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O que está acontecendo?
Por que não sinto nada?
MINHA CABEÇA DÓI HORRORES!!!
Quando percebo, estou no meio do nada, em minha volta vejo apenas árvores de pinheiro e grama para todo lado, não consigo entender como fui parar ali, mas então busco na minha mente onde estava antes de acabar nesse lugar e... Não me lembro. Então começam a surgir flashes de memória na minha mente.
~Você deve salvá-la. - Uma voz feminina manda - Não se esqueça das principais regras para estar aqui: Nunca entre em contato com quem está ajudando e não interfira diretamente na vida dessa pessoa.
~Mas como vou saber quem tenho que ajudar? - Pergunto, mesmo sem entender o básico.
~Garoto, não se preocupe com esses detalhes - Detalhes? Isso não é algo importante? - Só precisa saber que você tem apenas seis meses, depois disso você irá...
Não consigo terminar de ouvir a voz, antes que apareça um clarão com algumas poeiras azuis e roxas na minha volta e eu comece a sentir muita dor de cabeça e tontura. Quando olho ao meu redor, estou no meio do nada novamente, mas agora percebo, quase no final do meu campo de visão, uma casa logo depois das árvores e, apesar do medo, sinto meus sentimentos me mandando ir até lá, como uma necessidade, como se fosse morrer se não passasse por aquela porta de madeira e vidro.
Fui andando até aquela casa que me chama, mas não sei se devo simplesmente entrar ou bater e esperar alguém atender... Acho melhor bater, assim não vai parecer tão estranho.
*Toc Toc
-JÁ VAI!!! - Uma voz feminina grita, e faz os pelos da minha bochecha se arrepiarem.
*Barulho de passos se aproximando
-Quem é? - Pergunta ela antes de abrir a porta.
-Eu não sei. - Realmente, não faço ideia de qual seja meu nome. - Acho que Dylan. - Digo por impulso, como se eu fizesse isso todo dia.
-MÂE TEM UM TAL DE DYLAN NA PORTA! - Alguém lá dentro responde algo, mas não compreendo.
-O que você quer?
-Na verdade, não sei, mas preciso de ajuda, não me sinto bem.
*Canto da porta se abrindo
-AI MEU DEUS!!! - Ela grita fechando a porta bem forte - Por que está sem ROUPA?
Só agora eu vi, não tento me cobrir, me sinto até acostumado a estar assim.
-Desculpa, não tinha visto. - Falo, mas ela provavelmente não escuta.
-MÃE desce aqui!!! TEM UM TARADO NO QUINTAL!
Depois de um tempo, escuto duas vozes femininas conversando, então ouço uma delas se afastando e voltando novamente. Me sinto meio preocupado e sei que vai ser difícil entender tudo isso, mas preciso quebrar essa regra, sinto a minha intuição me dizendo isso, talvez, antes de esquecer tudo, eu já planejava interferir nessa história.
