Cap 4

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Enquanto conversávamos, eu pensava um pouco sobre as palavras da Júlia. Será que realmente já deveríamos estar pensando sobre algo mais? Não penso que devemos começar a namorar hoje, fazer planos para um casamento em seis meses, e adotar um cachorro de pequeno porte amanhã em uma feira de adoção, não é isso, é apenas alinhar os ideais, e tentar descobrir se estamos na mesma sintonia. Mas a quem eu quero enganar, não é mesmo? Meus últimos relacionamentos foram um verdadeiro fiasco, é óbvio que as minhas expectativas pesam sobre o que comecei com a Paula, e que eu nem faço ideia de como nomear. É óbvio que eu queria um pedido de namoro em cima do palco, ela dedicando uma música de sua autoria para mim, enquanto todos os presentes gritam e aplaudem a nossa performance romântica.

— Mari? — Olhei para ela me dando conta que não estava sozinha, e sorri fraco vendo que deixei o motivo dos meus pensamentos falando sozinha.

— Perdão. Sério, me perdoe. Estou com a cabeça cheia de tanto trabalho. — Menti. — O que era?

— Estava perguntando se você e a Júlia vão amanhã. — Explicou tomando um gole de sua bebida.

— Sim, claro, já confirmei com ela. — Respondi.

Depois do jantar demoramos algum tempo para escolher um filme, na maioria das vezes divergimos nos gostos, eu fazia o estilo mais romance, ou comédia romântica, e ela preferia ação, mortes, sangue e violência. Coloquei o filme para iniciar, e me aconcheguei em seus braços. Sua respiração era calma, ela fazia um carinho gostoso nos meus cabelos cheirando o meu pescoço. Suas mãos passeavam pelos meus ombros em uma calmaria relaxante, e sorri procurando o seu olhar.

Seu cabelo loiro, cobria parcialmente seus olhos como se fossem fios de ouro, me estiquei tomando seus lábios com urgência, sentido suas mãos me pressionarem. Subi sua blusa e encostei os lábios com calma em seu mamilo, minha língua brincava devagar em uma tortura gostosa, enquanto eu os mordia levemente, ouvindo sua respiração entrecortada.

Eu me afastei dela puxando minhas roupas, ela fez o mesmo sem tirar os olhos dos meus, suas bochechas coradas a deixavam ainda mais charmosa. Ela me empurrou contra a cama ficando por cima de mim, e eu sorri com seu jeito rude ao tomar o controle da situação

— Esse é o único ponto que conseguimos entrar em um consenso rapidamente. — Ela sussurrou no meu ouvido enquanto deslizava seus dedos fazendo um caminho até a minha virilha. Eu sorri puxando-a para mim e a beijando.

Me estiquei em minha cama pela manhã, os lençóis estavam bagunçados e o meu corpo deliciosamente dolorido. Me sentei, e olhei para o meu lado esquerdo, mas a Paula já tinha saído bem cedo, ela precisava ensaiar com a banda para a apresentação desta noite, e tinha me avisado durante o banho delicioso que tomamos juntas na noite passada.

Júlia veio me buscar para irmos ao shopping, combinamos de fazer compras já que eu precisava de roupas novas para o trabalho, e também para o show da Paula logo mais. Andamos por horas, e fizemos boas compras, admito, mas eu realmente não sou o tipo de pessoa que tem o prazer em passar horas do dia em uma loja provando mil peças de roupa.

— O Léo vai hoje? — Questionei comendo um hambúrguer gigante com muito molho cheddar e uma porção enorme de batatas fritas com bacon.

— Vai sim. Saímos para jantar após a apresentação dela, né? — Eu tomei meu refrigerante e assenti. — Vou para sua casa, e nos arrumamos lá. 

Deixei as compras em cima da cama, abri as janelas do meu quarto e tirei os sapatos que usava e que apertavam os meus pés. Me deitei e fechei os olhos. A verdade é que em condições normais, eu jamais sairia da minha casa no final de semana para ir a um show, mas é inegável que estou fazendo um esforço quase que sobrenatural, para que isso que estou começando com a Paula dê certo.

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