Emergency Call-12

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" Minha cabeça girava, eu estava confusa. Ela estava ouvindo? Ela insinuou que poderíamos voltar? Eu tenho tantas dúvidas."

  Na empresa, Alex chega e logo vai para sua sala. Mas não demora muito para Nath chegar com seu humor negro e cheio deboche.

- E aí, me conta do começo ao fim, toma. - entrega um copo do Starbucks para a morena.
- Interessante, mas não rolou nada.
- Tá de sacanagem? Me devolve os 3,00US$ que gastei com o seu café. - a outra ri.
- Ela disse que não é tão fácil assim, tem questões e motivos que nos impedem de voltar.
- Meu pau que tem questões! Olha, chega nela e fala " você quer ou não filha da puta?"
- Oh Nicky, eu não falo esse palavreado.
- Ah tá bom. Mas me tira uma dúvida, você quer voltar com ela? Ama ela?
- Pior que eu achava que não. - Se joga para trás na cadeira reclinável e gira uma vez. - Mas eu não quero sofrer.
- Bem, você voltando com ela... Você vai virar madrasta, vai ter uma modelo do lado, porque ela é linda pra um caralho... Desvantagem: Você vai correr riscos, mas e se valer a pena? A gente perde de viver muita coisa por medo, Alex. E a Alex que eu conheço, não tem medo de nada. - levanta. - Eu vou voltar para a papelada.

          Ela sai da sala e a deixa pensativa sobre o assunto.

    Alex por um instante fecha os olhos e voa para o passado.

Flashback on:

      - Ora, ora se não é a minha universitária preferida? — Alex, aparece na porta da faculdade de Piper e abaixa o vidro.

- O que você está fazendo aqui? - a loira se inclina na porta do passageiro.

- Vim ver a minha namorada, que não fala comigo tem dois dias.

- Estou tão ocupada esses últimos dias e...

- Hey loirao, fazendo programa num carrão desses?

Recebe um olhar fuzilante de Alex de dentro do carro.

- Vai se foder! - lança o dedo do meio rindo. - Relaxa é brincadeira, eles estudam comigo.

- Hum. Mas bem entra aí, eu te levo pra casa.
- Eu tenho mais uma aula ainda.
- Como sempre você me desvia do assunto de ir até a sua casa.
- Amor, olha. — abre a porta do carro e entra. - Para de bobagem. Eu simplesmente estou ocupada e as aulas estão acabando comigo. - toca o rosto dela.
- Desde que começamos a namorar né. - fecha a cara.

- Realmente vai ficar brava por questões bobas?
- Todos os nossos encontros são na minha casa. Por quê?
- Porquê isso é tão importante pra você?

-Oi, é... Pipes... A aula já vai começar. - uma menina fala na porta do carro e se afasta um pouco esperando a amiga.

- Conversamos outra hora.
- Quando você tiver tempo, quem sabe.- Olha para outra direção. 
- Para com isso. - Vira o rosto dela e a beija. - Eu te amo, para de paranóias. - Sai do carro e vai com a menina.

-Piri di pirinois. — resmunga a última frase Piper e liga o carro.

Flashback interrompido:

 
  - O que foi?
- Ligação sobre contrato da Volks, na linha dois.
- Ok, obrigada.

       A tarde passa tão rápida que ninguém percebe. Todos em sua rotinas normais.
      Alex, estava em seu apartamento deitada assistindo TV mas não prestava atenção na programação, os pensamentos não permitiam.

     Duas semanas depois...

         Tudo estava normal, nenhuma das três se falaram até então.   Alex não tinha tempo, estava bem ocupada com novos contratos e até esqueceu delas por um tempo.

(...)

- E aí cê tá legal?
- Eu estou, por?

     A moça mostra uma foto postada por Piper. Tinha várias pessoas na foto, mas ao seu lado estava o seu ex marido e Alice.

- Família feliz. - Da um sorriso forçado e a outra fica quieta. - Que se foda, por que me mostrou isso?

- Eu achei que tinha visto.

Ela respira fundo e afrouxa a gravata. - Pode voltar ao trabalho, Nicole.

          Ela sai e Alex da um soco na mesa olhando com raiva para lugar nenhum.
        " Por isso que ela está a duas semanas sem falar comigo! Como eu sou idiota de achar que as coisas voltariam a ser como antes."  

    Por volta das 20:00 da noite, Alex sai do trabalho e vai direto para uma balada próxima. Bebe alguns drinks e tenta descontar a raiva em outras bocas do lugar.  Cerca das dez da noite, entra no carro um pouco bêbada.

- Senhora, por favor saia do carro. Você não está em condições de dirigir.
- E você é quem? Meu pai? - liga o carro e ele se afasta. Ao invés de engatar a primeira, engata a ré e quase bate no muro. Mas logo acerta e sai dali cantando pneu.

            Ela escutava música e dirigia em alta velocidade pelas ruas, pensando longe. Ruas completamente vazias.
           De repente, uma pessoa aparece na frente do carro de Alex e ela freia bruscamente, mas o carro não segura e ela acaba derrapando na estrada fazendo-a perder o controle por alguns segundos. Por um triz não causa nenhum acidente, assustada ela desce do carro e vai na direção da pessoa.

- QUE PORRA, VOCÊ ENTROU NA FRENTE DO MEU CARRO? EU PODERIA TER TE MATADO!

- Mas não matou.

- QUE BOM NÉ. - Fala debochada. - Cê tá legal, garota?

- Estou. Só sai rápido da mata e não te vi, desculpa.  - olha para ela. - Qual seu nome?

- Alex e o seu?

- Não importa. Boa noite aí, toma cuidado.  - sai andando.

- Quer carona?

- Você tá bêbada. - abre os braços e ri.

- Pior que estou. - Ri também.

- Bom, eu não tô nem aí. Vamo nessa. - vai na direção do carro dela e Alex dirigia muito mal, mas dirige.

A mulher fala bastante coisa até chegar na sua casa. - Mas e ai, quer subir? Normalmente eu não convido ninguém assim, mas você está mal.

- Eu não deveria, mas aceito. - Tranca o carro e sobem.

- Qual a sua história?

- Não tem uma história.

- Tem sim, ninguém bebe assim por beber. Ah não ser que você seja alcoólatra, o que eu suponho que não. - pega água com gás na geladeira e entrega para ela.

- É confuso demais para explicar. - toma a água fazendo careta. 

- Espero que resolva essas confusões. 

- Qual é o seu nome estranha?

- Não é necessário falar. - cruza os braços e se encosta no armário, olhando a morena de cima a baixo.

Alex solta um sorriso de lado e vai na direção dela. - Seria bom se falasse. Eu gosto de saber o nome das pessoas que eu transo.

- Ah gente não transou. - ela sorri.
- Ainda.
- Então depois eu conto. — a beija.

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