Apenas um baile-a última dança 2v.

encontrando as meninas.

—Thomas. —Limpo meus olhos. Percebo que eu estou coberta e deitada no sofá. Será que ele foi embora?

Pego meu celular e encontro duas mensagens, uma de Thomas e outra de Nicolas. Abro primeiro a de Thomas, onde está escrito. Obrigado por me ajudar, não tinha uma noite tão boa, há muitos dias. Aliás eu vim embora logo que pegou no sono e hoje de tarde, irei enfrentar o Alex de uma vez.

Acredito que não faz mal eu responder. Eu:—Foi um prazer ajudá-lo, já que também estou envolvida. —Envio.

Começo a me lembrar dos acontecimentos da noite passada, na metade do filme o Thomas mudou para uma coreografia de jazz, uma que eu tinha dançado com o meu grupo no 9 ano, onde ganhamos a competição bola de Ouro. Ele queria provar que mesmo depois de tudo, eu ainda estava adequada a dançar, me puxou para o meio da sala onde juntos ensaiamos a coreografia. Estava meio enferrujada, mas até que me sai bem, não me lembrava como sentia falta da dança. Aí ele parou de dançar, sorriu e disse. —Grandes dançarinos não são grandes por causa de suas técnicas; eles são grandes por causa de suas paixões! —Não sei se foi medo dele estar certo, se foi por ele dizer que amo a dança, ou por me olhar como antigamente com seu lindo sorriso, quando fazíamos algo divertido juntos. Só sei que resolvi parar de dançar e voltamos assistir o filme.

—Aí, eu vou precisar saber como foi esse encontro. Tenho que perguntar.

Eu:—Se não for pedir muito, pode voltar aqui em casa me contar como o Alex reagiu, estou louca para saber.

Agora resolvo ler a mensagem de Nicolas. Como está a minha gravidinha preferida?

Eu:—Estou muito bem, com vontade de comer um bolo bem recheado de morango. Mas, eu vou fazer depois, e como está aí?

Nicolas:—Amor, aqui em Miami está um clima maravilhoso, pena que não poderei curtir tanto, já que não está aqui. Acabei de acordar e estou andando pela praia, após o almoço irie ir trabalhar. A e eu acabei de comprar água de Coco.

Eu:—Se continuar falando assim, vou obrigá-lo a vir me buscar e me levar junto.

Nicolas:—Iria adorar, prometo que voltaremos aqui, muito em breve.

Eu:—Estou indo almoçar com as meninas, preciso me arrumar, depois vou adorar saber sobre o seu dia, ou melhor ouvir você se gabar.

O Nicolas é um fofo, pena que eu não o mereço. Meu celular vibra. O vejo e tem outra mensagem de Thomas. Thomas:—Posso ir na sua às 17.

Eu:—Combinado.

Me dirijo para o quarto, quando entro paro na frente do espelho, fico alguns segundos observando a minha barriga. Ela ainda está pequena, não aparece quase nada, porém já consigo perceber a diferença, mesmo sendo sútil. É uma sensação boa, ver meu corpo começar a se preparar para a mudança, não me deixa mais com tanto medo como estava antes. Só me deixa preocupada, quando penso que esse bebê, terá que conviver nesse caos que é meu relacionamento, sem saber quem é seu verdadeiro pai. Ainda mais, eu sei que esse bebê não merece ter eu como mãe, só de pensar que eu serei responsável por um ser tão indefeso, me passa mil coisas, principalmente aflição e preocupação.

Tento jogar para longe esses pensamentos e vou me arrumar. Coloco um conjunto com uma saia cinza e uma blusinha branca de manga, uma rasteirinha de couro, um par de brincos de argola folhado a ouro e faço uma trança no meu cabelo, pois combina perfeitamente com meu visual. Eu sei, devo estar parecendo minha mãe falando assim, mas o trauma é tão grande que logo já a escuto. Ande mais arrumada.

Chego ao clube e já as avisto sentada em uma mesa ao canto. —Emma, estamos aqui. –Paula grita.

—Oi, demorei muito? —Eu pergunto, enquanto as abraço.