A Viúva

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Nunca souberam exatamente o que passou naquele terrível dia, mas o que se sabe é que uma jovem ficou viúva e sozinha no mundo, Cristina caiu em uma profunda depressão e sozinha não conseguia se reerguer pra seguir adiante no seu caminho.
Decidiu sair da fazenda, se afastar por uns meses, mas o tempo passou e ela só voltou anos depois e com uma nova aliança no dedo, estava casada e tinha uma nova vida a dois há pouco mais de dez anos. Porém sua volta não seria fácil, se readaptar a fazenda iria lhe custar trabalho e tempo, por isso contava com Bento, seu empregado mais antigo e de confiança.

Cristina - Não pensei em voltar a fazenda tanto tempo depois, até parece que os anos aqui não passaram _ suspirou lembrando do passado _ Bento tenho que me atualizar.

Bento - Podia ajudar, mas o único que pode te dizer tudo que aconteceu desde que saiu dessas terras é Frederico, o rapaz é quem manda e desmanda por aqui e tem o respeito de todos.

Cristina - Frederico? _ sorriu desgostosa _ aquele lá tá com os dias contados aqui.

Bento - Bom ele pode ter ficado meio chato com a idade, mas é trabalhador, confia em mim patroa!

Cristina - Não é essa a questão Bento, a verdade é que Frederico ficou sem vergonha e não quero esse tipo de gente na minha casa entendeu?

Bento - Olhe dona Cristina, eu até entendo, o pai de Fred era o maior garanhão da cidade e foi embora deixando muito coração partido, o menino não faz por mau é só que tá no sangue dele entende?

Cristina - Mesmo assim, não quero ele por perto, tenho um marido e o respeito acima de tudo.

Bento - Eu juro que o garoto não vai dá trabalho pra ninguém dona Cristina, eu mesmo vou vigiar de perto e aconselhar ele.

Cristina - Diga aquele moleque que quero ele longe de mim e das minhas empregadas entendeu Bento?

Bento - Sim senhora, o que mandar eu faço sem questionar, sempre foi assim e assim será pra sempre _ se mostrou obediente como sempre.

Cristina - Bom, agora vou lhe explicar outras coisas que vou mudar até a chegada do meu esposo, então repasse aos outros assim que terminamos ok? _ pensou no bem estar do esposo ante aquela mudança.

Bento - Sim senhora patroa.

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Mais distante deles Frederico estava trabalhando na inspeção da plantação dos girassóis da patroa, mas fazia isso pra ganhar pontos com a mulher e ter mais contato com Cristina, que apesar do seu toque de megera, era uma mulher encantadora e linda da cabeça aos pés, sem defeito algum.

Frederico - Planta bem esses girassóis que a patroa é exigente entendeu? _ ordenou preocupado com a qualidade.

X - Sim senhor _ acenou positivamente pra ele e continuou fazendo seu trabalho.

Frederico - Temos que correr antes que a dona Cristina apareça tá entendendo? _ ele desceu do cavalo e foi atrás do saco de estrume.

X - Estou indo mais rápido seu Frederico, não sabia que era pra fazer escondido da dona Cristina, isso não vai dá problema né? _ foi colocando a semente agora com a ajuda de Frederico.

Frederico - Problema pra mim talvez, mas pra você não José Maria _ olhou o relógio e subiu a cabeça olhando ao redor _ eu sei como me virar, não se preocupe.

José - Olha você sabia que a patroa é casada? _ foi pro outro canteiro preparar a terra.

Frederico - Como casada? Mas quem te disse isso? _ foi andando pro seu cavalo _ isso só pode ser fofoca.

José - Não é... Ouvi ela falando no marido, um tal Diego Fernández que é dono de metade da vila operária, tem a indústria de laticínio que ele é sócio junto com a patroa.

Frederico - Ele não é nada besta, conseguiu casar com a dona Cristina que é cheia da grana e viúva _ falou com uma pontinha de ciúmes.

José - Se não te conhecesse iria dizer que tem ciúmes da patroa com o marido _ riu da cara dele.

Frederico - Ciúmes eu? _ pegou ele pelo colarinho e sacudiu seu corpo esguio sem medir sua força e deixou o garoto assustado _ ela é bonita, não nego, mas eu posso ter qualquer mulher do mundo, pra que vou atrás de uma casada?

José - Eu to brincando Fred, te juro que não foi por mau _ olhou prós lados e tremeu de medo _ olhe não quis falar aquilo!

Frederico - Então cala essa boca e esquece o que aconteceu me entendeu? _ jogou ele no chão sem pena e deu um sorriso malvado gostando do que fez.

Pra castigar o rapaz fez ele acabar o serviço sozinho sem a sua ajuda num sol escaldante, ficou montado em seu cavalo supervisionando como um carrasco e quando acabou tudo o sol já estava se pondo e liberou José com todo serviço finalizado. Pegou seu cavalo e foi guardar no estábulo, quando passou pela casa grande viu que Cristina estava sozinha e foi se aproximando devagar sem fazer barulho.

Frederico - Não sabia que a patroa gostava de tomar um ar puro de noite _ se agachou ao seu lado.

Cristina - Quer me matar seu moleque? _ colocou a mão no coração e fez cara feia _ o que faz aqui a essa hora?

Frederico - Passei pra da um oi pra patroa, não gostou? _ disse sínico.

Cristina - Um oi? _ riu com deboche _ tá achando que sou idiota?

Frederico - Não dona Cristina, mas desconfiada com certeza _ pegou a mão dela e beijou assim como gostava _ me deixe ser sua companhia.

Cristina - Não preciso de ninguém pra me acompanhar entendeu? _ ia levantar mas ele segurou sua mão e a puxou pra baixo.

Frederico - Quando eu falo as mulheres escutam _ com mais força acariciou sua mão e fez ela tocar seu bigode _ tem um homem na sua frente, não sou mais um pirralho.

Era nítido pra ela que Frederico tinha crescido além da conta, seus braços e pernas ficaram bem maiores e musculosas, ele tinha um tanquinho e peitoral de dar inveja, além de ter aquele bigode e cavanhaque que ficavam ainda mais sexy com seu sorriso sem vergonha e aquela voz grossa e apaixonante que fez ela tremer na base quando se exaltou naquele momento.

Frederico - Então patroa, gosta do que vê e principalmente do que sente? _ ele fez as pontas dos dedos dela passar em seus lábios, pescoço e desceu pro seu peitoral num jogo primário de sedução.

La Patrona ✅Where stories live. Discover now