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Antes de Potter ir para o hotel perto da estrada, parou em um pequeno mercado e comprou leite para Scorpius já que o mesmo parecia estar com fome e sentia que ele começaria a chorar a qualquer instante querendo dormir.

Uma vez com o leite comprado, partiu para o hotel. Ao chegar, pediu um quarto para passar, no máximo, duas noites incluindo as refeições do dia. O garoto então pagou antecipado e logo recebeu a chave. O quarto não era muito grande, contudo, era muito confortante. Com uma cama grande e com lençóis branco, as paredes eram brancas, juntamente à cama. A janela ligava a uma pequena varanda.

Agradeceu por ter comprado leite já pronto e pediu gentilmente para o pessoal da cozinha local se poderia esquentar o leite para dar ao seu filho que já estava faminto e chorando em seu colo. Cederam. E enquanto esquentava o leite de Scorpius, Potter tentava fazê-lo não chorar, não querendo incomodar as pessoas que estavam nos quartos vizinhos.

Já eram onze da noite, quase meia-noite e Potter entendia perfeitamente seu filho chorar. Fome e sono. Contudo, o quarto estava aquecido, tinha uma televisão embutida na parede e uma poltrona no canto, na qual agora se encontrava a bolsa de Scorpius.

Com a mamadeira em mão, Potter começou alimentar seu filho na cama. Arrumou colocando travesseiros em volta para o mesmo não cair e não correr o risco para tal situação. Scorpius mamava olhando-o, se sentindo distraído, e Harry sentia-se aliviado pelo pequeno não estar entendendo nada o que estava acontecendo, estando totalmente inocente e puro.

Por mais que o pequeno garoto fosse filho de Malfoy, não importava, Harry o amava mais que si mesmo e temia que algo acontecesse com ele. Prometendo para si mesmo que ninguém faria mal para o pequeno, e se fosse possível, enfrentaria qualquer fúria, tanto de Lily, de James e, até mesmo, de Cedric.

Querendo ou não, Scorpius foi sua liberdade. Foi seu motivo para dar um passo à frente e fazer suas próprias escolhas e, entre elas, Draco Malfoy estava vinculado.

E ao averiguar que Scorpius estava dormindo e aquecido corretamente, Harry não conseguia dormir. Sentado na poltrona, passou a observar o pequeno garoto dormir na cama, parecendo sereno e calmo, com seu pequeno peito subindo e descendo calmamente.

Potter ainda se sentia preocupado, calculando tudo que iria fazer ao ver o sol nascer.

Naquela madrugada, aproveitou para tomar um banho e relaxar seu corpo. Sentia-se um pouco de fome, contudo, esperaria amanhecer para tomar um café da manhã e partir, não desejando ficar mais uma noite ali sem tomar uma atitude de partir.

Sua mente parecia ainda assim direcionar ao Draco. As palavras da moça da recepção ainda estavam grudadas em cada célula de sua consciência.

O homem tinha partido. Deixando-o.

Não entendia o motivo da ida repentina, pois, se o mesmo estivesse ter que ir para resolver algo na empresa de Londres, indubitavelmente iria avisá-lo no sábado à noite, quando estava a sós. Cogitou que poderia ter sido algo de última hora. Malfoy era um homem integralmente ocupado, sendo claro que sua vida era vinculada às empresas da família Malfoy, sendo notório que o homem tinha maiores responsabilidades desde a aposentadoria de seu pai para qualquer negócio, passando tudo para Draco.

A madrugada passou e Harry conseguiu apenas dormir por duas horas, mas acabou acordando assustado ao ver que acabou dormindo. Seu olhar caiu direto em Scorpius, certificando que o mesmo estava bem.

Olhou para o relógio vendo que era quase seis da manhã e se perguntou se Scorpius iria dormir por mais tempo ou iria logo acordar.

Tratou em levantar e preparar a roupa do pequeno para assim que o mesmo acordasse, iria banhá-lo. Às sete da manhã seria entregue o café da manhã. Potter tomou outro banho, fazendo sua higienização ao ver que continha uma escova nova e uma pasta de dente. Lavou seu cabelo sem pressa. Ao finalizar, colocou sua última peça limpa de roupa no corpo.

Blue Room | DrarryOnde as histórias ganham vida. Descobre agora