Só Entre Nós

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1979

Semanas depois do nascimento de Helena, em um final de semana em que, estranhamente, Moody pareceu estar de bom humor e deixar que todos descansassem, todos da Ordem estavam reunidos na nova casa de Jacob e Lucy. Pelo menos, todos os mais novos.

– Esses bolinhos estão deliciosos! – Jacob elogiou, mastigando o lanche que os Bones haviam levado, em uma enorme cesta.

– São a especialidade do Edgar! – Angela comentou, apoiando uma mão no joelho do marido. – Ele insiste em fazer, sempre que precisamos de algo para servir...

– Oras, é claro! Por que tentaria outra receita, se essa funciona perfeitamente bem? – Ele brincou, dando de ombros, e todos deram risada, exceto por Lucy, que tinha o rosto contorcido, e tampava o nariz.

– Lucy? – Remus, sentado de frente para ela, perguntou, franzindo o cenho; não era difícil notar que havia algo de errado, pois, se Lucy não estivesse rindo e participando da conversa, ela, claramente, não estava bem.

– Cacete, você está pálida! – Georgia arregalou os olhos, e todos se calaram, virando na direção da ruiva. – Eu vou pegar um copo d'água para você...

– O que você tem, Luce? – Remus se sentou no sofá, ao lado dela, apoiando uma mão nas costas da amiga.

– É o cheiro de atum... está me matando... – Murmurou, engolindo em seco. – Mil perdões, Edgar, eu tenho certeza de que estão deliciosos, mas, ás vezes, parece que os enjôos nunca vão passar... – Passou uma mão na barriga, onde Helena costumava estar.

– Sem problemas! Deve ser normal, já que faz tanto pouco tempo... – Balançou as mãos, dispensando as desculpas dela, tentando quebrar o gelo.

– Nós mesmos estamos tentando... – Angela comentou, enquanto Georgia voltava, apressada, da cozinha, e entregava um enorme copo de água para Lucy. – Tem apenas algumas semanas, mas esperamos que tenhamos algum sinal logo!

– Imaginem que maneiro seria! Todos os nossos filhos estudando na mesma época! – James exclamou, sorrindo fraco.

– Uma mini versão da Ordem da Fênix! – Frank brincou, e Alice apoiou a cabeça no ombro dele, sorrindo. – Mas, sem a parte das missões perigosas, eu espero...

– E quanto a nós, que não podemos ter filhos, hein? – Georgia arqueou uma sobrancelha e se sentou de volta no sofá, apontando para ela e Mary, para Dorcas e Marlene, e para Sirius e Remus.

– Nós adotamos gatos e mandamos eles para Hogwarts com os filhos dos outros! – Dorcas sugeriu, e eles balançaram a cabeça, em concordância.

– Não sei sobre gatos, não... eles não costumam ir muito com a minha cara... – Sirius fez careta, se encostando no ombro de Remus, que riu pelo nariz. – Uma coruja serve?

– Ou um sapo! – Remus acrescentou, recebendo um som enojado vindo de Sirius. – Quais são seus problemas com sapos, Black?

– Quatro! – Exclamou, erguendo quatro dedos. – Pe-ga-jo-sos! Nem pensar... – Numerou, abaixando um dedo de cada vez.

– E você, Pete? – James cutucou o amigo com o cotovelo. – Aquela garota do vilarejo estava quase se jogando em cima de você!

𝐀 𝐓𝐑𝐀𝐆É𝐃𝐈𝐀 𝐃𝐎𝐒 𝐁𝐋𝐘𝐓𝐇𝐄Where stories live. Discover now