CAPÍTULO 22

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Os dias aparentemente estavam com bastante pressa, pois passaram rapidamente

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Os dias aparentemente estavam com bastante pressa, pois passaram rapidamente. Em um momento eu estava em Nova Hampshire e no outro na grandiosa Nova York. Mas o pior dessa viagem foi ter que me esquivar das constantes perguntas da senhora Dickson devido sua preocupação com meu estado de saúde. Seus constantes questionamentos me fizeram amarga duramente todas as minhas mentiras

A fim de garantir que eu chegasse sã e salva em casa ela foi ao meu lado durante a viagem. E para meu desespero ela não é do tipo de pessoa que aprecia a viagem em silêncio, mas sim regada a boa conversa. Ela me contou sobre sua vida inteira, chegou até a falar da vida de seu filho. Inclusive assim que ele se deu conta do fato protestou na mesma hora. Com isso cheguei a achar que ela ia ficar quieta, mas ledo engano meu. Isso fez apenas com que a senhora Dickson mudasse de assunto. E o que eu mais temia aconteceu. Voltei a ser a pauta de seus questionamentos. Foi então que meu nervosismo chegou a níveis bem elevados, pois nem sempre eu tinha uma boa resposta para lhe dar. A verdade e a mentira se tornaram quase que uma coisa só em minha cabeça. Mas as coisas só se silenciaram quando chegamos no nosso destino, pois acho que todos estávamos loucos para conhecer a cidade.

Diferente da outra vez eu pego minhas coisas e me junto aos mais apressados para sair do ônibus, uma vez que tenho a esperança de colocar o máximo de distância entre os Dickson e eu.

— Asha por favor espere por nós — grita a senhora Dickson me fazendo parar.

— Sabemos que está desesperada, mas só não atropele as pessoas — diz Willy em tom de deboche.

Viro-me lentamente na direção da voz deles, é então que me deparo com uma fileira de gente nos separando. As palavras de Willy embora sejam de brincadeira batem bem fundo em mim. Ao me dar conta daquela multidão o medo vai me inundando em uma velocidade assustadora, pois é só então que me dou conta que baseado no meu histórico sou um grande perigo para os demais. Uma vez que se eu me descontrolar, posso acabar com eles rapidamente.

— Espero vocês do lado de fora! — Balbucio para os dois não desejando estar mais ali.

Com isso sigo o restante do meu trajeto em um ritmo mais lento. Estando tomada pelo pânico adoto algumas medidas extremas, como por exemplo: de forma alguma olhar para as pessoas e também não posso me concentrar em seus cheiros. E para evitar que as duas coisas aconteçam eu olho apenas para baixo e busco me concentrar em meu aroma. Contudo, após fazer isso descubro que não é apenas Willy que exala um cheiro diferente.

— E agora está parecendo uma vovozinha — diz Willy após conseguir me alcançar.

Sua abordagem me surpreende. Tanto que chega a me deixar sem palavras, mas ao mesmo tempo uma leve irritação surgi.

— Você quer deixar ela em paz! — Esbraveja a senhora Dickson e logo em seguida.

Ao dirigir meu olhar para eles os vejo perdidos em uma longa troca de olhares. Os ver juntos faz a saudade que tenho da minha mãe chegar a dor em meu peito. Uma vez que se ela estivesse aqui, toda essa confusão não existiria. Gostaria que lágrimas pudessem rolar pelo meu rosto, pois assim quem sabe todos estes sentimentos seriam colocados para fora. Incapaz de dar mais um passo eu me sento na primeira cadeira que vejo. De olhos fechados, encosto minha cabeça nas costas da cadeira e começo a respirar bem fundo. Enquanto isso, minha mente fica jogando as mais aleatórias memórias. Dentro de mim permeia os mais diversos sentimentos.

FragmentadaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt