Capítulo único, porém parte três

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PS.: olhem o primeiro Uchiha ruivo genteeee





  — Eles vão me matar. – Yamazu sussurrou, os olhos focados na porta que trancava os filhos com o pai.

— Ninguém teria coragem de erguer a mão pra você. – Izuna sussurrou também, escondido dentro de seus moletons, com capuz e usando óculos de sol. — Mas acho que nas primeiras vezes, eles vão ficar muito puto.

— Quantas vezes vamos ter que fazê-los se encontrarem até que meus filhos comecem a aceitar as desculpas de Masaru? – Ela quis saber e Izuna ficou pensando por um tempo.

— O Kat vai ser mais fácil. – Murmurou. — Talvez umas dez vezes antes de começar a ceder.

— Senhor Amado. – Ela passou a mão trêmula na testa, secando o suor. — E o Tobirama?

Izuna entortou a boca.

— É pra ser sincero? – Ela assentiu. — Então tá. Eu tô é surpreso que já fazem cinco minutos que eles estão conversando. Na minha cabeça, Tobirama ia sair antes.

— Você acha que ele nunca vai perdoar Masaru? – O olhou, as sobrancelhas unidas e erguidas. Izuna suspirou.

— É o pai dele. – Deu de ombros. — Acredito que ele vai ceder em algum momento. Mas por ser justamente o pai dele, ele está profundamente machucado pela ausência que recebeu a maior parte da vida.

Yamazu suspirou, encarando suas coxas.

— É estranho, mas acho que você conhece meus filhos mais do que eu os conheço. – Ela murmurou e Izuna a olhou, uma das sobrancelhas erguidas. — Acho que eles iriam aceitar melhor se soubessem que é você quem está fazendo de tudo para que eles se resolvam com o passado. E com certeza vai ajudar muito na sua relação com o Tobirama, sem contar-

— Por favor, não conte. – Ele implorou, segurando as mãos dela com força. — Não quero que eles se sintam constrangido por eu saber tanto da vida deles. Também não quero que Tobirama me perdoe só por conta disso. Quero que ele queira me perdoar. Não é pra nada influenciá-lo nisso, tem que partir dele.

Ela sorriu pequeno, beijando sua testa com carinho. Ela ia dizer algo sobre como Izuna era um doce, mas a porta da sala foi arrombada com força e os dois sobressaltaram. Izuna se jogou para trás, se escondendo nas plantas enquanto Yamazu se levantava depressa, vendo Tobirama e Katsuki marchando em direção ao estacionamento.

— Ei, ei, ei. – Ela os chamou, correndo até ambos. — O que aconteceu lá dentro?

— Você sabia!? – Katsuki estava muito puto. — Sabia que ele estava de volta!? Sabia que ele ia nos prender lá!?

— Filho-

— Não! – Ele gritou, os olhos carregados de lágrimas. — Eu odeio ele. Odeio ter que olhar pra ele. E odiei o que você fez!

Ela entreabriu a boca enquanto Katsuki continuava indo para longe dali. Yamazu olhou apreensiva para Tobirama, que parecia calmo. O pior, é saber que ele agia extremamente indiferente quando estava enlouquecido de raiva.

Tobirama não disse nada, apenas se virou e continuou andando. Ambos os gêmeos preferiam ir para casa a pé e Yamazu sentiu os olhos arderem. Izuna se ergueu devagar do meio das plantas, olhando em volta para então sair dali. Ele correu em direção a senhora Senju e a abraçou com força.

UMA dose DUPLA - TobiizuOnde as histórias ganham vida. Descobre agora