ato vii

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olá, pessoal, como vão?

primeiramente me desculpem pelo sumiço por uns três meses jfkghgjk, não foi intencional passar tanto tempo sem postar, mas estive ocupadíssima com faculdade e vida pessoal nos últimos meses, felizmente está tudo bem encaminhado (e em breve estarei finalizando o semestre, então terei mais tempo pra escrever!!). 

esse capítulo ficou bem maior que o esperado, mas vejam isso como uma compensação pelo tempo que tomou para postar. mais uma vez agradeço todo o suporte no capítulo passado e espero que vocês possam se divertir com esse capítulo também. 

caso queiram falar comigo, estou sempre disponível aqui e no meu twitter: @/Lunna_Mrs

tenham uma boa leitura e feliz páscoa a todos <3


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"seo-jin hyung," o garoto soluçou, no escuro e vazio, implorando para que sua voz pudesse ser ouvida. o nome caia dos seus lábios como veneno — era errado, não deveria ser assim, seo-jin era alguém que deveria ser lembrado de maneira honrosa. "por favor, hyung."

ele estava sufocado em meio ao seu choro, sua garganta parecendo fechar, impedindo-o de respirar. o vazio ao seu redor apenas crescia, sentia que seria engolido logo se não escapasse, fugisse, corresse — mas suas pequenas pernas estavam trêmulas demais para se levantar do chão- ou do céu? ou era do mar?

ele sentia tudo em todo lugar. a dureza das ruas de pedras, a leveza do ar, o cobertor gélido da água.

e tudo lhe sufocava.

"namjoonie." a voz era familiar, doce até, mas fazia os seus ouvidos zumbirem e doerem. o garotinho levou as mãos pequenas as orelhas e apertou com força. "me ajuda, me ajuda, me ajuda-"

a voz se misturava e se distorcia e sufocava e gritava, e namjoon afundava e implorava e chorava-

"hyung?"

namjoon se sentou na cama num sobressalto, a respiração desregulada fazia seu peito subir e descer forçadamente, o ar que ele inalava não parecia ser o suficiente para suprir a necessidade dos seus pulmões. o mais velho levou uma das mãos para a garganta, a sensação de ter algo lhe sufocando ainda presente, seus ouvidos zumbindo com vozes de fantasmas passados que deveriam estar enterrados.

suas têmporas estavam suadas, as mãos tremiam e seu coração batia como tambores no peito, era como se seu corpo se recusasse a se acalmar. namjoon passou os dedos pelos cabelos, buscando tentar desgrudar a franja da sua testa molhada e não parecer tão destruído quanto se sentia.

não conseguia lembrar da última vez que teve um pesadelo tão vívido e assombroso quanto esse. sua mente não costumava fazer isso com sem nenhum tipo de estopim sofrido durante o dia — mas nada havia acontecido, além dos roubos e do dia na cidade, quase dentro de uma rotina. por causa dos seus machucados, jungkook sequer lhe deixava fazer muita coisa, então por que?

e por que logo com o seo-jin?

namjoon ofegou, piscando várias vezes para se livrar da sensação de choro que se alojava na sua garganta e queimava os olhos. ele quis gritar.

"hyung," jungkook chamou pela segunda vez, se sentando melhor na cama e passando uma das mãos nas suas costas para tentar lhe acalmar. "você está bem?" as palavras doces ecoaram nos seus ouvidos, os tons melódicos fazendo seus tensos ombros relaxarem. namjoon não fugiu do toque, apenas se preocupou em retomar seu fôlego.

enrolados ⋆  namkookWhere stories live. Discover now