40- Emergency Call

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   Um novo dia se inicia, alguns com ressaca da última noite, outros animados demais.
  Com a comemoração de Alice passando, o natal já está próximo, junto a ele o fim do ano. Os adultos ficam malucos tentando resolver os problemas antes do ano encerrar e as crianças ficam felizes pelas férias escolares.
  Alex e Piper terão que tomar alguma decisão antes do natal, mas nem tocam no assunto.
  Chega essa época, Natasha fica elétrica, pensando em decoração e contente por sobreviver mais um ano. O que a ruiva não contava era encontrasse alguém que poderia estragar facilmente a sua data favorita.

– O que vamos fazer no natal esse ano? — Natasha acompanhava Alex pelo estacionamento.

– O de sempre, beber vinho e maratonar a sequência de esqueceram de mim. — entra no elevador.

Uma feição confusa nasce em seu rosto – Achei que passaria com as meninas. Por causa do seu rolo com a Piper e tal. 

– Olha, não pensei muito nisso. Mas a gente conversa, tá? Eu tô com a cabeça cheia de coisa e isso tá me matando.

– Certo! — havia questões, mas não as disse.

  Chegando no andar certo, Lyonne vai para o seu lugar e Alex tenta chegar na sala, mas Piper a interrompe no caminho.

– Tem um colaborador querendo falar com você, devo mandar vir?

– Colaborador? — entra na sala e a loira a acompanha. – Agora pela manhã não, eu tô exausta, Chapman.

– Eu preciso falar com você antes de oficializar uma visita. — seu tom ficou preocupado e seu rosto triste.

– O que foi, querida? — se aproximou com preocupação.

– O nome do cara é Jackson Braunstein.

– Ah sim, empresa Braunstein. Tá mas o por quê de tanto suspense?

– Você sabe o último nome da Natasha?

– Não me diga... — ergueu os óculos pensativa.

– Natasha Bianca Lyonne Braunstein.  Como você não reparou nisso antes? — a indignação da loira despertou Alex.

– Eu ia saber? Eu a conheci como Natasha Lyonne e eu nem verifiquei a documentação dela, até porquê quando a contratei já éramos super amigas.

– Vai contar pra ela?

– Merda, não! Ela nunca o conheceu e se conhecer agora, vai surtar.

– Conta pra ela, vai ser melhor. Vai que ela cria uma relação bacana com o pai dela? Vou agendar a visita pras 15:00h, esteja preparada.

" Mais essa agora, como se não bastasse os outros problemas. Como eu não percebi antes? Já tem anos que tenho contrato com a marketing Braunstein. Como ninguém nunca mencionou nada?!"

  As horas passaram rápidas demais até, Alex estava em reunião com o Sr Braunstein, discutindo novas cláusulas de contrato.

– É sempre ótimo renovar o contrato com você, Alex. Está fazendo um ótimo trabalho aqui na empresa.

– Obrigada, Mrs Jackson. Posso lhe fazer uma pergunta?

– Pois não.

– O Sr tem filhos?

– Bem, sim. Tenho, dois no meu casamento atual. — visivelmente fica tristonho.

– E fora do casamento?

– Tenho, mas não falo com nenhum deles. Meu filho virou um marginal, fiquei sabendo que esta preso, a minha filha ... Eu não a conheço e agora acho que ela nem iria querer me conhecer. 

– Sua filha é uma grande mulher. — o homem olhou assustado. – Ela trabalha comigo. Eu imaginei que teria ligação quando vi os nomes iguais.

– Vo-você conhece a Natasha?

Alex suspira sabendo que a mesma vai a matar depois. – Ela se tornou uma mulher forte, uma batalhadora.

– Onde ela está? Posso vê-la? — os olhos esperançosos dele se acenderam.

– O senhor já a viu, diversas vezes. — o cara olha assustado, tentando entender. E Alex pega o telefone. – Natasha, por favor venha até a minha sala.

Poucos minutos depois, a porta se abre.

– Aproveitei para trazer os relatórios, Vause. — deixa uma pasta de papéis sobre a mesa dela. E o homem fixa nela a fazendo não entender nada. – O que está acontecendo?

– Natasha Bianca Lyonne Braunstein. — Vause falou e Natasha arregalou os olhos, fazia tempo que ninguém falava seu nome. – Esse é o Henrico Jackson Braunstein.

– Não pode ser, esse é o nome que está na minha certidão de nascimento.

– Sou eu, filha. — o homem se levanta e Natasha se afasta com os olhos tristes.

– Não me chama assim, não depois de 40 anos sem me procurar. — olha para Alex. – E você deveria ter me consultado antes de me falar isso.

– Filha, vamos conversar. A sós, vamos tomar um café juntos. Não sabia que era você, eu juro.

– Lógico, como vai saber né. Já que sumiu antes de eu nascer!

– Nath, da uma chance e...

– Alex não interfira, você já complicou bastante o meu lado hoje. E eu não quero ter contato com você, Jackson. Não quero na minha vida alguém que me abandonou sem me conhecer, alguém que me deixou na merda a vida toda. E do fundo do meu coração, eu espero que seus filhos tenham uma vida decente ao contrário do que foi a minha. — a mágoa domava seu rosto e sua voz. – Por que nos deixou? POR QUÊ?!

– Me perdoa, por favor. Eu era muito novo, não podia assumir um...

– Uma responsabilidade de dois filhos, com uma mulher que tinha problemas psicológicos? Ah me poupe!

– O que houve com a Marta?

– Ela morreu! Eu tinha 4 anos... Fomos mandados pra porra de um orfanato, não tínhamos pai, nem família. O Erick entrou no mesmo caminho que a mamãe, drogas e álcool. E você? Sempre rico, bem sucedido. Eu sei exatamente quem você é, Jackson. Sempre soube onde te encontrar, mas eu nunca quis, assim como você não fazia questão. — limpa as lágrimas. – Eu não quero mais falar sobre isso, já superei e não posso voltar a sentir cada dor que eu sentia. E eu sempre me senti culpada por você ter ido embora, sabia? A mamãe falava que a culpa era minha, eu acreditei nisso por muito tempo. Mas agora, eu posso ver que não, que foi a sua falta de caráter... E agora tem dois filhos espalhados no mundo, que não dão a mínima pra você, não espere que agora a gente te de alguma consideração.

A ruiva se retira e passa feito um furacão por todos, entra no elevador e vai para algum andar. O Sr Braunstein se lamenta na sala de Alex, por não ter conseguido o perdão da filha e logo se retira.
Alex por sua vez ficou chateada pela situação, não sabia o que fazer quanto a isso.

– Oi, amor. Foi muito ruim? — Piper abre a porta e caminha devagar até a mesa.

– Péssimo. Onde ela está?

– Acho que foi pra casa. Ela vai precisar de um tempo pra absorver...

– De alguma forma ela sabia quem ele era, eu tenho tantas perguntas... Que droga. Vou ir atrás dela. —se levanta. – Vai pra casa também, te vejo mais tarde. —deixa um beijo em sua testa e sai rapidamente.

Emergency Call Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang