03. Sorriso Sacana

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— Ohm, tá tudo bem?

— Sim, só tô um pouco cansado.

— Imaginei. — Disse N. dando um empurrãozinho com o ombro no amigo. — Vamos fingir que essas cervejas são de verdade?

— HÁ! Vamos. — Sorri e pega uma das latinhas restantes com suco de maçã. — Você está confortável?

— Já falei para você parar de se preocupar se eu estou ou não o confortável em fazer BL, Ohm. — Responde num tom duro.

— Eu sei, mas eu me preocupo.

— Meninos, vamos buscar um outro holofote, não vamos demorar. A cena do diálogo ficou boa, já vamos para a próxima! — Olharam para o pessoal da produção que estava a poucos metros deles, e acenaram.

Hum, Non, já sei que o Pran quer ser Designer de Interiores. E você, quer ser o quê?

— Hm, quer passar o tempo é?

— É, senão vou dormir. — Concorda colocando sua cabeça no ombro do outro e retira logo em seguida, e quis dizer que sempre teve vontade de o conhecer melhor, mas sabe que pode estar confundindo um pouco os sentimentos com o Pat no momento. Nanon olha pra frente sorrindo.

— Eu quero isso. — Diz e olha pra Ohm.

— Como assim?

— Eu quero isso aqui. Isso tudo aqui. — Diz e aponta pra o set de filmagens montado na praia ao redor deles. — Quero fazer o que já estou fazendo. Ah, você esqueceu sobre ser músico!

— Você ou o Pran? — Os dois abrem um grande sorriso, pois se sentem da mesma forma. Atuar pode ser um tanto confuso.

— O Pran! Mas eu também quero.

— Você já é, Non. — Ohm quis dizer que o N. já era tudo. Ele o admirava demais. Mais que devia. Mais que queria. E não sabia dizer até que ponto era ele ou Pat pensando essas coisas.

Hm, verdade, eu já faço tudo que quero, então. — Acata, franzindo os lábios com superioridade, e... porra! Foi a cara mais fofa que o N. fez hoje, aos olhos do Ohm — e você, Ohm?

— Não sei ao certo. Eu gosto de ter uma rotina, e de conseguir passar um tempo de qualidade com minha família e com quem me importo. Eu amo atuar, e tenho certeza de que quero isso. Mas as coisas mudam o tempo todo. Eu não ia mais fazer BL, e olha onde estou!

— Eu também achei que nunca faria. Dá um pouco de medo.

— Medo? Hm... De gostar? — Ohm ri sozinho, com a piada cretina que fez.

— Não, seu pateta! — Dá um tapa um tanto forte no queixo do Ohm, como só ele tem coragem de fazer. Dão risada por um tempo. — Medo da repercussão, da mídia, do preconceito.

— Dos fãs... — Ohm sibila.

— Não, eu gosto dos fãs. — expressa orgulhoso.

— Você nunca fez BL mesmo. — Ri, um tanto desconfortável, mas assume. — Eu tambem gosto muito dos fãs, me sinto amado. Espero que gostem dessa série.

hm, também espero. — N. fica pensativo e continua: — hum... e por que eu teria medo de gostar, Ohm? Medo de gostar do quê, exatamente?

Ah, você nunca beijou rapazes. — Atestou o encarando com olhos interessados.

— O que te faz ter tanta certeza disso? Só porque tenho uma ex? — Ohm abre a boca surpreso. O Nanon ja beijou homens, então?

D E P O I S   | AU ONWhere stories live. Discover now