Sem ela.

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(...)

Observei os carros saindo da minha casa pelo jardim até o portão principal, Bianca estava no terceiro carro que saiu da casa. Olhei para Vinicius ao meu lado e ele colocou a mão sob o meu ombro.

Ela voltara logo e bem - Meu irmão falou e apertou meu ombro -

Ou te levo para conhecer a nova moradia do nosso pai - sorri de canto de boca e bati duas vezes em sua mão. - proíba a saida de qualquer pessoa que viu oque aconteceu nessa casa hoje. A informação sobre esse sequestro não ser real, não pode de forma alguma chegar aos ouvidos de quem não deve

Carlos já está cuidando disso - meu irmão avisou e entrou na casa -

Assisti até o último carro sair e apertei o botão do controle, para fechar o portão preto e grande.

Se cuida, minha loirinha - Falei comigo mesmo e me virei, voltando para dentro da casa. Carlos e Vinicius estavam na sala, informando sobre a proibição da saida de todos até que esse problema com Bianca fosse resolvido. Subi as escadas, os homens não precisariam de mim para explicar isso a os outros. Cheguei ao topo da escada e não consegui evitar olhar para a direção do escritório do meu pai, a porta estava entreaberta. Estranhei, pois quando subi com Bianca, o escritório estava fechado.

Caminhei em direção ao escritório em passos lentos e evitando fazer barulho, do jeitinho que o filha da puta do meu pai, ensinou. A porta foi aberta por inteiro e eu quase pulei no susto, mas uma loirinha saiu de lá e minha alma voltou para o corpo.

Oque estava fazendo aí dentro? - Perguntei a Violeta e ela juntou as mãos na frente do corpo.

O vinnie está chorando, muito - Violeta falou e eu olhei para a porta do quarto, sem escutar barulho algum vindo de lá. - Eu estava procurando a mamãe

Está? - Perguntei pois ou eu estava surdo, ou nenhum choro de criança estava acontecendo naquele momento. Voltei a olhar para Violeta e ela balançou a cabeça afirmando. - Não tem ninguém chorando, Violeta - Caminhei em direção ao meu quarto e entrei no mesmo, olhando para o loirinho deitado no meio da cama.

Ele estava chorando, muito - Violeta falou quando entrou logo atrás de mim e correu até a cama. Sabe a minha alma que havia voltado para o corpo? Acabou de sair novamente. O pequeno estava roxo, roxo de verdade, parecendo uma beringela.

Coloquei minha mão na frente do nariz do pequeno, tendo a certeza que ele estava respirando e o peguei no colo, iniciando rapidamente a manobra de heimlich. O coloquei de bruços no meu antebraço, sentei na cama e apoiei meu braço com o Vinnie, em minha coxa. Inclinei um pouco, deixando-o com a cabeça para a direção de baixo. Segurei seu queixo, fazendo com que o pequeno ficasse com a boquinha aberta.

E então comecei... Com a outra mão espalmada, dei cinco batidas firmes no meio das escápulas do pequeno, Repeti o processo três vezes, até que o Vinnie começou a chorar e Violeta pegou algo no chão, me mostrando.

Aqui! - A loirinha falou e me mostrou uma linha vermelha. Suspirei, enquanto deixava minha alma voltar ao corpo e segurei o pequeno direito em meu braço. - Era isso papai

Estou vendo, pequena - Olhei para ela e passei a mão em minha testa. Bianca saiu a poucos minutos e o caos já está sendo instalado por aqui. Já estou velho demais para conseguir cuidar de duas crianças sem ajuda, por isso mesmo que essa ação não irá durar mais de um dia.

É uma linha, do meu vestido - Ela apontou para a própria roupa e eu vi seus lábios estremecerem. - Eu ia matar meu irmão?

Você não ia matar ninguém, Violeta - Peguei a linha da sua mão quando levantei da cama e caminhei em direção ao banheiro com o pequeno em meu colo. - Não fale besteira - Coloquei a linha dentro do lixo do banheiro e o pequeno ainda chorava em meu colo. - Está com fome, pequeno? - Olhei para ele, mas ele nem me deu bola, pois continuava chorando desesperadamente, sem derramar uma lágrima. - Seu pequeno ator! Aprendeu a encenar com sua mãe?

Princesa Máfia - VINNIE HACKERWhere stories live. Discover now