#23

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[Nome] observava as nuvens e o sei céu de sua minúscula janela do avião, a aeromoça passava pelo corredor oferecendo bebidas e comidas. [Nome] estava pensativa e com sua mente longe, a música que tocava em seu fone estava alta porém não tão alta ao ponto de outros passageiros ouvissem, mas não que isso fosse um problema até porque ela era a única na primeira classe.

A aeromoça a cutucou e a ofereceu um café,o qual [Nome] recusou educadamente, a aeromoça desistiu e voltou aos seus aposentos deixando [Nome] sozinha.

A bomba de notícias explodiu e no momento a notícia da morte de seu pai já havia virado manchete, até mesmo sua possível volta ao Japão ja tinha sido comentada. Sua mãe não deu nenhum sinal de vida, nem ao menos uma ligação ela a deu, nenhuma entrevista, absolutamente nada.

[Nome] esperava a encontrar em sua casa no Japão, mas não sabia se era de fato a melhor ideia. Sua cabeça estava a mil e vários pensamentos a pertubavam, memórias passadas voltando a tona, lembranças de seu pai, tanto as boas quanto as más.

Quando ela era criança não se lembrava de nada mal do seu pai, lembrava apenas das brincadeiras quando ele voltava do trabalho, dos beijos de boa noite mas com o passar do tempo tudo havia ficado amargo, e e então em sua adolescência [Nome] tinha uma imagem totalmente diferente de seu pai.

No momento ela não pensava na possibilidade de encontrar Izana, na verdade ela nem lembrava disso no momento. De alguma forma a morte de seu pai a afetou, por mais que ela não se sentisse verdadeiramente triste algo ainda sentia o contrario dentro dela.

O vôo tinha acabado e
[Nome] estava de volta ao Japão.

Nunca se imaginou nessa situação, imaginava sim que um dia seu pai morreria mas não que ela tivesse que voltar ao Japão.

Agora ela estava no meio do grande aeroporto da capital do Japão, Tóquio.

O lugar era bem branco e brilhoso, bem limpinho, o que era novidade porque o Japão não é o lugar mais limpo que [Nome] conhecia, e ela até pensou que tinha mudado, mas trocou de opinião quando pisou nas ruas e olhou ao seu redor.

Ela permanecia com seus olhos escuros e máscara, o que ela menos queria era que a reconhecessem.

Ela pediu um taxi na beira da estrada, ela entrou no banco do carro e informou ao motorista sobre o lugar que ela iria, o taxista apenas concordou e voltou a dirigir, a levando rapidamente para o enorme prédio espelhado onde um homem alto e de terno preto a esperava na entrada, cabelos grisalhos e aparência nada amigável.

Desceu do carro dando de cara com este homem, que quando abriu a boca e disse sua primeira palavra dirigida a mulher a sua frente, ela o reconheceu como o homem que a havia ligado no dia anterior.

─ Senhorita [Nome]? - com a mesma voz firme ─ Entre, por favor

Ele abriu espaço para [Nome] passar e ela passou, tirando os óculos e a máscara no caminho, quando entrou no prédio deu de cara com a recepção e colado na parede estava um quadro enorme do rosto de seu pai, o qual ela achou exagerado. Ela ficou poucos minutos encarando o quadro mas foi interrompida pelo homem.

─ Por aqui - ele a guiou para o elevador.

O caminho inteiro [Nome] não falou uma única palavra, ela estava presa com aquele homem em um cubículo subindo por vários minutos, que pareceram décadas pois o clima estava estranho e pesado.

Ele a levou até uma sala, a qual [Nome] reconheceu como a sala de seu pai, que parecia bem intocada, em cima da mesa tinha alguns papéis

─ Esses são os papéis? - foram as primeiras palavras que [Nome] falou desde que entrou no enorme prédio.

O assentiu com a cabeça e observou calado [Nome] dar uma boa olhada nos papéis do testamento.

Ao olhar para o nome do garoto, um rosto veio em sua mente, o rosto de Mia, a empregada que transou com seu pai e foi demitida pelo mesmo dias depois.

"Kakeru Suwa"

Assim como

"Mia Suwa"

E logo as contas bateram, Mia engravidou e seu pai havia a demitido.

[Nome] não parecia tão surpresa quanto deveria estar, mas de certa forma estava feliz por descobrir que tem um irmão mais novo. Ela se virou  para o homem do qual ela ainda não sabia o nome.

─ Yamato

Como se o cara soubesse ler seus pensamentos, ele próprio se apresentou.

─ Poderia me fazer um favor, Yamato? - ainda com os papéis em mãos ela perguntou

─ Claro - ele respondeu sem ao menos hesitar

─ Traz aqui esse garoto e sua mãe - ela entregou os papéis nas mãos de Yamato ─ Tenho alguns negócios pendentes a resolver

─ ─ ─ ─

pse

eu n tô morta

voltei mano voltei

gostaram???

𝑺𝑼𝑰𝑪𝑰𝑫𝑨𝑳 𝑮𝑰𝑹𝑳Onde as histórias ganham vida. Descobre agora