Capítulo 3 - País Das Maravilhas?

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Os meus olhos se fixaram no chão macio e branco da neve, enquanto meu corpo tremia e se arrepiava involuntariamente. Como eu havia chegado ali? Era como se tivesse caído de repente de uma grande altura em uma floresta no Canadá, envolta por uma neve fria e densa. Claramente, aquilo não se parecia em nada com o Brasil.

Com esforço, ergui-me do chão e, abraçando-me com os próprios braços para tentar me aquecer, percebi o quão vulnerável estava àquele clima. Se não encontrasse logo um pouco de calor e roupas adequadas, acabaria pegando uma pneumonia. Cada passo que eu dava na neve fofa afundava meus pés, deixando o gelo penetrar em meus sapatos. Meus pelos se eriçaram novamente, um reflexo do frio intenso que sentia.

Por que fui verificar aquele buraco? Será que não teria sido melhor ficar na festa e ignorar o vulto? Parecia que eu nunca havia assistido a um filme de terror! Continuei caminhando, procurando desesperadamente por algum sinal de abrigo ou fumaça, mas estava completamente perdida naquela floresta desolada.

Meus dedos já estavam roxos e meus cílios cobertos por pequenos floquinhos de neve. Será que essa seria a minha morte?

— Finalmente você apareceu... — Saltei para trás ao ouvir uma voz masculina e calma. Parecia que a voz ecoava dentro da minha cabeça, tornando impossível localizar de onde vinha. — Não se preocupe, não farei nada de mal, a menos que você mereça.

Aquela voz me parecia familiar, mas ainda não conseguia identificar.

— Quem é você? Sabe onde eu tô? — Perguntei para o desconhecido.

— Você está onde deveria estar. — Ele respondeu de maneira enigmática. Que doido.

— Claro que não! Eu não deveria estar perdida numa floresta! Ainda mais...

— Você vai entender. — O homem misterioso apareceu rapidamente, encostado em uma árvore seca. Era o mesmo cara com quem havia esbarrado na festa, que me fez derrubar o restante do refrigerante.

— Você? — Ele sorriu.

— Antes das perguntas, você precisa vir comigo, Celina. — Em um instante, ele estava ao meu lado e segurou meu braço, puxando-me em direção a algum lugar.

— Ei! Não pode simplesmente agarrar alguém e arrastá-la para sabe-se-lá onde! — Tentei me soltar, mas ele não cedia.

— Me desculpe, mas eu tenho que te levar pra um lugar.

— Mas que lugar é esse? Pode pelo menos me dizer! — Gritei.

Ele não deu ouvidos e continuou a me arrastar sem rumo certo. Conforme avançávamos pela floresta, a paisagem parecia mudar de estação, passando do inverno para a primavera, verão e, por fim, outono. Até que chegamos a uma casa estranha e muito colorida, com formato de chapéu. Que coisa esquisita...

Minha respiração estava acelerada após a "corridinha", ele me arrastava como se eu fosse um saco de batatas!

Ele, por outro lado, não parecia nem um pouco cansado e começou a bater palmas. Após três batidas, vi alguém familiar através do vidro colorido da porta. Um rapaz ruivo a abriu.

Timóteo?

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Parte 3?
Isso tá muito curto, desculpem 😭

𝑾𝒐𝒏𝒅𝒆𝒓𝒍𝒂𝒏𝒅 - 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒? - Um País Cheio De LoucurasWhere stories live. Discover now