Dayane Pov
- Você nunca respondeu minha pergunta sobre as portas. - Lembrei Caroline enquanto bebíamos em um lugar qualquer comemorando o cinco de Maio.
- Claro, isso não é da sua conta.
- Qual é. Me diz. - Pedi. - Tinham acessórios envolvidos? Fantasias? Mais uma pessoa?
- Pelo amor de Deus, só pare. - Ela riu. - Só porque você não tem uma vida sexual própria não significa que pode bisbilhotar a minha. - Ela deu um gole em sua margarita.
- Eu tenho uma vida sexual. - Me defendi.
- Sério? Qual foi a última vez que você transou?
- Qual foi a sua última vez? - Perguntei.
Caroline ficou em silencio por uns segundos calculando.
- Quinta feira. - Deu de ombros.
- Quê? Numa quinta-feira? - Ri. - Com quem?
- Com uma garçonete do St. Patrick's.
- Conheceu uma garçonete naquele dia?
- Sim. - Ela me encarou confusa.
- Mas a gente tava juntas nesse dia.
- Ela meio que entrou no meu Uber. - Caroline deu de ombros.
Antes que eu desse continuidade alguém gritou "Beba!" e então nós viramos a pequena dose de bebida em nossa frente. A partir dali não paramos mais de beber, acho que não houve um dia em minha vida que bebi tanto.
- O que houve com a primeira regra dos ferigatos de não julgar? - Questionei Caroline enquanto saímos da cabine de fotos instantâneas.
- Você tá certa, se você não transa eu não tenho nada ver com isso. - Ela goleou sua cerveja. - Eu só me sinto mal por você. - A encarei incrédula. Que ruivinha metida.
- Eu sei o que você está tentando fazer. - Apontei.
- O que?
- Está tentando me assustar para a gente acabar transando. - Afirmei.
- Não quero transar com você. - Ela declarou.
- Ah, claro. Como eu esqueci né? Você nem me acha atraente assim. - Fui irônica.
- Não foi isso que eu te disse. - Ela se defendeu.
- Tanto faz. - Cerrei os olhos para ela. - Você que perde. - Dei de ombros.
- Claro. - Ela se voltou para sua cerveja.
- Sério, eu sou fantástica na cama.
- Sim, claro, você amadureceu cedo e se masturbava com 12 anos. - Ela lembrou. - Blá, blá, blá.
- Não significa que eu era uma vagabunda. - Me irritei tirando o chápeuzinho de festa, que ficou preso em meu brinco somente me estressando mais. - Mas algumas pessoas são naturalmente talentosas. - Joguei o chápeuzinho no chão. - Eu sou uma dessas pessoas.
- Acho que nunca saberemos. - Ela me encarou nos olhos com um pequeno sorriso.
- Acho que não. - Devolvi.
Mais uma vez gritaram "beba!" e lá fomos nós duas virando mais uma dose, eu nem sabia mais o que era, apenas que queimava. Não me lembro de quantas doses Caroline e eu viramos aquela noite, apenas que foram muitas e a cada dose que se passava a música parecia mais alta e as coisas rodavam com mais velocidade. Mas isso não nos impediu, bebemos e dançamos a noite toda até o ponto em que tudo se tornou um mar de escuridão.
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Holidate - DAYROL
FanfictionDayane e Caroline odeiam os feriados, mas quando essas duas estranhas se encontram num Natal ruim, ambas fazem um pacto de serem suas "ferigatas" durante qualquer ocasião festiva durante o ano. Adaptação do filme Holidate by John Whitesell.