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Elizabeth pov:

Respiro fundo com a mão na maçaneta, dou um impulso para frente junto com o meu corpo abrindo a porta lentamente, não consigo olhar diretamente para ela, mantenho meus olhos no chão tentando buscar coragem para conseguir encará-la, antes de levantar o olhar para S/n, me aproximo mais de sua cama, até que paro de andar quando enxergo sua mão tremendo, subo meu olhar enfim olhando para seu rosto, com a outra mão ela passa em seu rosto enxugando as lágrimas que caiam, sua cabeça estava enfaixada até o pescoço, ela não se mexeu, principalmente não demonstrou nenhuma reação, parecia estar perdida em seus próprios pensamentos, acho que ela não percebeu minha presença, coloco minha mão em cima da dela e sinto uma energia invadir meu corpo, sua mão estava gelada e trêmula, parecia estar tão distante, como se eu não estivesse ali, sinto as lágrimas invadir meus olhos, na esperança dela quebrar o silêncio entre nós duas ou apenas olhar em meu rosto, meu coração se quebrou como nunca.

Lizzie: Querida - Falo baixinho na esperança de que ela não leve um susto ou cause uma grande emoção, não entendo nada de doenças ou pós-cirurgia, mas estava pesquisando antes de chegar minha vez de vê-la, aperto sua mão tentando passar minha confiança, só assim ela me olha

S/n: Elizabeth? - ela tira a mão da minha me fazendo recuar e olhar confusa para a mesma

Lizzie: Como você está? - falo mas ela não diz absolutamente nada - Quer alguma coisa? Você pode me pedir o que você quiser - concluo, ela a única pessoa que faria qualquer coisa que pedisse sem cobrar nada, sem pedir nada em trocar

S/n: Qualquer coisa? - nossos olhos estão em contato um com outro, suas bochechas tem uma leve coloração avermelhada

Lizzie: Qualquer coisa - me aproximo devagar da cama para ficar mais perto

S/n: Quero que você suma da minha vida - seus olhos estão lutando para não deixar as lágrimas caírem mas os meus desistiram de lutar

Lizzie: Você só pode estar de brincadeira - toco em sua mão e ela novamente tira , ela fecha com toda a força que ainda lhe resta e me olha

S/n: Isso parece uma brincadeira para você Elizabeth? - aponta para cabeça onde tinha pontos que ficavam á mostra

Lizzie: S/n... - tento me desculpar mas ela me interrompe

S/n: Só não apareça mais na minha frente - lágrimas escorriam agora de seus olhos, eu não quero deixá-la, não com aquele monstro, já estava me virando para sair mas algo estava me prendendo

Lizzie: Foi o Sebastian, não foi? - ao contrário do que esperava, ela me olhou e seu olhar mostrava medo, nós duas estávamos com medo, estamos conectada com esse sentimento mas sua resposta foi totalmente diferente do seu sentimento

S/n: Apenas desapareça da minha vida, terei que morrer para você perceber que não é boa para mim? - ela falou alterada apertando suas próprias mãos , ouvir isso dela fez algo dentro de mim morrer

Lizzie: Eu- eu - respiro fundo mas não limpo minhas lágrimas, não estou com vergonha de exibi-las - sinto muito - falo entre os soluços

ela é a única pessoa que eu faria qualquer coisa que pedisse sem pensar duas vezes, não deveria pensar assim ou sentir o que eu estou sentindo por ela, estou lutando contra meu próprio legado, nunca deixei alguém me humilhar, mas ela tem esse poder sobre mim, eu poderia acabar com tudo agora, aproveitar que ela está invulnerável e fraca demais para pedir ajuda, mas não, não consigo, estou sendo mais fraca do que ela, ao contrário disso quero estar com ela mesmo me mandando ir embora, uma parte de mim quer abraçar e fazer várias promessas de que tudo vai ficar bem, que posso manter ela segura, que vou cuidar dela e a outra parte... Quer ir embora, esquecer tudo o que sinto e pagar um preço caro por isso, mas não posso matar a única pessoa que despertou o amor em mim, nunca achei que fosse tão intenso amar alguém, S/n me provou que eu estava errada, estive errada minha vida toda, até que encontrei a solução dos meus erros, mas ela estava ali na minha frente me mandando desaparecer de sua vida.

S/n: Isso não vai mudar as coisas- seus olhos estavam vermelhos - a culpa foi sua- sinto uma pontada no meu coração - você quer destruir minha vida? foda-se Elizabeth- ela esbraveja - por que é tão difícil para você entender que eu não quero mais te ver na minha frente? - ela coloca as duas mãos no rosto, tampando o mesmo

Lizzie: Porque eu amo você - sussurro o suficiente para ela ouvir no mesmo instante ela para de soluçar mas não fala nada, então me viro e caminho até a porta, quando encosto a mão na maçaneta da porta sinto que estou morrendo, me viro para olhar lá pela última vez

Lizzie: Eu não vou te machucar mais - abro a porta o mais lento que consigo na esperança dela me chamar ou falar algo, mas quando noto que isso não vai acontecer eu me apresso e saio do quarto fechando a porta porta o mais rápido que consigo, me escorro chorando pelo lado de fora do quarto e deixando meu amor no lado de dentro, separadas por uma porta que parecia estar a milhões de distância, uma vez fechada não conseguiria ser aberta novamente, ela se fechou para sempre...

Sebastian: Ora, Ora - escuto a voz que mais me causa repulsa

Lizzie: O que você fez com ela? - falo tentando segurar minha raiva

Sebastian: Eu- aponta pra ele mesmo e abre um sorriso - não fiz nada - se aproxima de mim - Foi você quem fez tudo isso - quando ele termina de falar transfiro um tapa em seu rosto deixando a marca da minha mão na sua bochecha esquerda, ele coloca a mão onde ficou a marca e ri

Lizzie: Se você acha que vou deixar assim, está muito enganado - falo fechando os punhos e saio de lá, caminho pelo o corredor do hospital

Sebastian: EU SEI QUEM VOCÊ É - grita logo atrás de mim me fazendo parar de andar, me viro para encara-lo, ele estava no mesmo lugar com um sorriso no rosto suas mãos estão no bolso da calça jeans escura, sua jaqueta estava um pouco suja

Lizzie: Eu posso ser muitas coisas - falo e me viro de costas - e nenhuma delas vai ter pena de você - começo a andar pelos corredores

Procurando por Carina e Maya mas acho que elas foram pra casa, assim que entro do meu carro bato no volante com toda a minha força e grito até sentir meus pulmão não aguentarem mais, passa uma senhora de meia idade me olhando mas ela apenas observa e entra dentro do hospital, ligo o carro e dirijo sem rumo

O Preço Do AmorDonde viven las historias. Descúbrelo ahora