Epílogo

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                     —    Anos depois   —

O dia estava perfeito. O vento da primavera soprava em seus cabelos e movia as páginas do livro que ele estava lendo: era uma poesia. Sérgio apoiou as costas no tronco da árvore e releu aquelas lindas palavras novamente. Parecia que o autor havia escrito em pequenas linhas exatamente o que ele sentia. Ao terminar de ler e virar a página ele se deu conta de que havia acabado o livro.

— Papai! Me ajuda! — a voz doce de sua filha veio preenchida pelo riso.

Sérgio fechou o livro e ao olhar para frente viu a cena mais linda da sua vida: suas filhas correndo em sua direção e Raquel logo atrás delas sorrindo com os cabelos ao vento.

— Corram! — ele abriu os braços e elas se jogaram contra ele aos risos.

— Não é justo vocês usarem o pai de vocês! — Raquel se aproximou deles sorrindo e se sentou ao lado do marido. Ela estava tão radiante que sua felicidade poderia ser vista de longe.

— É justo sim! — Paula abraçou o pai e começou a dar pequenos beijinhos pelo rosto dele — O papai é o meu super-herói!

Lucía se levantou do colo de Sérgio e foi até Raquel, fazendo o mesmo que Paula.

— A mamãe que é uma super-heroína! — Raquel abraçou a filha e a beijou da mesma forma.

— Não é não! — Paula retrucou.

— Sem brigas! Podem parar! — Sérgio calou as duas evitando que elas continuassem. Era sempre daquela forma: Paula defendia Sérgio e Lucía defendia Raquel.

— Meus amores, hoje é um dia especial, não vamos estragar o momento com brigas, vale? — elas assentiram — O que foi que o pai de vocês ensinou?

— Que somos irmãs — elas responderam juntas.

— E o que mais?

— Irmãs não brigam.

— Ótimo, então vamos comemorar! Quem quer me ajudar a arrumar a festa de aniversário? — elas se animaram e saltitaram pela tolha de mesa posta ao chão enquanto erguiam as pequenas mãos para cima.

Eles estavam no campo em frente ao lago próximo do palácio. Exatamente no mesmo campo que Sérgio colocou as alianças de compromisso no dedo de Raquel, agora eles estavam comemorando o sétimo aniversário de suas filhas.

Com cuidado, as pequenas ajudaram seus pais a arrumarem todas as guloseimas sobre a toalha e esperaram os outros convidados. Quando as irmãs já estavam quase impacientes, uma risadinha infantil e pequenos passos correndo na direção delas as fizeram sorrir:

— Irmãs! — o pequeno Salva, de três aninhos, se aninhou no meio das duas e as abraçou: — Feliz aniversalio!

Raquel e Sérgio olharam apaixonados para a cena. Seus filhos eram os bens mais preciosos que eles tinham.

— Salvador Marquina! Eu te disse para não correr, meu amor — Alícia surgiu e logo atrás dela estava Andrés com Vitória agarrada em seu pescoço como uma macaquinha. O riso da garota poderia ser ouvido de longe.

— Desculpa titia! — ele sorriu travesso e se sentou no colo da mãe.

Andrés colocou a filha no chão e ela logo correu até as primas para desejar feliz aniversário. Em poucos minutos as três estavam brincando ao próximo aos pais.

— Ele deu muito trabalho? — Raquel fez uma careta divertida para Alícia.

— Nada que eu não resolvesse com um pirulito — Raquel abriu a boca para protestar, mas Alícia logo respondeu: — É brincadeira Raquel!

Sociedade Secreta: A filha do reiHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin