Meus olhos dilatam como se fossem de doce

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Feliz em poder apresentar mais um maravilhoso capítulo corrigido dessa história!!!!!

Boa leitura!

Capítulo 2

Draco acordou naquela manhã com uma intensa dor de cabeça, talvez por ter estudado até tarde e acordar no meio da noite com pensamentos insanos em sua cabeça, como por exemplo: recordar a estranha conversa que teve com os gêmeos Weasleys.

Com muito desgosto, Draco acompanhava seus amigos até o grande salão para começarem o dia com um bom café da manhã. Esse era o problema para Draco, ele não queria que o dia começasse, afinal o ontem para ele foi a quatro horas atrás quando finalmente conseguiu voltar a dormir.

Mesmo a contragosto o loiro se dirigiu a primeira aula do dia, mascarando seu cansaço com sua delicadamente construída face arrogante, assim perdurando até o fim do primeiro período.

E como se seu tormento não fosse suficiente, em um de seus devaneios onde pegava-se alheio ao mundo ao redor, abaixando a sua guarda sutilmente, acaba por se perder de seus amigos em meio a pequena multidão de alunos durante as trocas de aula e, para aproveitar da situação em que Draco havia se colocado estavam por perto dois ruivos que aproveitaram a confusão do malfoy para puxá-lo pelos braços pelos corredores até um arco de passagem onde se esconderam. Antes que Draco pudesse reclamar os ruivos sinalizaram silêncio com um dedo sobre os lábios e em seguida apontaram para a porta de uma sala de aula.

Cuthbert Binns, professor de história da magia, se aproximava da sala acompanhado de alguns alunos – talvez os únicos que ainda aguentavam aquele professor falar –  quando repentinamente som de explosão e purpurina rosa escapa da frestas da porta, segundos antes dos alunos que acompanhavam o professor fantasma a abrirem.

Todas as supostas vítimas dessa pegadinha estavam espantadas com o ocorrido, o professor soltou um grito de frustração, era possível ver em seu rosto o arrependimento de lecionar por tantos anos naquela escola e ter como retribuição sua sala coberta por glitter rosa. A raiva era o mais puro sentimento que Binns expressava, e ver o fantasma tão nervoso arrancou um leve riso nasalado de Draco, chamando a atenção dos gêmeos que trocam olhares cúmplices e sorrisos marotos, completamente intrigados e fascinados com a inesperada reação do loiro.

Em meio a toda a recente confusão, o trio aproveitou para saírem de fininho antes que algo acontecesse e fossem descobertos, o Malfoy então ficou com o coração apertado com a perspectiva de levar a culpa por essa brincadeira.

Após correrem para bem longe da cena do crime, os ruivos seguem seus caminhos para a aula dando um sorriso e um aceno de cabeça para o loiro, como uma breve despedida antes de virarem o corredor.

Draco, claro seguiu seu caminho o mais rápido possível, não queria levantar nem uma mínima suspeita de que estaria envolvido no ocorrido anterior. Apesar de ter levantado seu astral, ele nunca admitiria que gostou e insistiria até sua morte na desculpa de que nunca é demais ver o professor chato se irritar, afinal ninguém mais aguentava ouvir sobre a guerra dos gigantes ou então rebeliões dos duendes.

No fim do dia já estavam todos sabendo sobre o incidente, era possível ouvir diversos comentários entre eles: "queria ter sido eu", "por que não pensei nisso antes?", "certeza que foram os gêmeos, é a cara deles", "é uma falta de educação", "os alunos dessa escola não tem classe mesmo".

Assim que o loiro sentou-se com seus amigos, seu olhar vagou até as cabeleiras ruivas dos gêmeos sentados na mesa em frente, trocando olhares e risinhos cúmplices, mais suspeitos impossível! Mas Malfoy entendia essa diversão toda, apesar de ter sido convidado para assistir a pegadinha em andamento ainda lhe causava certa inveja, em parte por querer que comentassem sobre algo que ele fez, mesmo que não soubessem que foi ele, ele saberia e essa sensação por si só já tornava seu ego maior.

Esses pensamentos lhe causavam estranheza, em que planeta ele pensaria que uma pegadinha teria classe e elegância, talvez não fosse mais tão metido e mesquinho quanto quando era uma criança, mesmo que ainda tivesse decência e consciência de que era errado, uma vozinha em sua mente continuava repetindo "o que um grifinório faz que um sonserino não pode fazer melhor". Sabia muito bem que era apenas uma desculpa para manter seu orgulho intacto, e como Draco sempre foi muito competitivo, por que não usar a rixa entre as casas a seu bel-prazer e motivar-se a fazer melhor?!

Mesmo durante treino de quadribol ele ainda parecia alheio, porém não deixou de desempenhar seu trabalho muito bem como de costume. Apesar de sempre falarem que seu lugar no time era exclusivamente porque ele pagou por seu lugar nele, não era uma total verdade. Sim, ele realmente subornou o time comprando vassouras de última geração, e isso lhe garantiu uma vaga apesar de não ter passado no teste, e sim, também era real que ao entrar para o time ele não possuía nenhuma habilidade, porém não deixava de ter um certo talento escondido e uma ótima capacidade de aprendizagem, logo havia se tornado um apanhador excepcional, todavia o menino de ouro – Potter – estava sempre sob os holofotes, mesmo que isso mexesse com os nervos e o ego de Draco ele sabia manter sua pose e quase sempre agia com indiferença, completamente o oposto de seu eu mais imaturo de uns anos atrás que não perdia uma oportunidade para humilhar de alguma forma o grifinório

O jogo do dia seguinte seria o primeiro do ano, Sonserina contra Corvinal, e como de costume a casa da cobra só entra em um jogo se for para ganhar e não seria diferente dessa vez, então o time se empenhou ao máximo durante o treino agarrado qualquer oportunidade de melhoria apenas para que tudo ocorresse bem no próximo jogo e assim recuperar a posse da taça das casas.

Ao final do dia Draco já havia pensando em tantas maneiras de vencer os Weasleys em sua competição imaginária e unilateral, todavia nenhuma fora realmente de seu agrado, a frustração tomava conta de sua mente ele estava apenas encarando as chamas trêmulas enquanto os outros faziam suas lições. Seu comportamento chamou a atenção de seus colegas, mas somente Parkinson levantou-se para perguntar ao amigo se ele estava bem, o loiro apenas respondeu um "sim" bem vago e dirigiu-se para seu dormitório.

Apesar do cansaço devido ao treino árduo o loiro não foi dormir, ele estava ansioso, havia pensado em algo para vencer os gêmeos, contudo ainda sentia-se inseguro quanto ao plano que elaborará um pouco mais cedo e se preocupava com a execução de todos os preparativos dele. Precisava de algumas pequenas coisas e aproveitaria o horário para pegá-las antes que ficasse muito tarde e o toque de recolher começasse. Apesar de ficar com o primeiro turno de monitoria, ainda assim preferiria adiantar o plano para ter mais segurança e controle sobre ele, diminuindo sua ansiedade e assim botar o plano em prática o quanto antes.

Continua...

É isso, espero que tenham gostado.
Qualquer erro me fale e aproveita que eu gosto de críticas construtivas e me ajude a evoluir kk
Beijos ate a próxima!

Double PassionWhere stories live. Discover now