• Kazunari Takao

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⚠️DANÇA GATILHO DANÇA⚠️

⚠️AVISO DE POSSÍVEIS GATILHOS, TAIS⚠️ COMO: MENÇÃO A SUICÍDIO, DEPRESSÃO, MORTE, DENTRE OUTROS TEMAS ⚠️POTENCIALMENTE SENSÍVEIS.⚠️

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As ondas frias da realidade lentamente te tornavam ciente do estado deplorável em que você se encontrara, sentada, naquele mesmo parapeito , onde tudo começou, e quem diria que tudo terminaria assim, certamente tinha um ar que chegava a até ser cômico, a forma patética em que você estava.

Sentada ali, ao que pareciam ser horas, seus pensamentos te inundavam. Embora já sentisse fome, você não queria comer, embora seu corpo tremesse de frio, você não se incomodava. Sentia tudo ao mesmo tempo em que não conseguia perceber nada.

Estava cansada demais, confusa demais, sinceramente, só queria fechar os olhos e nunca mais abrir os mesmo. Tomada pelo seu próprio inferno pessoal, pela primeira vez, pensava realmente em você.

Todo seu drama teve início há exatamente uma semana atrás...

— Vem Takao, confia em mim!— Disse confiante na tentativa de conseguir encoraja-lo.

— [Nome], sai daí! Isso não é seguro! — Respondeu já impaciente.

— Ah Takao, qual é? Vem! — Segurou-o pela mão o trazendo para perto.

Lá de cima daquele parapeito, o mundo era tão pequeno, tão insignificante, por um segundo até haviam se esquecidos dos seus problemas. Takao já rendido sentou-se do seu lado, olhando para baixo.

— Porque você me trouxe aqui?— Indagou seco.

— Foi aqui que a gente se conheceu...— Sorriu forçado.— ...Você parou de tomar seus remédios?

Takao suspirou pesadamente, ele já sabia exatamente qual seria o rumo da conversa. Na verdade, ele ouve essa mesma conversa há anos. Ele sempre foi uma pessoa sorridente, que fazia graça, mas essa era a parte que ele mostrava para todos, a parte que poucos conheciam, era a parte mais verdadeira dele.

Ele desenvolveu depressão desde criança, sempre convivendo com os remédios, as frequentes consultas ao psicólogo e psiquiatra. Você passou por isso tudo com ele, desde que você também era criança, você sempre foi toda a força por trás daquele sorriso, a graça por trás das piadas, você era tudo.

— Eu não consigo jogar com aquilo, você sabe! Não dá!— Seu tom já parecia irritado.

— Takao... por favor!— Seus olhos já estavam marejados.

—[Nome]...— Ele delicadamente segurou sua mão. — Eu tô bem!

— Não, Takao, você não está! Eu não quero ver você assim! Eu... eu não quero ver sofrendo! Você precisa ficar bem! — Respondeu já em meio a lágrimas.

A primeira vez que você o viu, ele estava ali, em pé, olhando para baixo, pronto para pular, na época, você criança, não entendia quão grave era a situação, mas mesmo assim foi capaz de impedi-lo de fazer aquilo. Desde então é sempre você, você quem sempre segura as mãos frias dele em meio a uma crise. Você quem vira a noite conversando com ele pra tentar convencê-lo de que ele consegue.

— Eu já disse que eu tô bem! Se te preocupa tanto, eu não vou me matar! Eu volto a tomar os remédios! Tá satisfeita de ouvir isso? Agora eu vou ter que começar a sorrir o tempo todo pra você acreditar que eu estou bem? É só uma semana ruim [Nome], esquece! — Takao se virou para descer do parapeito.— Eu prometi que não iria te abandonar... você lembra? Você me fez prometer isso! Eu não vou descumprir a minha promessa!

𝔎𝔲𝔯𝔬𝔨𝔬 𝔫𝔬 𝔟𝔞𝔰𝔨𝔢𝔱 𝔦𝔪𝔞𝔤𝔦𝔫𝔢𝔰Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt