ta acontecendo de novo...

13

estava frio e muito escuro, a rua não estava muito movimentada mas ainda sim tinha algumas pessoas vagando pela madrugada.

eu não tinha para onde ir.

não tinha dinheiro, não tinha um lar, não tinha nada e nem ninguém. Eu estava sozinho, com frio e medo.

geralmente as pessoas esperam que seus namorados vão ao seu encontro na rua pra pedir perdão e te pedir pra voltar pra casa. Vocês voltam e lá tem sua coberta, sua cama, seu namorado que faz chocolate quente pra você. Mas eu não tenho essa esperança.

continuei andando sem rumo algum, apenas andando pra chegar em algum lugar.

passo por uma loja de conveniência e vejo algumas pessoas lá dentro, passo por uma farmácia e mal tinha pessoas lá. As pessoas me olham e ignoram a minha passagem e eu apenas continuo.

cansado de andar, decido sentar um pouco. Eu estava de frente com o parque da cidade, então me sentei no chão embaixo de uma árvore e fiquei ali, olhando as pessoas passarem e o dia começar a amanhecer.

com o amanhecer do dia, o tempo não estava mais tão frio, mas ainda estava bem gelado. A quantidade de pessoas na rua começou a aumentar e o dia clarear cada vez mais.

eu estava com sono, com fome e com frio. Tinha algumas roupas na mochila, mas não havia nenhum moletom lá além do que eu já estava usando. Meus olhos ardiam e minha cabeça doía, eu preciso dormir, então me permiti dormir ali mesmo e fui fechando os olhos lentamente.

adormeci.

~☁️~

estava dormindo tranquilamente, quando sinto alguém me chamar. Era meu sonhos, mas queria saber de onde vinha aquela voz.

me chamou de novo.

murmurei e comecei a ser chacoalhado, então acordei abrindo os olhos lentamente.

- Hyunjin, oque faz aqui na rua?

- Felix? -pergunto sonolento e com os olhos semi serrados.

- Que Felix garoto! -ele me chacolhou de novo- Sou eu, BangChan!! -sua voz saiu doce e simpática, abri totalmente meus olhos e o vi ali. Agachado em minha frente me olhando preocupado. - vem, vamos pra casa! -ele estendeu a mão em minha direção e eu a peguei me levantando e limpando minhas roupas.

- não quero voltar pra minha casa... -ele sorri fraco e suspira.

- você não vai. Vamos para a minha! -sorri deixando suas covinhas aparecerem.

retribui o sorriso e fomos.

ele estava arrumado e de mochila, provavelmente indo para a faculdade, mas agora ele não iria mais.

fomos em direção a sua casa e para ser sincero, eu nunca havia passado por aquelas ruas. Mas confiava nele e sabia que ele queria apenas me proteger, então o deixei me guiar.

estava aliviado por não estar mais na rua e nem por estar indo a minha casa. Queria ficar um pouco longe de lá por algum tempo, só para pensar um pouco.