10. Perseguição

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***

Graças a Deus o combustível deu para chegar até o posto mais próximo.

Se eu simplesmente voltasse para casa assim que saísse da casa de Cleo, no dia seguinte, provavelmente, eu ficaria no prego. Então, resolvi logo um futuro problema.

Jake adormeceu, está todo encolhido no banco. Tão vulnerável.

Ele e Phil discutiram um pouco, mas nada muito além de uma troca de xingamentos.

Agora estamos na estrada para irmos para casa. Não sei dizer, mas algo não está certo.

Eu poderia jurar que meu tanque estava cheio quando saí de casa para ir até a casa de Cleo. Simplesmente não faz sentido.

Phil percebeu minha expressão pensativa e chamau minha atenção.

– S/n?

– Hm. —disse em resposta, ainda distante.

– Está distante, em que está pensando?

– É que... —hesito— É que não faz sentido, Phil. —dei de ombros— Eu poderia jurar que o tanque de gasolina estava cheio quando saí de casa.

– Você acha que sabotaram algum cano? —ele franziu a testa.

– Não sei... —mantenho o olhar na estrada.

Observo a estrada logo atrás pelo parabrisa. Há um carro andando bem devagar logo atrás de nós, mas o motorista acelerou.

Quando chegou perto o suficiente, o passageiro sacau uma metralhadora e atirou sem parar em direção ao meu carro.

Jake acordou em um pulo e agarrou no meu banco e no de Phil.

– SE ABAIXEM! —gritei. Assim os dois fizeram.

Peguei minha arma, no porta-luvas do carro, e a carreguei, ainda dirigindo.

Peso o pé no acelerador. Quando estamos a alguns metros distantes do outro carro, pedi para que Phil assumisse o volante e continuasse em alta velocidade.

Passei para o lado do passageiro, abaixei a janela e tentei encontrar uma boa posição para atirar.

O carro se aproximou. É minha chance.

– Phil, vá para a contra mão! —mandei. Assim Phil fez. 

Agora sim tenho uma boa posição.

Coloquei a cabeça para fora da janela para tentar dar um tiro certeiro no penel do outro carro.

Realizei o disparo mas fracassei. Então atirei em direção do painel. O passageiro voltou a atirar.

Volto para dentro do carro com uma dor irritante em meu braço esquerdo. Há sangue se espalhando sobre minha camisa.

Merda!

Retornei para minha posição e atirei de volta. O tiro parece acertar o painel, posso ouvir os estilhaços. O motorista diminuiu a velocidade. Voltei para dentro e pedi para Phil voltar pra mão certa e não parar de acelerar.

Ignorei o fato de ter sido atingida de raspão. Posso fazer um curativo quando chegar em casa. Tantei não reclamar muito de dor pra não alarmar Phil e Jake.

Os dois não se feriram. Meu carro é blindado, então as balas não atravessaram. Por sorte.

Amenizei a respiração.

– Por Deus, S/n! Você foi baleada! —Phil falou ao olhar para mim e ver sangue manchando minha camisa.

– Foi de raspão, não precisa se preocupar. —fiz uma careta. Dói.

Meios Para Um Fim - Duskwood Where stories live. Discover now