocês são a família de Caterina Lima? - Meu coração deu um pulo, minha respiração começou a ficar ofegante.
- Sim, senhora. -Mateo responde. - Como ela está? Ela está bem?
- Prefiro que os senhores me acompanhem, pode ser? - Concordo com a cabeça a seguimos pelos corredores do hospital.
Tinha minha mão entrelaçada com a do Mateo, que fazia carinho por cima para tentar me acalmar um pouco. Paramos na frente de um quarto.
- Ela está aí? Podemos entrar? - Ele dá um passo a frente e ela entra na frente
- Vocês vão poder entrar, mas antes preciso informar algumas coisas, Ok? - Acenamos com a cabeça e ela prossegue. - A senhorita Lima passou por complicações na cesárea. Após o nascimento da bebê, houve uma cirurgia em que os médicos fizeram de tudo para achar o local correto e fazer parar. Mas ela já tinha perdido muito sangue, o que ocasionou a parada cardíaca. Conseguimos estabilizá-la, mas o corpo dela cobrou o preço e acabou entrando em um coma não induzido. - Ela abre a porta do quarto mostrando Caterina deitada na cama, ligadas a vários aparelhos e se não fosse por Mateo eu teria caído de joelhos.
Minhas pernas perderam a força. Meu coração doía, pareciam que estavam espremendo ele como uma laranja. o Ar me faltava, eu via tudo embaçado, mas Mateo me ajudou a entrar no quarto, não conseguia olhar para ele, para nenhum lugar na verdade, apenas para minha linda Caterina deitada naquela cama.
Nada a minha volta parecia ter forma, eu só sabia que agora estava sentada. E sinto as mãos de alguém em meu rosto me forçando a desviar a atenção de Cat e focar no rosto de Mat.
- Meu amor, por favor, olha para mim. - Sua voz parecia dolorosa, seu rosto estava todo vermelhos e lágrimas escorriam por seus olhos sem parar. - Lembra o que eu falei, ela é forte, ela vai voltar para gente. Precisamos ser fortes aqui também, temos a pequena Claire e quando Caterina acordar, vamos ajudá-la em tudo que podemos. Eu estou aqui com você, estamos juntos nessa, ok? Eu te amo, meu anjo, eu te amo muito. O corpo dela só precisa de um tempo para se curar, sim? Respira comigo. - Ele começa a respirar devagar e me fazia repetir o mesmo gesto, e eu realmente me sentia um pouco mais calma.
- Obrigada meu amor. - Minha voz soou fraca, ele se aproxima e me dá um beijo na testa.
- Vou ligar para nossas famílias, vou sair por cinco minutos apenas, pode ficar sem mim esse tempo? - Ele pergunta e eu concordo apenas balançando a cabeça. - Já volto. - E Mat me dá mais um beijo na testa e se afasta saindo do quarto.
Me levanto, mesmo me sentindo fraca e caminho até a cama de Caterina, e seguro sua mão na minha, fazendo carinho na sua palma.
Vê-la desse jeito, cheia de fios ligados a ela, fraca, me doía tanto. Eu nunca a tinha visto assim. Mais lágrimas escorrem dos meus olhos, pareciam não querer parar nunca. Deus, como dói.