𝐄𝐏𝐈́𝐋𝐎𝐆𝐎: sobre mais momentos clichês na minha vida.

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"Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.
Drummond."

Eu queria começar narrando de uma forma
mais descontraída, pois como já dizia a Mia da novela mexicana rebelde: que difícil é ser eu. Mentira, não é assim tão difícil ser eu - tá, um tiquinho, apenas - mas agora sim podemos começar a falar sobre mim.

Não, eu não sou uma versão do solo da Olivia Hye - adoro a faixa, view no loona - mas não tenho culpa de ser o centro do meu próprio conto. Não é mesmo? Mas, não é só de mim que vou falar. Vamos falar sobre as pessoas que fazem parte do meu mundo, e explicar como minha vida mudou após quase três anos.

Após a minha apresentação no colégio, eu
fiquei de cama por quase dois meses apenas para que a perna melhorasse - Sunghoon me ajudou muito, podemos dizer que ele virou meu enfermeiro particular - e eu passei o meu aniversário bem fodido. Não foi do jeito que eu desejei, mas seguimos em frente. Depois de tudo isso, eu conclui o ensino médio junto aos meus conhecidos. Descobri que Heeseung arrumou um namoradinho - vulgo Jake Shim - e meu amigo me levou até o jantar da família dele. Eu não entendo Heeseung, passemos para o próximo tópico.

O último dia na escola foi basicamente um Kim Sunoo usando uma muleta que me auxiliou nesse dia. Foi um momento bom e legal – fui paparicado por várias pessoas - e ainda ganhei mimos. Adoro.

Xiaoting e Chaehyun acabaram o namoro antes do e ano acabar e, se querem saber, Suzy ajudou muito a mais nova nesse lance de romance e tals. Nayeon admitiu namorar Yeji, minha ex professora de teatro; Momo conseguiu uma namoradinha que se chamava Dahyun, se não me engano.

E agora vamos falar sobre os dias atuais.

( . . . )

Ainda vivemos em Seul. Em um apartamento mediano no centro da cidade, e sim, eu divido ele com meu namorado. Somos aquela coisa de casal de manteiga, fofos e adoráveis.

Menos quando Sunghoon pega o controle
remoto no momento que eu quero usar ele pra colocar nos meus random play dance, aí a giripoca pia e com gosto. Ultimamente ando trabalhando em um roteiro para uma peça e se eu acabar antes da semana, terei um bom futuro e uma ótima grana.

─ Park Sunghoon. ─ falo procurando por aquele Comensal nos cômodos do apartamento. Encontro ele no quartinho de som dele, onde ele produzia várias faixas e bases de músicas. ─ Você poderia me explicar o porquê de haver a droga de um urso em cima da nossa cama?

Sunghoon se encolheu parcialmente e rapidamente se levantou da sua cadeira
giratória. Mesmo possuindo seus vinte anos exatos, ele ainda parecia aquele menino de seus dezesseis anos que me deixava irritado e apaixonado ao mesmo tempo.

Isso não mudou mesmo.

─ Feliz aniversário! Te amo. ─ falou me
abraçando. Recebo o abraço de bom grado, mas havia confusão na minha cara. ─ Não me diz que você esqueceu do seu próprio aniversário.

E para mostrar que estava certo, ele pega o celular que tava no bolso e revela a data: 24 de junho. Caralho, como eu esqueci meu próprio aniversário?

─ Esqueci. Obrigado pelo urso, desculpa o transtorno. ─ digo meio sem graça. Sunghoon usava o típico perfume amadeirado, aquilo se impregnava nas roupas com tanta facilidade. Sei disso pois esse perfume vivia em mim porquê eu usava diversos casacos de Sunghoon. O tamanho das peças não era tão compatível, mas eu me sentia bem usando tais roupas.

─ Vamos sair de noite, tudo bem por você? ─ Sunghoon indagou após se afastar de mim. Balanço a cabeça concordando, dou um último beijo em si e saio de seu quartinho.

Volto para o nosso quarto - uma espécie
de quase suíte, mesmo o tamanho sendo relativamente semelhante ao do quarto de
hóspedes - e me deito pegando o urso em seguida. Eu havia ido comprar alguns doces e salgados na padaria mais próxima, deixei as coisas sob a mesa e fui até o quarto. Local onde achei o presente de Sunghoon possuindo um cartãozinho fofo.

Esse macho é incrível. Que droga.

Recebi mensagens vindo de Heeseung e seu namorado. De Jay, Jungwon, meus pais e os pais de Heeseung. As meninas - Momo, Nayeon, Chaehyun e Suzy - também desejaram parabéns.

( . . . )

A noite, quando o relógio marcou sete
horas, eu já estava arrumado e na espera de Sunghoon. Naquele dia, ele usava tons claros para combinar com os tons mais escuros que eu escolhi. Decidimos ir naquele restaurante japonês que abrira recentemente perto de onde vivíamos. Como um cavalheiro, ele puxa a cadeira para mim e me sento sorridente.

A verdade era que eu somente me apaixonava cada vez mais por Park Sunghoon. Seja por suas atitudes mais simplistas, ou seja por causa de todas as coisas que ele me dava. Eu sei, a palavra seja foi usada tanto que pode ou não ter lhe enjoado.

Desculpe por isso.

Três anos estando junto a alguém que se ama pode ser bom, perfeito e legal. Mas também pode ser doloroso, ardente e sofrido. É tudo uma bela mescla de sensações e sentimentos, e todos acabavam indo até aquele menino que
eu dizia odiar - que de odiar não existia nada, eu apenas escondi tudo que eu sentia por ele - e quando vi, nossa, estava irreversivelmente apaixonado por si. Aquela era a peça da minha vida, a qual começou com uma simples ideia de "você vai beijar o cara que você não suporta nem pintado de ouro."

Como o mundo é irônico pra caralho. Ele te fode a seco e você que aguente tudo. Mas, não posso reclamar tanto, afinal, eu trilhei caminhos legais.

O roteiro ficou pronto e eu consegui dinheiro para viajar com meu namoradinho pelo mundo. E como já dizia um poeta do qual não me recordo o nome nesse exato momento - perdoem a mente desse artista que vos fala – é que ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade. E embora minha felicidade tenha nome e sobrenome, vocês devem ter entendido.

─ Amor, largue esses papéis por alguns
instantes. ─ Sunghoon disse vendo que eu escrevia algo em algumas folhas. Eram
anotações necessárias para um possível
epílogo de outra peça.

─ Estava fazendo algumas anotações para outro projeto. Desculpe. ─ deixo os papéis de lado e sorrio para si. Seguro em sua mão acariciando a mesma e completo a frase: ─ Eu te amo.

─ Eu também te amo, Sunoo. Bastante.

Independente de quem ache esse rascunho original, saiba que esse teatro somente acaba quando as cortinas são fechadas.

E é com o maior prazer que eu digo: hoje
essas cortinas são fechadas por mim, Kim Sunoo. Até a próxima história, vocês
certamente irão presenciar mais coisas
vindo dessa mente etérea sem precedentes. Pois quando se fala o amor, a voz de todos os deuses deixam o céu embriagado de harmonia.

[THE END]

e esse é o fim de teatro meus xuxus, eu espero do fundo do meu coração que vocês tenham gostado tanto quanto eu gostei de adaptar. Muito obrigada por todos os votos e comentários, sério, vocês não sabem o quanto eu pensei em desistir de adaptar mas ler cada comentário de vocês me deixou muito feliz. Sou muito grata a vocês. <3

teatro ✧ sunsun.Onde histórias criam vida. Descubra agora