1.24 | Plateia (+16)

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É minha hora de entrar no ringue

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É minha hora de entrar no ringue...

Estive nervoso desde o início do dia de hoje para esta luta. O simples pensamento de que um passo errado pode causar uma grande desgraça não para de perturbar minha mente. Porém, preciso ser mais forte que meu medo. Se quero que isso funcione, se quero chegar na final, preciso manter o foco.

Os quatro seres da água, incluindo a mim, estamos alinhado em frente ao ringue, todos esperando pelo grande momento em que nossos nomes serão chamados para a luta. E, claro, eu serei um dos primeiros, junto com outro ser da água que também frequenta a U.S.E.

É uma garota. Ela tem quase a minha altura, pele escura e cabelos pretos. Mas seus olhos azuis marcam sua identidade. Sei a qual classe ela pertence, primeiro ano, turma sete. Seu nome é Karen. A grande maioria dos competidores entram nos ringues sem conhecer os seus adversários, mas sei os nomes de cada um deles, suas classes, idades, gêneros etc. Dizem que é necessário conhecer seus adversários antes de entrar em um confronto. Estive fazendo isso a minha vida inteira. Meu pai, o Conselho, os estudantes, todos eles... Nas olimpíadas não seria diferente.

Nossos nomes são chamados para a plataforma de luta, onde ela e eu subimos, um em frente ao outro. Ouço as vozes da plateia ecoando pelas paredes do estádio. O filho do diretor Robert Johnson, o aprendiz, próximo sucessor, finalmente subindo ao palco para mostrar aos idiotas as habilidades que querem ver... Façam de mim sua atração, como desejam, imbecis! Preciso mesmo de uma plateia para o show que pretendo dar ao meu pai.

– Ouvi muitas pessoas dizendo que estavam com expectativas altas para este primeiro confronto entre os seres da água! Imagino os dois adversários tenham bastante para entregar! – Ouço o comentarista dos jogos dizer. Eu não sei por que esse cara existe com seus comentários, só serve para atrapalhar os competidores.

O som do sino adentra meus ouvidos, me dando permissão para iniciar meu ataque primeiro. Puxo água dos tanques que ficam nas laterais do ringue e a direciono em Karen. Ela faz um movimento circular, jogando de volta para mim a água que lancei contra ela. Rapidamente, cruzo minhas mãos em frente a mim e as abro quando a água chega bem perto, partindo-a em duas rajadas que são transformadas em vapor atrás de mim.

Geralmente, sou sempre aquele que defende primeiro e ataca depois, porém, hoje, estou aqui para agradar ao público que coloca sobre mim gigantescas expectativas e mostrar meu domínio sobre meus poderes ao meu pai. Quero inovar, fazer uma apresentação.

Karen joga dois jatos de água circulatórios em minha direção. Uso uma pequena onda vinda do tanque para me tirar da direção de seu ataque. Deslizo para o outro lado do ringue usando a água sob meus pés e ataco Karen diretamente. Ela dá uma cambalhota para desviar e atira outro jato contra mim. Tento criar uma barreira na minha frente, porém, sou lento demais. A água me atinge e me joga para perto da borda, fazendo minha onda se dissipar pelo chão do ringue. Uso o molhado do chão para criar gelo sob os pés de Karen, esperando que ela escorregue. Mas, ao contrário do que pensei, ela se mantém firme, sem se abalar.

Guard Me | Romance LGBT+Where stories live. Discover now