Ciclo do Lobisomem. 《Concluído》

Capítulo 44. Depoimentos.

     O agente White fez uma grande investigação nos nomes William e Smith e descobriu, um pouco mais profundo, sobre a então guerra de anos por terras entre as duas famílias, o que corroborou mais ainda com o que John disse ao chefe Thompson no bar: Os Smiths sempre fizeram de tudo para destruir minha família e agora está usando da criatura para tal.

Está elevado o acúmulo de desgostos, amarguras e tristeza dentro de Suzy e isso tem a afetado ferrenhamente seu psicológico, o que, de certa forma a ajudou em seu depoimento.

Thompson, John e o advogado Davis testemunharam uma mulher extremamente emocionada quando relatou sobre como essa briga de família está atingindo sua vida particular ao extremo. A consciência de John fora atingida profundamente ao assistir às tantas tristezas que Suzy "vomitou" naquela sala. Ele não assistiu a um depoimento direcionado à polícia e sim para si. Sua empatia está sendo massacrada com tantos ditos que ele não imaginava que se passasse pela cabeça de sua jovem filha.
Um dos ditos que mais atingiram ao pai, foi quando ela afirmou que ele poderia ter sido mais coeso na busca pelo paradeiro de sua mãe e que sente muito a falta da irmã em seu dia à dia, ela se sente cansada e exausta, mas que nunca irá desistir de procurá-la.
A veracidade daquele choro o esmoreceu por dentro ao ponto desejar, como nunca antes, reverter essa situação de uma vez por todas.

...

Longe dali, noutro canto do estado, Jonathan recebeu os agentes da polícia em sua residência.

A ligação de John lhe fez repensar suas estratégias, então resolveu deixar a poeira baixar e com isso redirecionar seus planos.

- Sim, o depoimento foi pacífico - afirmou o agente White aos tantos investigadores da imprensa plantados na entrada do sítio Smiths, como se seguranças fossem. - O senhor Smith disse que o quê ele falou na entrevista ao jornal fora aquilo que ele ouviu dizerem, e que não representa uma prova cabal de nada.

Sendo assim, os dois depoimentos não passaram de protocolares. Jonathan não pode provar nada do que disse ao telejornal, dando um protagonismo à vítima Anthony, o funcionário que já havia relatado o que acorrera na noite do ataque da morte de seu amigo; e Suzy deu seu álibi favorável ao chefe dizendo que estava na casa de seus avós na noite da carnificina de frente ao bar.

O chefe decidiu deixar os depoimentos em sigilo enquanto repórteres passaram a atalaiar as residências das duas famílias.

...

- Quem me perguntar, eu digo que você está na casa de uma amiga enquanto está esse alvoroço na porteira do sítio - disse John a Suzy ao se aproximarem da clareira onde deixará sua filha para voltar à casa da colina.

- Ainda bem que não está havendo aula. Não suportaria tantas...

Os olhos de Suzy viram algo que a fez calar de imediato: o carro de Harry está estacionado na clareira-estacionamento.

- O que fazes aqui, rapaz? - Perguntou John ao estacionar rente ao veículo-surpresa.

- Eu sabia que o senhor a traria de volta para cá, então eu vim dar um "hello".

Suzu notoy na mão de Harry enfaixada com gazes onde há várias voltas dadas com o tecido, no qual tapa a palma e as costas de sua mão esquerda.

- Machucou a mão? - indagou Suzy aproximando-se para dar-lhe um abraço.

- Cortei hoje mais cedo ajudando meu avô no jardim - explicou Harry meio sem jeito - sabe como os velhos acordam sempre cedo para fazer alguma coisa que ninguém nunca pensa em fazer! - deixou um riso pálido lhe escapar.

- Me deixa ver isso! -Preocupou-se Suzy.

- Não foi nada, não. Minha avó passou remédio e disse que é para deixar fechado pra fazer efeito.