capítulo 113

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Pov Lua:

Lua: Caraca, sua prima é muito obcecada por você._sorri sem graça.

Portuga: É, só que ela nem olha na minha cara e nem pisa no morro mais, tudo isso só porque eu dei um corte belezinha pra ela._sorriu negando com a cabeça.

Lua: Eu não acredito que você fez isso?_olhei impressionada.

Portuga: O quê? Ah para, ela estava precisando daquele corte, e eu cheguei a conclusão que eu daria um ótimo cabeleleiro!_sorriu.

Lua: Você sabe que é complicado a gente voltar né?_olhei e ele concordou com a cabeça olhando para o mar.

Portuga: Eu só te mostrei a gravação por que eu não queria que você achasse que foi traída, eu estava fora de mim no dia da discussão, e acabei fumando a maconha que tinha no escritório, quando eu voltei fui tentar conversar com você e em nenhum momento você dava espaço e acabei fazendo coisas fora do normal, desculpa por isso.

Lua: É, realmente, e para ser óbvia, aquele tapa não doeu!

Portuga: Não? Digo, que bom!_coçou a nuca.

Lua: É, sua mão estava quente, ardeu bem pouco, acho que juntou a mistura de chateação e tudo que aconteceu e por isso eu chorei._sorri.

Portuga: Desculpa por ter feito você passar por isso!

Lua: Tá tranquilo, acho que se não fosse por isso eu não teria vivenciado oportunidades, não seria a dona da máfia, não teria me destacado no hospital ganhando o prêmio de uma das melhores médicas do mundo.

Portuga: Não precisa agradecer!_sorriu convencido.

Lua: Cara? Dá pra parar de ser convencido? De qualquer forma obrigada Pedro pela decepção ter me feito conhecer o outro lado do mundo!

Portuga: Pedro! Amo quando você me chama assim, me faz esquecer do crime._sorriu.

Lua: A minha filha tem o seu sorriso, que ódio.

Portuga: Nossa filha, corrige aí!_me olhou.

Lua: Não, minha filha._provoquei.

Portuga: Ata, de certo que você fez ela com o dedo.

Lua: Foi quase isso, no tamanho do meu dedo mindinho._mostrei o dedo para ele.

Portuga: É, mas você não reclamava dele na cama._provocou mais ainda.

Lua: Sabe como é né, eu namorei com você por que eu gastava de você, e para o nosso relacionamento não acabar eu não reclamava por minúsculo que fosse o meu prazer!_gesticulei com o dedo.

Portuga: Brincadeira tem hora, precisava diminuir o meu ego desse tanto?

Lua: Desculpa, é que quando eu falei na reunião que eu não gosto de perder, eu realmente falei sério!_sorri.

Portuga: E como é comandar uma máfia?

Lua: Interessante, acho que se não fosse o Henry eu não conseguiria nada com a máfia.

Portuga: Henry?_me olhou.

Lua: Sim, uma pessoa que eu confio que eu sei que por falta minha ele vai tomar conta, ele vai sempre nas reuniões, eu só tenho a fama praticamente, o trabalho quem faz mesmo é ele.

Portuga: como era os dias pais, para a Gabi?

Lua: Normal, o Kaio ia nas apresentações, e acho que por isso ela não sentia tanta falta, não perguntava tanto, mas eu sabia que ela queria que você estivesse lá, que desse ao menos uma explicação, enfim, ela gosta de você, só quer te dar um gelo por não ter sido presente.

Portuga: Não me surpreende, é algo que eu faria, ela realmente se parece comigo!_sorriu.

Lua: E é nessa hora que eu acho uma injustiça, eu enjoei de empada por conta da Gabi, e a menina nasce com a cara do pai.

Portuga: Ela é linda igual a mãe, sabe convencer qualquer um, carinhosa que eu vi, um amor de pessoa. Então ela não é só parecida comigo, e o cabelo dela é bom igual o seu, acho que se ela tivesse o meu cabelo era depressão pro resto da vida e quando ficasse mais velha ela ia jogar na minha cara._sorriu.

Lua: Seu cabelo é muito bom, muito macio, para com isso!_empurrei ele de leve.

Portuga: Aqui é muita progressiva, alisante, tem química aqui, meu cabelo era o caos.

Lua: Agora eu entendi o porquê da sua vaidade com o cabelo._sorri e ele assentiu.

E cortamos a noite na praia, quando deu três da manhã ele me deixou em casa. A noite foi agradável, o assunto não acabava, e cada vez ficava mais interessante a conversa. Está aí uma coisa que eu não esperava quando voltei para o Rio, o Portuga maduro e compreensível. Tenho certeza que seremos ótimos amigos, e exemplo para a Gabi.

Abri a porta de casa e o Kaio estava sentado no sofá assistindo um filme na televisão.

Kaio: Isso é hora?_me olhou e eu fechei a porta.

Lua: Eu quem te pergunto, três horas da manhã e você ainda acordado?_me joguei do lado dele.

Kaio: Nem vem Lua, você saiu daqui sete horas da noite com um traficante, mulher eu sou um advogado, pensei várias coisas._me olhou.

Lua: Eu não morri tá legal? A gente ficou na praia conversando e perdemos a noção do tempo, só isso._expliquei.

Kaio: Então vocês ficaram?_me olhou pervertido.

Lua: Não, lógico que não!_fiz careta.

Kaio: Ainda não, vai ser mais rápido do que eu pensava, você ainda ama aquele otário.

Lua: Mas não vamos ficar, somos dois adultos, temos uma filha juntos, e seremos grandes amigos.

Kaio: Amigos que se pegam, coloca isso aí!_sorriu.

Lua: Não me faça cometer um crime e fazer você parar no cidade alerta!_levantei do sofá.

Kaio: Calma minha vida! Mas fala aí, onde ele te levou antes da praia?

Lua: No dogão que tem aqui na esquina._sorri.

Kaio: Quê? Cara, é assim que ele pretende te conquistar? Cadê o jantar chique? Vinho dos mais caros?

Lua: Ele falou a mesma coisa, disse que queria me levar em um lugar do meu nível, só que estava sem saber o lugar certo e eu escolhi o dogão, e se for para conquistar ele conseguiu, o lanche estava ótimo!_sorri.

Eu estava cansada e não sabia, tomei um banho rápido e dormi logo em seguida. Antes eu fui obrigada a contar os mínimos detalhes do "encontro" para o Kaio.

Até parece que era o primeiro cara que eu saí na vida, como se a minha vida amorosa fosse um desastre, embora seja, mas não vem ao caso.

POR AMORWhere stories live. Discover now